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Itália e coronavírus: uma “história de sucesso” que passa por Francisco

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10 Agosto 2020

Nunca pensei que eu viveria para ver isto, mas estava no jornal New York Times do dia 23 de julho, em letras garrafais, na manchete em cima de uma coluna de Paul Krugman: “Por que os EUA não podem ser como a Itália?”. Desde então, comparações nada lisonjeiras dos EUA com a Itália em termos de tratamento ao coronavírus se tornaram um meme midiático, surgindo em todos os lugares.

O comentário é de John L. Allen Jr., publicado por Crux, 09-08-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Para mim, isso foi o suficiente para induzir uma “chicotada” intelectual. Na maior parte da minha vida adulta, a Itália tem sido um exemplo global de como não administrar um país, com uma burocracia notoriamente opaca, notoriamente corrupta e que luta para oferecer serviços públicos até mesmo básicos, como a coleta de lixo ou o recapeamento de vias. Agora, de repente, a Itália se tornou um estudo de caso em eficiência e liderança.

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, comemorou seu 56º aniversário nesse sábado, 8, e até mesmo ele tem que estar um pouco atordoado. Ele não está apenas sendo festejado em todo o mundo pela sua gestão da pandemia, mas as pesquisas mais recentes na Itália mostram que ele desfruta de um índice de aprovação de 65%.

Assim como a maioria dos memes midiáticos, a “história de sucesso da Itália” é um pouco exagerada. No entanto, há uma verdade suficiente que vale a pena aprofundar.

Comecemos pelos exageros.

Para começo de conversa, ainda não está claro se a Itália é realmente uma história de sucesso. Os dados de monitoramento mais recentes mostraram um aumento dos contágios na semana passada, com 552 novos casos registrados na sexta-feira, 7, e a idade média das pessoas que contraíram o vírus está diminuindo.

Gianni Rezza, diretor de Prevenção do Ministério da Saúde da Itália, alertou que o país precisa “prestar atenção”, e o governo estendeu as medidas cautelares até o dia 7 de setembro.

Mesmo assim, a Itália relatou apenas três mortes por coronavírus na sexta-feira, contra 1.287 nos EUA, e a taxa de infecção da Itália permanece entre as mais baixas da União Europeia, em um momento em que outros estados da União estão lutando contra novos surtos.

Por outro lado, a Itália provavelmente teve sorte no início da sua crise, porque estava amplamente concentrada no rico Norte, em oposição ao Sul cronicamente subdesenvolvido e disfuncional.

Se Conte estivesse em posição de pedir aos italianos que aceitassem um confinamento nacional por causa de um problema localizado no Sul, muitos habitantes do Norte poderiam ter descartado isso como mais um exemplo de que o Sul é uma bagunça que não tem nada a ver com eles.

Por outro lado, no fundo dos seus corações, muitos habitantes do Sul provavelmente pensaram que, se essa doença pode afetar até mesmo Milão, então só Deus sabe o que poderia fazer com eles, e estavam mais inclinados a aceitar medidas drásticas.

Além disso, a Itália também se beneficiou da natureza peculiar do seu sistema parlamentar, onde um chefe de Estado pode assumir o poder como resultado de acordos de bastidores sem que uma única pessoa jamais tenha votado nele.

Conte foi inicialmente o produto de um pacto faustiano entre o partido de direita Liga, do anti-imigrante Matteo Salvini, e o movimento populista de esquerda Cinco Estrelas. Ele não era ninguém antes de ser colocado no papel de primeiro-ministro e até hoje não tem nenhuma filiação ou lealdade partidária clara.

Como resultado, ninguém suspeita que Conte esteja seguindo uma agenda partidária, e, em sua maior parte, as precauções de saúde pública, como as máscaras faciais, não foram politizadas na Itália como em outros lugares, principalmente nos EUA.

Se a Itália estivesse sob a administração de um tipo diferente de primeiro-ministro, com um viés partidário mais forte – digamos, se ainda estivéssemos nos anos Berlusconi –, a história poderia ter sido muito diferente.

Por fim, também é preciso observar que grande parte do chavão “Itália boa, Estados Unidos maus” nas mídias estadunidenses tem agora um claro viés anti-Trump (na verdade, eu não fui completamente honesto acima – a manchete do artigo do dia 23 de julho de Krugman era, na verdade, “Por que os EUA de Trump não podem ser como a Itália?”. De uma só vez, ele conseguiu criticar Trump e ser sarcástico com a Itália, sugerindo que, “se até a Itália pode resolver isso, que diabos está acontecendo aqui?”).

Dito isso, ainda há motivos para celebrar a conquista da Itália, e talvez também haja uma lição nisso.

Em primeiro lugar, desde o início, os italianos usaram a expressão “salvare la Patria”, para descrever seus esforços anti-Covid-19, mesmo quando estavam brincando sobre isso (“Você pode salvar o país de pijama!” foi um dos tropos populares durante a quarentena).

A campanha despertou memórias nacionais adormecidas dos “partigiani” da Segunda Guerra Mundial e de seus sacrifícios para ajudar a libertar a Itália da ocupação nazista.

Nos EUA, essa retórica tem sido escassa. Em vez disso, soar alarmes desde o início foi considerado uma manobra política destinada a derrubar Trump. Foi anunciado dessa forma pelo presidente e, francamente, tem sido explorado dessa forma por muitos de seus críticos.

Em segundo lugar, os italianos aderiram à mobilização de uma forma que uma ampla faixa de estadunidenses nunca o fez. Juro por Deus, eu realmente testemunhei italianos comuns autopoliciando filas ordenadas em frente a padarias... algo que, se você já esteve na Itália, você sabe que é nada menos do que uma revolução cultural total.

Terceiro, existe o eterno fator X na vida italiana, que é o papel do papa.

Sim, há uma forte tendência anticlerical na vida italiana. A maioria dos italianos não vão mais à igreja, exceto para casamentos, batismos e funerais. Os bispos italianos exercem uma influência cada vez menor nos assuntos nacionais e assim por diante.

Mesmo assim, em momentos de crise nacional, os italianos instintivamente se voltam para o papa, como os filhos briguentos de uma família que ainda olham para o pai quando as coisas não vão bem.

Desde o início, o Papa Francisco exortou a Igreja a compartilhar os sacrifícios feitos por outros italianos, mesmo que indiretamente repreendesse os bispos italianos quando eles pareciam dispostos a desafiar as restrições do governo às celebrações públicas da missa e dos outros sacramentos. Em momentos-chave, Francisco também articulou o clima nacional, de forma mais pungente na sua bênção Urbi et Orbi no dia 27 de março, em uma Praça de São Pedro deserta e chuvosa. Ele ajudou a manter o país unido e no seu rumo.

Como católico e italiano adotado, tudo isso me faz sentir uma onda de orgulho.

Agora, vamos ver se Conte pode passar do “implausível”, ao achatar a curva do vírus, para o “aparentemente impossível”, e realmente recolher o lixo das ruas. Se Francisco também puder ajudá-lo nisso, eu mesmo prepararei a positio para a sua eventual beatificação.

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