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29 Abril 2022

 

"Se o cristianismo fracassou, seu fracasso começou em um dia distante, cerca de dois mil anos atrás. No entanto, precisamente em sua derrota, esse messias escarnecido e humilhado pôde constituir ao longo dos séculos um testemunho, para crentes e não crentes, de que não apenas Deus, mas também o humano que está em nós, pode sobreviver às piores violências. E que a força desarmada do amor pode, no final, continuar a dar sentido à nossa conturbada história, mesmo quando parece que o absurdo tenha prevalecido. A Semana Santa e a Páscoa são em memória disso", escreve Giuseppe Savagnone, professor de doutrina social da Igreja no departamento de jurisprudência da LUMSA (Libera Università degli Studi Maria SS Assunta de Roma), sede de Palermo, em artigo publicado por Tuttavia, 14-04-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

O apelo feito pelo Papa Francisco, durante o Angelus no Domingo de Ramos, e depois reproduzido no Twitter, em russo e em ucraniano: “Abaixem as armas! Que comece uma trégua de Páscoa; mas não para recarregar as armas e continuar a lutar, não! Uma trégua para alcançar a paz, através de uma verdadeira negociação, também dispostas a fazer alguns sacrifícios pelo bem das pessoas”.

Durante a missa ele havia dito, com evidente referência às recentes notícias de violência e massacres:

“Quando se usa a violência não se sabe mais nada de Deus, que é Pai, e nem mesmo dos outros, que são irmãos. Esquece-se por que estamos no mundo e se chega a cometer crueldades absurdas. Vemos isso na loucura da guerra, onde se volta a crucificar Cristo. Sim, Cristo é mais uma vez pregado na cruz nas mães que choram a morte injusta de seus maridos e filhos. Ele é crucificado nos refugiados que fogem das bombas com as crianças nos braços. Ele é crucificado nos idosos deixados sozinhos para morrer, nos jovens privados de futuro, nos soldados enviados para matar seus irmãos. Cristo é crucificado ali, hoje”.

Nunca como nestes dias ficou tão clara a inatualidade do Evangelho. Enzo Bianchi, falando da guerra em curso, escreveu que "esta demonstração clara de como os cristãos não são capazes de dar a mensagem que lhes compete, mensagem de fraternidade e paz, é um grave fracasso, uma impotência que diz quão pouco credível tornou-se o cristianismo!".

 

Fracasso ou destino do cristianismo?

 

Na realidade, porém, o que está acontecendo na Ucrânia não manifesta o fracasso do cristianismo, mas seu destino. Pode-se constatar com amargura a indiferença dos contendores ao apelo sincero do pontífice, mas não causa surpresa. Foi assim também no passado. Pelo menos no século XX.

Bento XV (1914-1922), eleito papa poucas semanas após o início da Primeira Guerra Mundial, em sua primeira encíclica, Ad Beatissimi Apostolorum principis, de novembro de 1914, implorou em vão aos governantes das nações (incluindo a catoliquíssima Áustria) que silenciassem as armas. E na subsequente "Nota da Paz", dirigida em 1 de agosto de 1917 aos beligerantes, definiu a guerra em curso como um "massacre inútil". A guerra continuou até novembro do ano seguinte.

Pio XII (1939-1958) - logo após sua eleição ao pontificado, ocorrida em março de 1939 - também tentou desesperadamente impedir a eclosão da Segunda Guerra Mundial na mensagem radiofônica de 24 de agosto, contendo o famoso apelo: "Nada está perdido com a paz. Tudo pode ser perdido com a guerra”. Pouco antes, o Papa Pacelli também enviara uma mensagem pessoal a Hitler, exortando-o a se preocupar com o verdadeiro bem-estar espiritual do povo alemão.

E quando, finalmente, a situação estava se precipitando, ele tentou uma última cartada, propondo à Alemanha e à Polônia a suspensão das ações militares por quinze dias, para se reunirem em uma conferência internacional de paz. Sabemos que esses esforços da Santa Sé foram em vão, diante da vontade determinada de Hitler de desencadear a guerra, que de fato começou em 1º de setembro de 1939.

 

"Nunca mais guerra"

 

O pontífice que talvez mais do que qualquer outro, depois do segundo conflito mundial, se colocou pessoalmente em jogo contra a guerra foi João Paulo II (1978-2005). Em 1991, durante a primeira Guerra do Golfo, numa grande Oração pela Paz, escreveu:

"Deus dos nossos Pais, (...) Tu tens projetos para a paz e não para a aflição, condenas as guerras e derrubas o orgulho dos violentos (…) Escute o grito unânime dos teus filhos, súplica sincera de toda a humanidade: nunca mais guerra, chega de aventuras de regresso, nuca mais guerra, espiral de lutos e de violência; faz cessar esta guerra no Golfo Pérsico, ameaça para as tuas criaturas, no céu, na terra e no mar. (…) Nunca mais guerra. Amém”.

A oração seguiu um esforço concreto para evitar o conflito. Em 1990, às vésperas da operação "Tempestade no Deserto", Wojtyla havia enviado uma mensagem tanto a Saddam Hussein quanto a George Bush pai, implorando que entrassem em negociações.

Na carta ao presidente estadunidense, ele escreveu: "Gostaria agora de repetir minha firme convicção de que é muito difícil que a guerra leve a uma solução adequada para os problemas internacionais e que, mesmo que uma situação injusta possa ser momentaneamente resolvida, as consequências que com toda a probabilidade resultariam da guerra seriam devastadoras e trágicas. Não podemos nos iludir que o uso de armas, e sobretudo dos armamentos altamente sofisticados de hoje, não causará, além de sofrimento e destruição, novas e talvez piores injustiças”.

Também no caso do conflito na ex-Iugoslávia, João Paulo II tentou fazer o que pôde para detê-lo. A guerra do Kosovo começou em 24 de março de 1999 com o bombardeio da OTAN. Em 1º de abril, o papa enviou a Belgrado seu "ministro das Relações Exteriores", o arcebispo Jean-Louis Tauran, portador de uma mensagem pessoal a Milosevic, com um pedido de fim imediato das operações de limpeza étnica em Kosovo. A mensagem também propunha, com o acordo da OTAN, uma trégua para a Páscoa ortodoxa. Quatro dias depois, a trégua foi de fato declarada, mas depois a guerra recomeçou com inalterada violência.

O pontífice implementou uma terceira iniciativa por ocasião da segunda Guerra do Golfo. Quando tudo estava pronto para a ofensiva, em 5 de março de 2003, ele enviou o cardeal Pio Laghi para se reunir com o presidente George W. Bush Jr para pedir-lhe que renunciasse à iminente ação militar. O card. Laghi disse a Bush que se os Estados Unidos começassem a guerra, três coisas teriam acontecido. Primeiro, o conflito teria causado um grande número de vítimas. Em segundo lugar, teria levado a uma guerra civil. E, terceiro, os Estados Unidos teriam tido sim condições de entrar na guerra, mas teriam dificuldade de sair dela. Foi um diagnóstico profético, mas Bush foi inflexível em sua decisão que, segundo ele, "estava convencido de que era a vontade de Deus".

 

A solidão de Francisco e a de Jesus

 

Hoje também há quem tenha a certeza de que a guerra é a única forma de fazer a vontade de Deus, como é o caso do patriarca de Moscou Kirill, que desde o início justificou a invasão russa da Ucrânia como uma batalha da civilização contra a corrupção de valores pelo Ocidente, referindo-se em particular ao problema da homossexualidade, e posteriormente definiu o conflito desencadeado por Putin como um exemplo de legítima defesa: “Somos um País que ama a paz e não temos nenhum desejo de guerra", disse durante a liturgia celebrada na Catedral Patriarcal com as forças armadas, “mas amamos a nossa pátria e estaremos prontos para defendê-la da maneira que só os russos podem defender o seu País".

Na realidade, mesmo os dois grandes protagonistas do confronto militar – ainda que à distância – parecem seguros de não renegar sua declarada fé cristã. Putin não parece ter dúvidas, embora se declare explicitamente crente, enquanto suas tropas destroem e massacram indiscriminadamente. Nem o católico Biden parece ter alguma, que nunca perde uma oportunidade de alimentar o conflito com suas declarações extremas e com uma escalada no fornecimento de armas cada vez mais agressivas aos ucranianos.

O Papa Francisco ficou pateticamente sozinho, com seu grito contra a guerra. Assim como Jesus permaneceu sozinho, proclamado "rei dos judeus", mas na zombaria cruel de seus algozes, nas hipócritas palavras de Pilatos e na escrita feita pendurar por ele na cruz.

Se o cristianismo fracassou, seu fracasso começou em um dia distante, cerca de dois mil anos atrás. No entanto, precisamente em sua derrota, esse messias escarnecido e humilhado pôde constituir ao longo dos séculos um testemunho, para crentes e não crentes, de que não apenas Deus, mas também o humano que está em nós, pode sobreviver às piores violências. E que a força desarmada do amor pode, no final, continuar a dar sentido à nossa conturbada história, mesmo quando parece que o absurdo tenha prevalecido. A Semana Santa e a Páscoa são em memória disso.

 

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