07 Junho 2021
A covid-19 mata, em média, um jornalista por dia. É o que mostra levantamento da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), divulgada em 20 de maio. De 1º de janeiro a 31 de abril, a pandemia acabou com a vida de 124 jornalistas, o que dá uma média de 31 óbitos por mês. Desde o início da pandemia, 213 comunicadores não resistiram à doença.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
Embora já desatualizada com o crescimento de casos, a organização Press Emblem Campaign, com sede em Genebra, na Suíça, colocava, em março, o Brasil no topo da lista macabra de jornalistas mortos por covid, seguido pelo Peru e o México. Na data, a América Latina contabilizava 460 casos de óbitos de jornalistas pela doença.
Como atividade essencial, buscando informações na “linha de frente”, jornalistas estão expostos a contágios. “Os profissionais da mídia têm um papel importante a desempenhar na luta contra o vírus. A segurança deles está particularmente em risco em meio à crise, pela necessidade de trabalhar no campo”, manifesta a Press Campaign. “Vários morreram por falta de medidas de proteção adequadas ao fazerem o seu trabalho”, avalia a organização.
Na Bahia, profissionais da imprensa com idade acima de 39 anos, incluídos fotógrafos, cinegrafistas e blogueiros de blogs noticiosos, foram adicionados ao grupo de risco e passaram a receber a vacina de prevenção à covid-19 no início de junho. A vacinação do grupo é dirigida a todos os profissionais do Estado, desde que sejam registrados, apresentem a carteira profissional ou da empresa onde trabalham. Também jornalistas de São Luís, Maranhão, e Cuiabá, Mato Grosso, receberam a primeira dose da vacina ainda no final de maio.
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A cada dia morre um jornalista por covid no Brasil - Instituto Humanitas Unisinos - IHU