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Laudato Si' e educação: por uma formação integral do homem

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18 Agosto 2020

"A formação do homem não pode se limitar, portanto, à instrução. A educação deve aproximar-se do conceito de formação, como processo de desenvolvimento integral e contínuo. É nesse movimento que o homem pode encontrar possibilidades de compreender-se a si e ao outro e de (re)encontrar sua identidade. A formação integral possibilita ao homem se relacionar de modo a se sentir parte de um espaço que é comum - o planeta", escreve Josi Mara Nolli, mestra em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e formada em Comunicação Social - Jornalismo, pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC).

Eis o artigo.

O modelo de desenvolvimento adotado pela sociedade hodierna, pautado nas leis de mercado, no consumismo, na cultura do descarte e, consequentemente, na degradação do meio ambiente, mostra-se um modelo centrado no desenvolvimento econômico, como sinônimo de “progresso”. Esse modelo, por suas práticas, não contempla o pleno desenvolvimento do homem que, à luz da Carta Encíclica Laudato Si’[1] (LS), do Papa Francisco, pode ser interpretado como a formação do homem.

A Carta do Papa Francisco surge como "um convite urgente para renovar o diálogo sobre a maneira como estamos construindo o futuro do planeta" (LS, 14) e, consequentemente, o futuro da humanidade. A renovação desse diálogo pode ter como caminho primeiro as reflexões empreendidas sobre a formação do homem. Para tanto, vamos falar de educação [2] - de uma educação cuja finalidade deve ser a formação do homem de modo a considerá-lo um ser integral. Daí se tratar de uma educação que deve visar ao pleno desenvolvimento do homem, à medida que o compreende não apenas sob alguns aspectos, mas em sua totalidade – sob os aspectos físico, psíquico, cognitivo, afetivo, moral, ético, estético, cultural, espiritual e pessoal.

Desse modo, a educação que cede à tendência de valorizar aspectos do desenvolvimento do homem considerados mais “úteis” ao progresso, está contribuindo muito mais com o desenvolvimento econômico dos Estados, que com a formação integral do homem. O capitalismo considera o valor econômico da educação e evidencia a relevância do capital humano[3] na estratégia do desenvolvimento dos Estados. O homem, então, é uma peça desse mecanismo.

A educação, nesse contexto, pode estar compreendida apenas como instrução que, em seu sentido mais amplo, pode ainda significar adestramento, preparo, treinamento e que, por sua vez, são processos finitos por se tratarem de técnicas.

O processo de formação do homem é um movimento contínuo. O homem está em constante desenvolvimento, que começa no nascimento e só termina quando de sua morte. E esse movimento de contínua formação deve incluir todos os aspectos de sua vida e por toda a vida, não apenas aspectos que são valorizados por sua utilidade ao desenvolvimento econômico.

A Laudato Si’, ao trazer à tona o cuidado com a Casa Comum, resgata a urgência de considerar o homem em sua totalidade, de compreender os aspectos que o envolvem enquanto ser humano constituído de razão, mas também de sentimentos. O ser capaz de pensar, sentir e agir com responsabilidade. Ser constituído de uma dignidade inalienável pelo fato de “ser” humano. E uma educação transformadora deve contribuir para que o homem não seja privado de nenhuma dimensão de seu desenvolvimento.

A Carta do Papa Francisco aponta para uma mudança de comportamento como caminho para o cuidado com a Casa Comum. Essa mudança se dá no homem, entre outros, através da educação (formal e informal, em um movimento de interdependência). O futuro do planeta passa pela educação, tendo em vista ser a educação uma via de transformação “do” e “para” o homem. Pela educação o homem pode ser capaz "de passar do consumo ao sacrifício, da avidez à generosidade, do desperdício à capacidade de partilha" (LS, 9).

O sacrifício a que se refere a Laudato Si’ pode estar relacionado, sobretudo, à dimensão biológica do homem. Privar-se do consumo excessivo, para muitos, é uma dificuldade, tamanha dependência do ter. Passar do consumo ao sacrifício é um ato de consciência que exige renúncias. Implica ações práticas, como hábitos mais saudáveis e sustentáveis que se refletem na vida do homem e na Casa Comum.

Na perspectiva da Laudato Si’, também podemos entender o sacrifício como oferta - um gesto amoroso e consciente de doação que rompe com a avidez e com o desperdício e gera generosidade e partilha. Desse modo, tal sacrifício pode contribuir para o desenvolvimento de outras dimensões do homem - a ética, a moral, a pessoal etc., à medida que o homem pode agregar valores relacionados ao gesto de ofertar. E é a educação, como processo de formação integral, que colabora para essa travessia (do consumo ao sacrifício) proposta pela Laudato Si’.

Essa formação permite ao homem tomar uma outra forma, não a forma como molde imposto pela razão instrumental (individualismo, progresso ilimitado, concorrência, consumismo, mercado sem regras (LS, 210)), mas a forma como um modo de ser pautado no respeito, no cuidado, na liberdade com responsabilidade, no diálogo, na comunhão.

Mas como o homem será capaz de entender um sistema de relações integradas com outros organismos vivos, numa relação de respeito e cuidado, de generosidade e partilha, se sua formação não for integral? Como será capaz de adotar um outro estilo de vida (menos consumista, menos individualista, menos utilitarista) se a educação se pautar expressivamente no moldar? Como será capaz de um processo de conversão, no sentido de profunda mudança interior e transformação pessoal, se o seu desenvolvimento parece estar mais atrelado à aspectos relacionados ao que interessa ao desenvolvimento econômico?

A conversão, como mudança interior e transformação pessoal, implica que essa comece por dentro, nas dimensões que envolvem a capacidade de amar do homem e que, por se compreender capaz de amar, é também capaz das práticas que geram amor. “Prestar atenção à beleza e amá-la ajuda-nos a sair do pragmatismo utilitarista. Quando não se aprende a parar, a fim de admirar o que é belo, não surpreende que tudo se transforme em objeto de uso e abuso sem escrúpulos” (LS, 215).

Nesse ponto, a Laudato Si’ traz para a discussão a dimensão estética (a beleza, o belo) capaz de libertar o homem do pragmatismo utilitarista que o faz tratar tudo como objeto que pode ser usado, abusado e descartado. Essa dimensão estética pode ser desenvolvida, de acordo com a Laudato Si’, em um processo de aprendizado. Deve, então, fazer parte da formação integral do homem do início ao fim de sua vida. O homem pode aprender a gostar da Arte e se admirar com a beleza nela contida, nos primeiros anos da infância, na escola, quando de uma aula de Literatura, por exemplo. Pode aprender, já adulto, a admirar o pôr do sol quando de um momento de contemplação à beira da praia. Seja como for, esse movimento estético é de aprendizado e passa pela educação.

Absorvido que está pelo excesso da vida de trabalho, pelo modelo consumista e utilitarista do capitalismo, o homem não compreende que a vida em poesia[4], ou seja, a vida que começa por dentro e o coloca sob outro ponto de vista, é aspecto relevante para a sua formação integral “e devia contar para o nosso pão quotidiano”[5]. Em outra ocasião, escrevemos que a educação deve despertar o homem para se compreender em sua totalidade[6], então, deve despertá-lo também para esse movimento estético como dimensão de sua vida.

Não se trata de desprezar o que é material, mas de dar ao homem a oportunidade de uma outra experiência que pode, inclusive, dar sentido às suas práticas e às coisas que o cercam. Ao tratar da tecnologia, por exemplo, a Laudato Si’ convida à uma reflexão que converge, de forma equilibrada, aspectos do âmbito material e da dimensão estética do homem. Nesse ponto, diz de um “salto” que, acreditamos, pode ser dado através da educação:

A tecnociência, bem orientada, pode produzir coisas realmente valiosas para melhorar a qualidade de vida do ser humano, desde os objetos de uso doméstico até aos grandes meios de transporte, pontes, edifícios, espaços públicos. É capaz também de produzir coisas belas e fazer o ser humano, imerso no mundo material, dar o “salto” para o âmbito da beleza. Poder-se-á negar a beleza de um avião ou de alguns arranha-céus? Há obras pictóricas e musicais de valor, obtidas com o recurso aos novos instrumentos técnicos. Assim, no desejo de beleza do artífice e em quem contempla esta beleza dá-se o salto para uma certa plenitude propriamente humana (LS, 103).

A mudança de estilo, do modo como é proposta pela Laudato Si’, é mudança de comportamento, de atitude, de pensamento e de sentimento. A indiferença, por exemplo, pode mudar em respeito, consideração e cuidado consigo, com o outro e com a Casa Comum. É, portanto, um formar no sentido de um novo modo de ser, que implica um novo modo de agir e de pensar conscientes. Esse novo modo de ser não se forma de um dia para o outro, mas num processo contínuo que começa na infância e que passa pela família, pela escola e pela sociedade.

A formação do homem não pode se limitar, portanto, à instrução. A educação deve aproximar-se do conceito de formação, como processo de desenvolvimento integral e contínuo. É nesse movimento que o homem pode encontrar possibilidades de compreender-se a si e ao outro e de (re)encontrar sua identidade. A formação integral possibilita ao homem se relacionar de modo a se sentir parte de um espaço que é comum - o planeta.

Em contínua formação, o homem pode "escolher regenerar-se, para além de qualquer condicionalismo psicológico e social que lhe seja imposto (LS, 205), pois é o todo que, de forma relacionada, é desenvolvido. “Regenerar-se” pode ter o sentido de um formar-se de novo e continuamente, em um movimento que integra e equilibra suas necessidades biológicas, sua capacidade de pensar, de refletir e de amar. Daí nasce a consciência de um consumo moderado, porque capaz de maturar hábitos repensando pequenas ações diárias; a consciência de ser comunhão, visto que a Casa é comum; e a experiência de uma profundidade existencial. Essa experiência confere ao homem sentido à existência, pois é o ser do homem comprometido em um projeto que o arranca de si próprio (existenz). Por consequência, a vida - o viver do nascimento à morte, também passa a ter sentido, à medida que se compreende nas relações com o outro e com a Casa Comum.

Do ponto de vista da Laudato Si’, a discussão sobre a educação como formação integral do homem está caracterizada por pontos-chave que consideramos:

a) envolve a totalidade do homem;
b) é radical, à medida que vai à raiz da questão sobre o sentido dessa formação;
c) é vital, tendo em vista que envolve a vida em sua radicalidade e está enraizada na existência humana.

 

Notas:

[1] PP, Francisco. Laudato Si': sobre o cuidado da casa comum. São Paulo: Paulus, 2015. São Paulo: Edições Loyola, 2015.

[2] A educação a que nos referimos é que se dá nos âmbitos escolar, familiar e social, tendo em vista que a educação é dever do Estado, da família e da sociedade.

[3] A teoria do capital humano, em suma, compreende o “fator humano” um capital, considerando que se pode investir na produtividade do trabalhador.

[4] MOUNIER, Emmanuel. O personalismo. Trad. João Bénard da Costa. 3ª ed. Santos, SP: Martins Fontes, 1974, p. 142.

[5] MOUNIER, 1974, p. 142.

[6] NOLLI, Josi Mara. 2020. Educação pós-pandemia: despertar a pessoa no homem. Disponível aqui. Acesso em: 04 ago. 2020.

 

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