Arcebispo Chaput pede para o sínodo que use a linguagem com cuidado, especialmente para falar sobre sexualidade

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05 Outubro 2018

O arcebispo Charles Chaput, da Filadélfia, disse aos membros do Sínodo dos Bispos que sua tarefa era ajudar os jovens a entender o ensino católico sobre sexualidade e evitar o uso de termos como "LGBTQ" que fazem parecer que a igreja categoriza as pessoas dessa maneira.

A reportagem é de Cindy Wooden, publicada por Catholic News Service, 04-10-2018. A tradução é de Victor D. Thiesen.

O documento de trabalho para o sínodo de 3 a 28 de outubro sobre "os jovens, a fé e o discernimento vocacional" usa a sigla para lésbica, gay, bissexual e transgênero uma vez.

O texto do discurso de Chaput foi publicado online pela catholicherald.co.uk; seu escritório confirmou que o texto era dele.

O arcebispo, membro do comitê permanente do Sínodo, disse ao sínodo que "o que a Igreja considera verdadeiro sobre a sexualidade humana não é uma pedra no meio do caminho. É o único caminho real para a alegria e a integridade".

E, disse ele, para a Igreja "não existe um 'católico LGBTQ' ou 'católico transgênero' ou 'católico heterossexual', como se nossas vontades sexuais definissem quem somos".

Por que não há "comunidades discretas e divergentes, mas sim de igual integridade" dentro da Igreja, disse, "segue-se que 'LGBTQ' e linguagem similar não deveriam ser usadas em documentos da Igreja, porque usá-la sugere que estes são grupos reais, autônomos, e a Igreja simplesmente não categoriza as pessoas dessa maneira".

Durante uma sessão do Sínodo que incluiu vários discursos reconhecendo as formas pelas quais os membros da Igreja falharam na geração mais jovem, Chaput citou "uma combinação de ignorância, covardia e preguiça na formação de jovens para levar a fé para o futuro".

"Explicar porque o ensino católico sobre a sexualidade humana é verdadeiro, e por que é enobrecedor e misericordioso, parece crucial para qualquer discussão sobre questões antropológicas", disse o arcebispo. "Mesmo assim, lamentavelmente isso não está" no documento de trabalho do Sínodo que os participantes usarão como base de suas discussões, e que será transformado no texto final.

"Os anciãos da comunidade de fé têm a tarefa de passar a verdade do Evangelho de era em era, sem comprometer ou deformar", disse o arcebispo.

"A crise dos abusos sexuais do clero é precisamente um resultado da autoindulgência e confusão introduzidas na Igreja, mesmo entre aqueles encarregados de ensinar e liderar", disse ele. "E os menores - nossos jovens - pagaram o preço por isso".

Os católicos acreditam que "quem somos como criaturas, o que significa ser humano, por que devemos imaginar que temos alguma dignidade especial" são todas perguntas que encontram sua resposta final "apenas na pessoa de Jesus Cristo, redentor dos homens".

"Se nos falta a confiança para pregar Jesus Cristo sem hesitação ou desculpas para todas as gerações, especialmente para os jovens", disse ele ao Sínodo, "então a Igreja é apenas mais uma fornecedora de piedades éticas de que o mundo não precisa".

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