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Papa Francisco. Sem cuidar dos últimos, o mundo não vai se curar

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13 Agosto 2020

Ontem, na audiência geral das quartas-feiras, o Papa Francisco, em italiano, dando continuidade ao novo ciclo de catequese sobre o tema: "Curar o mundo", centrou a sua meditação no tema "Fé e dignidade humana" (Leitura: Gn 1,27-28; 2,15).

O texto foi publicado pela Sala de Imprensa da Santa Sé, 12-08-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o texto.

 

A pandemia destacou como somos todos vulneráveis e interconectados. Se não cuidarmos uns dos outros, começando com os últimos, aqueles que são mais atingidos, incluindo a criação, não podemos curar o mundo. É digno de louvor o empenho de tantas pessoas que nos últimos meses têm dado provas do amor humano e cristão para o próximo, dedicando-se aos doentes mesmo com risco da própria saúde: são heróis!

No entanto, o coronavírus não é a única doença a ser combatida, mas a pandemia trouxe à tona patologias sociais mais amplas. Uma delas é a visão distorcida da pessoa, um olhar que ignora sua dignidade e seu caráter relacional. Às vezes vemos os outros como objetos a serem usados e descartados. Na verdade, esse tipo de olhar cega e fomenta uma cultura do descarte individualista e agressiva, que transforma o ser humano em um bem de consumo (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 53; Enc. Laudato si' [LS] 22).

À luz da fé, sabemos, ao contrário, que Deus olha para o homem e para a mulher de outra forma. Ele nos criou não como objetos, mas como pessoas amadas e capazes de amar, criou-nos à sua imagem e semelhança (cf. Gn, 1,27). Dessa forma, deu-nos uma dignidade única, convidando-nos a viver em comunhão com ele, com as nossas irmãs e os nossos irmãos, respeitando toda a criação, em comunhão, em harmonia podemos dizer: a criação é uma harmonia para a qual somos chamados a viver. E nessa comunhão Deus nos dá a capacidade de procriar e cuidar da vida (cf. Gn 1,28-29), de trabalhar e cuidar da terra (cf. Gn, 2,15; LS, 67). É evidente que não se pode procriar e cuidar a vida sem harmonia; será destruída.

Desse olhar individualista, que não é harmonia, temos um exemplo nos Evangelhos, no pedido feito a Jesus pela mãe dos discípulos Tiago e João (cf. Mt 20,20-28). Ela gostaria que seus filhos pudessem sentar-se à direita e à esquerda do novo rei. Mas Jesus propõe outro tipo de visão: aquela do serviço e de dar a vida pelos outros, e a confirma restituindo imediatamente a visão a dois cegos e tornando-os seus discípulos (cf. Mt 20,29-34).

Tentar subir na vida, ser superior aos outros, destrói a harmonia. É a lógica do domínio, de dominar os outros. A harmonia é outra coisa: é o serviço.

Peçamos, pois, ao Senhor que nos dê um olhar atento aos nossos irmãos e irmãs, especialmente aos que sofrem. Como discípulos de Jesus, não queremos ser indiferentes ou individualistas, essas são as duas atitudes ruins contra a harmonia. Indiferente: eu olho para o outro lado. Individualistas: olhar apenas para o seu próprio interesse. A harmonia criada por Deus nos pede para olhar os outros, as necessidades dos outros, os problemas dos outros, para estarmos em comunhão.

Queremos reconhecer a dignidade humana em cada pessoa, independentemente da sua raça, língua ou condição. A harmonia leva você a reconhecer a dignidade humana, aquela harmonia criada por Deus, com o homem ao centro. O Concílio Vaticano II destaca que essa dignidade é inalienável, porque “foi criada à imagem de Deus” (Const. Past. Gaudium et spes, 12). Está no fundamento de toda a vida social e determina seus princípios operacionais.

Na cultura moderna, a referência mais próxima ao princípio da dignidade inalienável da pessoa é a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que São João Paulo II definiu como "um marco na longa e difícil jornada da humanidade" e como " uma das mais altas expressões da consciência humana".

Os direitos não são apenas individuais, mas também sociais; são dos povos, das nações. O ser humano, de fato, em sua dignidade pessoal, é um ser social, criado à imagem do Deus Uno e Trino. Somos seres sociais, precisamos viver nessa harmonia social, mas quando há egoísmo, nosso olhar não vai para os outros, para a comunidade, mas se volta para nós mesmos e isso nos torna feios, maus, egoístas, destruindo a harmonia.

Essa renovada consciência da dignidade de cada ser humano tem sérias implicações sociais, econômicas e políticas. Olhar para o irmão e para toda a criação como um dom recebido do amor do Pai desperta um comportamento de atenção, cuidado e admiração. Assim, o ser humano que crê, ao contemplar o próximo como irmão e não como estranho, olha para ele com compaixão e empatia, não com desprezo ou inimizade. E contemplando o mundo à luz da fé, ele se empenha para desenvolver, com a ajuda da graça, sua criatividade e seu entusiasmo para resolver os dramas da história. Ele concebe e desenvolve suas capacidades como responsabilidades que brotam de sua fé, como dons de Deus a serem colocados ao serviço da humanidade e da criação.

Enquanto todos nós trabalhamos na busca de uma cura contra um vírus que afeta a todos indistintamente, a fé nos encoraja a trabalhar séria e ativamente para combater a indiferença às violações da dignidade humana. A cultura da indiferença que acompanha a cultura do descarte: as coisas que não me tocam não me interessam. A fé sempre exige que nos deixemos cuidar e converter do nosso individualismo, tanto pessoal quanto coletivo; um individualismo partidário, por exemplo.

Que o Senhor possa nos "restituir a visão" para redescobrir o que significa ser membros da família humana. E que esse olhar possa se traduzir em ações concretas de compaixão e respeito por todas as pessoas e de cuidado e custódia por nossa casa comum.

 

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