Meditações para o Advento com Laudato Si’, 2ª semana: mudar para uma visão mais profunda

A foto tirada mostra o campo perto de Anapu, Brasil. | Foto: CNS / Paul Jeffrey

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

10 Dezembro 2019

National Catholic Reporter está compartilhando as reflexões sobre o Advento inspiradas em Laudato Si’ – Sobre o Cuidado da Casa Comum, do seu ex-editor Arthur Jones. Estas reflexões foram originalmente publicadas em 2015 pela Comunidade Paroquial St. Vincent de Paul, em Baltimore, no estado americano de MarylandJones deseja reconhecer a inspiração das invocações celtas da obra Carmina Gadelica, de Alexander Carmichael.

A reflexão de Arthur Jones para a Segunda semana do Advento é publicada por National Catholic Reporter, 08-12-2019. A tradução é de Isaque Gomes Correa

Eis o texto.

Falemos um pouco de mim em termos pessoais. Sou o autor desta excursão meditativa. Qual o meu envolvimento pessoal, qual a minha participação pessoal nestes temas e reflexões ecológicos que, aqui, ofereço a vocês?

Bem francamente falando, eu faço parte do problema. No momento em que escrevi este texto, minha esposa e eu vivíamos em uma área rural do estado americano de Maryland. Nós nos contentávamos com um carro. Limpávamos os nossos papéis-alumínio para usá-los novamente, lavávamos as sacolas que usamos e reciclávamos tudo o que era reciclável. A minha esposa tinha jardins orgânicos com esterco de cavalo e galinha dos estábulos e galinheiros de vizinhos. Os restos da nossa alimentação iam para as galinhas.

Cuidávamos das muitas árvores que tínhamos e sabíamos que a água era preciosa, pois tínhamos um poço e um sistema séptico. Temos uma filha que vive uma vida simples, que nos apontou que estávamos loucos para fazer funcionar os nossos próprios sistemas na nova casa quando, em uma cidade ou zona urbana, poderíamos simplesmente nos conectar a linhas de água, gás, esgoto e drenagem pluvial. E a nossa filha estava certa. Apesar de todo o nosso carinho, tenho medo de que a minha esposa e eu tínhamos uma pegada ecológica do tamanho de um pequeno país insular.

Caminhões traziam o nosso combustível para o nosso aquecimento. Também o nosso gás propano. Dirigíamos 100 quilômetros, ida e volta, para ir à igreja; 40 quilômetros para ir ao supermercado; 45 quilômetros para buscar fotocópias e tinta para a impressora. Tivéssemos nós lá atrás o conhecimento que temos hoje, teríamos substituído este uso energético por energia solar. Hoje vivemos em um apartamento. Com o papa como um estímulo, nos perguntamos o que mais podemos fazer. Por exemplo: podemos persuadir as pessoas dos países desenvolvidos a fazerem o mesmo?

Ó Deus, permita-me cultivar virtudes ecológicas.

Leia mais