"Eu o escutei e depois, juntos, escrevemos aquele artigo". Entrevista com Marco Tosatti

Carlo Maria Viganò | Foto: Paul Haring/ CNS

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30 Agosto 2018

Foi a correspondente do Vaticano da agência Associated Press que revelou que a carta de 11 páginas por Carlo Maria Viganò foi escrita a 4 mãos: "Ele tinha escrito à colega Nicole Winfield e assim ela hoje (dia 28/8) me chamou ...", explica Marco Tosatti, ex-correspondente do Vaticano da Stampa hoje autor do blog «Stilum Curiae»: “Viganò me ligou há um mês pedindo uma entrevista. Ele veio a Roma, para a minha casa. Eu disse: ‘aqui está o gravador’, mas ele me parou: ‘Ainda não ...’. Mas percebi imediatamente que ele tinha coisas importantes para revelar. Então ele retornou para minha casa em 21 de agosto às 9h30”.

A entrevista é de Dino Martirano, publicada por Corriere della Sera, 29-08-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Por que a entrevista se transformou em um texto sem perguntas?

Porque, conforme ele sugeriu, a continuidade da história não fosse quebrada. E assim, juntos, escrevemos o artigo.

Por que Viganò falou depois de 5 anos?

Ele fez isso, segundo ele, quando a justiça USA se mexeu, sobre o caso da criança molestada por McCarrick e depois que, na imprensa, foi lançado um artigo que para defender Francisco atacava o trabalho de Bento XVI e de seus dois antecessores Washington, Montalvo e Sambi.

Viganò foi removido pelo Papa Francisco em 2015. É uma vingança?

Não. Ele estava emocionado e tinha lágrimas nos olhos quando contava os detalhes: ‘Mas como eles podem continuar a rezar a missa’, repetia ele. Ele me disse que teme por sua segurança, talvez pensem que tenha algum documento guardado.

Você perguntou isso a ele?

Ele me disse que depois da publicação teria desconectado o telefone.

O que você pensa do papa Bergoglio?

Ele tornou a Igreja simpática e atraente, do lado de fora. Mas por dentro gerou confusão e desorientação.

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