12 Abril 2021
De 73 países do mundo monitorados pela Press Emblem Campaign (PEC), uma organização sem fins lucrativos localizada na Suíça, o Brasil lidera a lista de jornalistas mortos por Covid-19. Dos 1.034 casos registrados até 9 de abril, o Brasil responde por 170 mortes, seguido pelo Peru, com 138 casos, e o México, com 83 mortes.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
A América Latina registra uma média diária de 1,44 morte de jornalistas por dia e responde por 55% dos casos mundiais da categoria. A PEC monitora os casos desde março de 2020 com base em informações publicadas na imprensa, em levantamentos de organizações nacionais de jornalistas, além de buscas na internet e nas redes sociais.
“Os jornalistas pagam um preço alto nesta pandemia. Eles têm um papel essencial a desempenhar na luta contra o vírus. Devem fornecer informações da rua e a sua segurança está particularmente em risco. Vários deles morreram por falta de medidas adequadas ao fazer o seu trabalho”, relatou o secretário-geral da PEC, Blaise Lempen, para o repórter Júlio Lubianco, da LatAm Journalism Review.
A organização suíça luta para aumentar a conscientização sobre os riscos que jornalistas correm. “Pedimos mais medidas de proteção para eles e, neste ponto da pandemia, solicitamos vacinas antecipadas para jornalistas na linha de frente”, informou Lempen. A PEC argumenta que a categoria é o único serviço essencial com alta taxa de mortalidade que não foi considerada nos grupos prioritários para receber a vacina.
Os demais países que aparecem com destaque na listagem da PEC constam a Índia, com 60 casos, Itália 51, Bangladesh 47, Estados Unidos 46, Equador 45, Colômbia 40, Reino Unido 28, República Dominicana 27, Paquistão 25, Turquia 22, Panamá 16, Rússia 15, Espanha 15, Bolívia e Ucrânia com 14 morte cada.
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Covid matou mais de 1 mil jornalistas até inícios de abril - Instituto Humanitas Unisinos - IHU