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Maior dívida pública pela Covid só ajudou o capital especulativo. Entrevista com Eric Toussaint

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25 Mai 2021

 

A primeira resposta predominante da política econômica, no mundo, para enfrentar a crise derivada da pandemia de Covid-19 – injetar liquidez nos mercados financeiros e contratar dívida pública – acabou beneficiando os grandes capitais especulativos. E, ao mesmo tempo, foi o germe de uma armadilha, cujo efeito será visto nos próximos anos, avalia Eric Toussaint, presidente do Comitê para a Abolição das Dívidas Ilegítimas, organização com sede em Liège, Bélgica.

“As classes populares, já afetadas pela pandemia, enfrentam mudanças que as prejudicarão ainda mais”, avalia Toussaint, que ao longo de vários anos foi uma das vozes mais conhecidas de movimentos altermundistas, como os surgidos das mobilizações em Seattle (1999), para denunciar práticas da Organização Mundial do Comércio, e o Fórum Social Mundial.

“É claro que a crise de 2020 é diferente da de 2007-2009, mas há uma repetição de políticas que fundamentalmente favorecem o grande capital e as grandes corporações. Neste caso, não somente os fundos de investimento e o banco privado. É preciso acrescentar, desta vez, a Big Pharma (as grandes farmacêuticas)”, afirmou.

Agora, Toussaint promove, junto com centenas de organizações, em várias partes do mundo, um plano de vacinação público contra a Covid, no qual parte fundamental é a suspensão das patentes da vacina.

A entrevista é de Roberto González Amador, publicada por La Jornada, 23-05-2021. A tradução é do Cepat.

 

Eis a entrevista.

 

Avalia que a pandemia aprofundou as desigualdades sociais. O que aconteceu?

Não é possível dissociar a pandemia de uma mercantilização profunda da natureza, que tem a ver com a forma como o capitalismo se desenvolve em escala mundial. Já antes da pandemia estávamos em uma crise econômica, com uma bolha financeira, uma estagnação nas principais economias industriais e uma desaceleração do crescimento da China. Há uma relação entre a pandemia e a crise capitalista global. É importante destacar isso, pois nos explicam que tudo é provocado pelo vírus.

A crise afetou os setores mais vulneráveis, conforme amplamente documentado.

As classes populares se veem forçadas a continuar buscando o sustento, a usar o transporte público para ir ao trabalho. Nas condições de pandemia, isto provoca uma degradação de suas condições de vida, ao que se acrescenta a perda de fontes de renda, porque na maioria dos casos, sobretudo os trabalhadores do setor informal não têm acesso às compensações distribuídas pelos governos, quando há.

Também cresceu o nível de endividamento das classes populares, incluída a classe média baixa. Em vários países foram tomadas medidas para adiar o pagamento das dívidas ou suspender o despejo de famílias que não podem pagar o aluguel da moradia ou os pagamentos das hipotecas. Mas isto é provisório e, em alguns meses, terão que pagá-las.

Com pouco mais de um ano da crise, quais foram algumas das principais respostas dos governos na esfera econômica e os efeitos dessas medidas?

Primeiro: injeção em massa de liquidez no sistema financeiro, que faz com que a crise da bolsa, que havia estourado entre 13 de fevereiro e 15 de março de 2020, seja aparentemente superada. O índice da bolsa na maioria das economias está mais alto, hoje em dia, do que no início do ano 2020.

A primeira resposta foi uma política que favorece os grandes investidores, mas em investimento especulativo, não na produção e criação de empregos. Está sendo repetido o que foi feito depois de 2008: uma intervenção em grande escala dos grandes bancos centrais.

Segundo: um confinamento com uma vontade dos governos de relançar a atividade econômica à custa das classes populares e de as expor ao vírus. É claro que em países como os Estados Unidos, alguns da Europa e China, há um início de recuperação econômica, embora não ainda muito forte.

Foram permitidos déficits fiscais e o aumento de dívidas públicas, mas não como fizeram (o presidente dos Estados Unidos, Franklin Delano) Roosevelt, nos anos 1930, os países europeus, após a Segunda Guerra Mundial, e os latino-americanos com o modelo de industrialização, entre os anos 1940 e 1960.

Não há um abandono da orientação neoliberal em termos de reformas estruturais que têm como objetivo desregulamentar ainda mais o mercado de trabalho, a relação capital-trabalho e os sistemas de proteção social. Uma política não se define apenas pela gestão orçamentária, mas também por outras medidas orientadas às classes populares, que foi o que fez Roosevelt em sua época, nos Estados Unidos, e o cardenismo no México.

As medidas tomadas por governos da Europa e dos Estados Unidos de aumentar os orçamentos públicos, déficits fiscais e maior liquidez por parte dos bancos centrais mudam a estrutura econômica que existia quando estourou a crise?

Não muda a orientação fundamental. São medidas conjunturais fortes, mas que não podem ser interpretadas como a ideia de que o capitalismo está voltando a medidas que foram efetivadas nos anos 1930 e 1950. Não é isto. São medidas temporárias e em um momento a dívida será tal que o retorno às políticas de austeridade brutais ocorrerá em um ou dois anos.

É preciso observar os Estados Unidos. O plano de estímulo do presidente Joe Biden, ao menos em sua intenção, dá uma pequena impressão de algo que poderia ir na direção de um certo keynesianismo, mas ainda não é totalmente adotado pelo Congresso. O que acontecer nos Estados Unidos terá impacto sobre a Europa, México e o resto do mundo.

Algumas medidas que em seu momento foram tomadas por governos e bancos centrais para enfrentar a crise financeira de 2008-2009 acabaram beneficiando os mesmos grupos que causaram essa crise. O que acontece agora, com o fato de ser uma crise de natureza diferente?

É uma repetição. É claro que a crise de 2020 é diferente da de 2007-2009. Mas há uma repetição de políticas que fundamentalmente favorecem o grande capital e as grandes corporações. Neste caso, não somente os fundos de investimento e o banco privado. É preciso acrescentar, desta vez, a Big Pharma ou grandes farmacêuticas, uma indústria poderosa.

BlackRock, o maior fundo mundial de investimento, é acionista de todas as principais empresas farmacêuticas, que são favorecidas pelas políticas dos governos, que em vez de suspender as patentes e lançar um programa de investimento público e de produção de vacinas, compram centenas de milhões de doses das empresas privadas, que, além disso, terão uma renda de 20 anos, caso as patentes não sejam suspensas.

A vacina da Pfizer contra a Covid ficará protegida por 20 anos. Essa empresa diz que terá uma receita suplementar de 25 bilhões de dólares, no curto prazo. Não só isso, também diz que será necessário repetir a vacina todos os anos. É uma renda permanente. Estamos testemunhando algo que é realmente importante denunciar, porque isso é uma mudança extraordinária, ou seja, retirou-se progressivamente a iniciativa pública da produção de medicamentos e tratamentos.

É preciso acrescentar as mudanças estruturais que estão sendo impostas: o trabalho e o ensino a distância, assim como o aumento do abastecimento das famílias via Amazon e outras corporações. Estão sendo impostas mudanças estruturais na forma de trabalhar, ensinar e se abastecer de serviços e mercadorias básicas. Acelera-se a mercantilização e tudo isto degradando a situação das classes populares.

O que acontecerá nos próximos anos, quando as dívidas contratadas pelos governos para enfrentar a crise tiverem que ser pagas?

Exato. Há uma armadilha nisso. Por terem aumentado tremendamente a dívida, os governos neoliberais e os mercados terão mais instrumentos ou armas de chantagem para continuar efetivando reformas estruturais. Estamos em uma fase de endividamento público muito rápida e enorme, sem que se alerte a respeito do que vem depois, ou seja, haverá mais austeridade e contrarreformas a favor do setor privado. É preciso estarmos atentos e dispostos a resistir.

Diferentes de outros episódios de crise, agora a dívida aumenta tanto nos países do sul como nos do norte.

A dívida da Grécia equivale a 200% de seu Produto Interno Bruto, a da Itália, a 150, na Bélgica, 120, e na França, 115%. Nos países do sul global está aumentando, mas em níveis de 60 ou 70% do PIB.

Se os bancos centrais dos Estados Unidos, Japão, Europa e Inglaterra mudarem sua atual política de taxas de juros próximas a zero e começarem a aumentá-la, os custos da dívida vão disparar e todos os países terão problemas para financiá-la.

 

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