17 Outubro 2019
No outro extremo, os 2,1 milhões mais ricos recebem 40 vezes mais; desigualdade de renda atingiu nível recorde na série histórica da Pnad Contínua.
A reportagem é de Daniela Amorim, publicada por O Estado de S. Paulo, 16-10-2019.
A desigualdade de renda no País alcançou patamar recorde em 2018, dentro da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A metade mais pobre da população, quase 104 milhões de brasileiros, vivia com apenas R$ 413 mensais, considerando todas as fontes de renda. No outro extremo, o 1% mais rico - somente 2,1 milhões de pessoas - tinha renda média de R$ 16.297 por pessoa. Ou seja, essa pequena fatia mais abastada da população ganhava quase 40 vezes mais que a metade da base da pirâmide populacional.
Em todo o País, 10,4 milhões de pessoas (5% da população) sobrevivem com R$ 51 mensais, em média. Se considerados os 30% mais pobres, o equivalente a 60,4 milhões de pessoas, a renda média per capita subia a apenas R$ 269.
Mesmo passada a crise econômica, a desigualdade se agravou. A renda domiciliar per capita dos 5% mais pobres caiu 3,8% na passagem de 2017 para 2018. Ao mesmo tempo, a renda da fatia mais rica (1% da população) cresceu 8,2%.
A íntegra da reportagem pode ser lida aqui.
Leia mais
- Desigualdade entre ricos e pobres é a mais alta registrada no Brasil
- A profundidade da atual crise social. Artigo de Waldir Quadros
- “É assustadora a bomba-relógio que temos pela frente”. 80% dos trabalhadores brasileiros são pobres e vivem com renda de até 1.700 reais. Entrevista especial com Waldir Quadros
- Desigualdade bate recorde no Brasil, aponta estudo da FGV
- 1% mais rico ganha 36 vezes o que ganha a metade mais pobre da população
- Renda do 1% mais rico é 36 vezes a da média da metade mais pobre, diz IBGE
- Brasil tem maior concentração de renda do mundo entre 1% mais rico
- Renda do trabalhador mais pobre segue em queda e ricos já ganham mais que antes da crise
- No topo da pirâmide brasileira, 270 mil pessoas compõem o 1% mais rico. Entrevista especial com Rodrigo Orair
- As razões da desigualdade de renda do trabalho são políticas, e não educacionais. Entrevista especial com Rogério Barbosa
- Pobreza aumenta e atinge 54,8 milhões de pessoas em 2017 - Síntese de Indicadores Sociais
- Desigualdade piora em 4 das 5 regiões do País em 2017, aponta IBGE
FECHAR
Comunicar erro.
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Metade dos brasileiros vive com R$ 413 mensais - Instituto Humanitas Unisinos - IHU