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Vamos encontrar a coragem: vamos falar de mortos

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02 Julho 2018

Os mortos: por favor, por uma vez, em vez dos vivos, dos migrantes vivos, daqueles que nos atrapalham, que não sabemos distribuir como rebanhos, dos fluxos, dos úteis e dos inúteis, dos que têm direitos e dos clandestinos, tenhamos a decência de calar. Vamos contar os outros, os mortos, os migrantes mortos.

O comentário é se Domenico Quirico, jornalista italiano, publicado por La Stampa, 30-06-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

Vamos olhar para o mar, um borbulhar de águas calmas, de água viva, aqui e ali, manchas iridescentes de óleo. Homens trazem à praia pequenos corpos com roupas coloridas. Vamos dizer a verdade: não saberíamos enumerar todos esses mortos. São muitos, estão em toda parte, em todos os cantos do Mediterrâneo, ontem diante da Líbia e a Lampedusa e nas águas das ilhas gregas. Se tentássemos contá-los, os mortos, aqueles que entram nas estatísticas, bem, ainda assim esqueceríamos mais da metade. Talvez até mais, aqueles que desconhecemos, náufragos sem nome, de quem não ficaram sinais. Sim. Vamos falar dos mortos. Se tivermos a coragem.

Cuidado. Vocês ficaram conversando amavelmente a respeito, enquanto eles se afogavam, na frente das mesas bem arrumadas de suas cúpulas. Assim: números, pequenas batalhas diplomáticas, o detalhe brilhante e grotesco de um adjetivo, voluntário ... não voluntário, destinos humanos. Cuidado, porque os mortos são implacáveis. Com os vivos é possível ser mesquinho, mas com os mortos não.

Onde estão os desvios para escapar deles, fingir que eles não existem? Onde podemos esconder, tomados por um conveniente esquecimento, as histórias do que eles foram?

Não serão suficientes os ocultos matadouros dos anos, os meandros das competências, o papel carimbado do ‘agora é a tua vez’, a geografia do jogo de culpa diplomático. Ali estão os mortos, implacáveis, irremediáveis. Eles olham para nós. A solidão existe talvez, apenas para os vivos. Em relação aos mortos não há solidão, os mortos estão sempre aqui.

Aqueles de ontem, e os outros antes deles, vão se insinuar em cada uma de nossas horas. É seu destino, a sua vingança. Eles irão cobrar a conta: quem são vocês? A vida, também a minha, a nossa não é sagrada para vocês? Eles irão matar as nossas mentiras. Até que nós também nos descobrirmos mortos. Eles contam que os sobreviventes ficaram muito tempo na água à espera dos resgates, antes de se afogar.

Vamos esconder, por favor, pelo menos por hoje os vazios documentos de Bruxelas, as bravatas, o falso vigor de tantas palavras. Vamos falar apenas daquele tempo que passaram no mar: aquelas que são as horas que contam entre a vida e a morte. Vamos tentar imaginar qual era o objeto mais valioso que tinham trazido com eles naquele maldito bote, o último fragmento daquela sua jornada sem fim: um par de sapatos, um celular, uma foto da aldeia, de uma mãe? Os naufrágios dos migrantes, seu lixo santificado pela morte.

Não vamos negar nada, não vamos fugir às escondidas. Só poderemos salvar o que nós somos se soubermos olhar para esses mortos, imutáveis, agora destroçados pelo sofrimento, mas não desfigurados, teimosos, imortais.

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