As condições do Papa. "Inevitável oscilação, prognóstico será divulgado mais tarde"

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25 Fevereiro 2025

A anestesista Elena Bignami, de Parma, fala: “Ele ainda precisa de ajuda, os sinais dos últimos dias parecem bons”.

A entrevista é de Michele Bocci, publicada por La Repubblica, 25-02-2025.

Elena Bignami é presidente da Siaarti, a Sociedade Italiana de Anestesia, Analgesia, Ressuscitação e Cuidados Intensivos, e é professora titular em Parma, onde lidera uma das unidades de ressuscitação do hospital.

Eis a entrevista.

Depois da crise de sábado, o boletim Gemelli de ontem falou de uma "pequena melhora" para o Papa. O prognóstico é reservado, o que deve acontecer para que seja levantado?

Ainda precisamos de mais dias como este, de relativa estabilidade e até mesmo de uma ligeira melhora. Se as coisas continuarem assim por mais algum tempo, o prognóstico poderá ser melhorado. Mas um número preciso de dias não pode ser estimado no momento.

Os altos e baixos de pacientes como o Papa são típicos?

Sim, são normais, principalmente quando falamos de pacientes idosos como ele. Digamos, porém, que as coisas ainda podem correr bem, o importante é continuar as terapias iniciadas no Gemelli e manter o paciente bem acompanhado, que é o que nossos colegas estão fazendo.

O Papa ainda está recebendo oxigênio. Será que um paciente como ele conseguirá parar de usá-lo no futuro?

Depois da crise do outro dia, ele ainda precisa de ajuda, mas é um bom sinal que a quantidade de oxigênio que ele está recebendo foi ligeiramente reduzida. Ele teve uma recaída de forma crônica, então podemos pensar que se tudo correr bem ele poderá se livrar desse tipo de assistência. Obviamente, devemos evitar novas infecções, porque elas aumentariam os problemas, tornando a recuperação mais complexa.

Há também palavras tranquilizadoras sobre a condição dos rins.

A insuficiência renal, dentro de certos limites, é normal em pacientes nessas condições. Isso também é reversível, se tratado com hidratação e oxigênio. Nesta fase, este não é um problema preocupante.

A sepse, infecção que se espalha para todos os órgãos, foi citada pelos médicos do Gemelli como um dos problemas mais temidos. O Papa já poderia tê-lo?

Não está claro, mas mesmo que já estivesse presente estaria controlado graças à terapia, como demonstra a estabilidade do quadro clínico. 

A segunda parte do boletim é dedicada às atividades do Papa: trabalho, telefonemas, Eucaristia.

Certamente o fato de o Santo Padre querer interagir com as pessoas e trabalhar é um bom sinal. Talvez não seja muito clínico, mas ainda assim é significativo para o estado geral do paciente.

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