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Os Salmos contra o inimigo

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29 Junho 2018

Erich Zenger, Salmi. Preghiera e poesia. 4.

Dio di vendetta? I salmi contro il nemico

(em tradução livre, Salmos. Oração e poesia. 4.

O Deus de vingança? Os Salmos contra o Inimigo),

Estudos Bíblicos 192), Claudiana, Turim, 2018.

Ooriginal em alemão Freiburg I. Br. 2011, pp. 176.

A resenha é de Roberto Mela, teólogo italiano, publicada por Settimana News, 24-06-2018. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Eis o texto.

Segundo o autor, o brilhante estudioso prematuramente desaparecido em 2010, após ter sido professor de exegese do AT em Eichstätt e mais tarde na Faculdade Católica de teologia da Universidade de Münster (onde também foi decano), a tese do livro é esta: "Os ‘salmos contra o inimigo’ são uma forma de remover dos estereótipos agressivos do inimigo seu caráter destrutivo e transformá-los em força construtiva” (pág. 9).

"O homem que ora e seus inimigos: este é simplesmente o tema dominante do Saltério", diz o grande estudioso do antigo testamento N. Lohfink.

Othmar Keel, em uma de suas monografias, identificou 94 maneiras de indicar o inimigo no Saltério. Uma presença obsessiva que, para muitos estudiosos e cristãos, torna impraticável a leitura completa do Saltério como prece cristã. Para evitar o marcionismo insidioso, eles afirmam que várias partes dele são puramente judaicas, subcristãs, do Antigo Testamento, irrecuperáveis para uma leitura cristã. Não passam a barreira constituída pela cristologia e pela eclesiologia do NT.

Os Salmos contra o inimigo ou salmos de vingança/maldição - mais comumente conhecido como "Salmos imprecatórios" - foram objeto de vários cortes e censuras ("ato de barbárie doutrinal” como define Zenger na p. 10) antes de serem admitidos na oração oficial da Igreja. Os salmos de vingança/imprecatórios são de fato um problema complexo, reconhece o próprio estudioso no cap. 1 de seu trabalho (pp. 13-40).

N cap. 2 (pp. 41-68), o autor reconstrói o caminho que levou - a partir da discussão no Concílio Vaticano II até a decisão romana de 1971 - a "vias de solução não viáveis", segundo a sua opinião, no que diz respeito a esses salmos: ignorar, corrigir, mutilar, atenuar com a interpretação, "cristianizar", etc.

No cap. 3 (pp. 69-118) Zenger analisa o texto de sete salmos. De acordo com seus conteúdos resumidos, o Sal 12 é um protesto contra a violência de homens brutais; o Sal 139 expressa uma luta apaixonada contra a violência estrutural; o Sal 58 é um grito de direito e justiça; o Sal 83 é o testemunho de Deus quando tudo fala contra ele; o Sal 137 pergunta o que resta aos indefesos; o Sal 44 expressa uma mudança na imagem do Deus violento; o Sal 109 expressa o grito do pedinte em grandes dificuldades: "Eles me atacam sem motivo, mas eu permaneço em oração".

No cap. 4 Zenger propõe a hermenêutica dos salmos contra o inimigo e da vingança (pp. 119-150) e no cap. 5 enumera as consequências para a prática (pp. 115-163).

O volume fecha com as indicações bibliográficas fundamentadas (pp. 163-168) e o Índice de Salmos comentado nos quatro volumes (pp. 169-170).

Na análise de algumas teses básicas de Zenger, citaremos extensivamente algumas de suas proposições, em que apreciamos a precisão da linguagem, o que ajuda a esclarecer a semântica complexa da linguagem da "vingança" bíblica pedida a Deus. Um Deus de vingança?

Os salmos de imprecação e de vingança exigem que seja "delineado o horizonte teológico em que ... foram escritos, a fim de remover aqueles mal-entendidos que surgem em nós quando e sempre que ouvimos estes salmos com uma atitude demasiadamente ligada à nossa visão da vida e aos estereótipos da tradição cristã. E trata-se de torná-los compreensíveis como autênticas orações dos homens da Bíblia, de modo que não sejam vistos apenas como uma questão aberta da cultura cristã da oração, mas como um autêntico enriquecimento. Os salmos imprecatórios e de vingança implicam uma perspectiva de juízo como "invocação de direito e de justiça" e como sinal de esperança contra o fatalismo e o fanatismo pseudo religiosos" (p. 121).

Nesses salmos há um enorme potencial de esperança. O salmista quer manter sua dignidade humana, exatamente onde se sente pisoteado. Ele expressa a Deus e para Deus sua própria esperança de que ele, como juiz, imponha e restabeleça o direito. Isso marca no AT a fronteira entre o "ímpio" e o "justo". "No grito de ajuda e de vingança dos salmos não se trata de grandes ou pequenos conflitos que poderiam ser resolvidos pela pessoa em oração com sua sábia magnanimidade ou seu ‘amor ao próximo’. Neles, pelo contrário, os pedintes gritam seu sofrimento pela injustiça e pelas hybris dos violentos. Eles colocam o próprio Deus diante do mistério do mal e da contradição que os ímpios representam em um mundo com o qual Deus se importa. O sofrimento desses salmos deriva da profunda convicção de que a justiça deve ser feita - pelo menos, graças a um Deus que criou a terra como "casa de vida" para todos, sobre a qual quer surgir como ‘sol da justiça’, que afugenta o mal e salva aqueles que estão ameaçados pela morte. [...] Nesse clamor de invocação é enfrentada a dolorosa realidade em que os juízes e os tribunais humanos não são suficientes para estabelecer a justiça perfeita" (pág.123).

A oração não sacraliza um Deus violento e vingativo (de acordo com nossa percepção moderna). É necessário prestar atenção à semântica da palavra "vingança /neqāmāh". Fala-se de "vinganças", de um modo de agir de Deus e não de sua natureza. Aqueles que oram "clamam para o seu Deus como juiz justo, e assim evitam para si mesmos a "vingança " [...] fazem apelo a um Deus que, como o Deus do direito, examina, decide e pune; não pune pelo prazer de punir, mas para restaurar e defender a ordem, que foi perturbada, e o direito" (pág. 128).

Não há apelo a um Deus de vingança indiscriminada. “O analogon que permanece aqui subjacente não é a vingança descontrolada ou secreta, mas a intervenção pública, de uma autoridade legítima da lei, que tome a sua decisão de acordo com os princípios de direito e queira defender, aliás, promover, o bem comum mediante a execução legítima da pena" (ibid.) "... o sistema judicial público é apenas um analogon do que está em questão quando se fala de Deus como juiz/’vingador’/salvador. [Parte-se] do pressuposto que Deus é afetado pessoalmente, aliás, é posto em questão pela injustiça - e do pressuposto que tem que fazer justiça ‘por amor do seu nome’. [...] Deus não é entidade neutra e desinteressada de um tribunal independente. Precisamente porque ele é o Deus vivo, os homens que oram tentam desafiá-lo em sua distância e forçá-lo a tomar partido. Não deve limitar-se a exercer o seu cargo como juiz, mas nisto comunicar a si mesmo" (pág. 129).

"Os salmos imprecatórios não oferecem nem uma teologia dogmática nem um compêndio de ética bíblica. São orações poéticas que colocam um espelho diante dos atores da violência. E são orações que podem ajudar as vítimas de violência, colocando em suas bocas o clamor que invoca a justiça e o Deus da punição, para preservar sua dignidade humana e manter não-violenta, no protesto orante contra a violência ímpia, o medo dos inimigos e os estereótipos do inimigo. A delegação da punição a Deus que os Salmos documentam implica a renúncia à punição em primeira pessoa, e este é também o contexto bíblico geral em que os Salmos são legados. Os salmos imprecatórios devem

ser recitados tendo em mente o contexto canônico em que eles se encontram, ou seja, devem ser vistos e apreciados no contexto literário do livro de Salmos e de toda a Bíblia - como uma voz no coro polifônico do complexo discurso de e sobre Deus. [...] quem nega o lamento aos sofredores, nega-lhes a própria língua e, portanto, um ato fundamental da sua humanidade. [...] Quem quiser se abrir para os Salmos deve abrir-se também para esta visão complexa da condition humaine - e assim atravessará com Deus os altos e baixos da vida. Recitando os Salmos de acordo com o cânone, se poderia concretamente demonstrar o conceito, tão importante na liturgia das horas eclesiástica, da oração vicária e solidária" (p. 157-158).

Um texto importante sobre uma crucial "questão embaraçosa" para aqueles que querem rezar com a Bíblia um Deus que se encarrega da sede de "vingança = justiça = direito" que permeia o grito veemente que sobe ao seu coração vindo dos seus filhos oprimidos e aniquilados pela violência humana.

Leia mais

  • Aprender a ser humano. Uma leitura do Gênesis. Entrevista especial com André Wénin. Revista IHU On-Line, Nº. 306
  • “O início da violência acontece quando não se considera o outro como sujeito”. Entrevista especial com André Wénin. Revista IHU On-Line, Nº. 413
  • Violência nos Salmos: recurso e necessidade, segundo André Wénin
  • Os Salmos censurados
  • Um Livro de Salmos para lembrar o seu autor
  • As convergências entre a Bíblia, a Laudato Si’ e o tempo presente. Entrevista especial com André Wénin
  • A difícil construção da fraternidade. Entrevista com André Wenin
  • Fraternidade: um projeto ético a ser conquistado. A palestra de André Wenin
  • A cobiça como desejo que não aceita ser estruturado por um limite. Leituras do Gênesis pelo exegeta André Wenin
  • Decálogo, a revelação de Deus e caminho para felicidade? com André Wenin
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  • A ira de Jesus censurada
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