23 Outubro 2017
Tenham "a força e a coragem de não obedecer cegamente à mão invisível do mercado": o Papa foi direto ao coração do problema, recebendo na manhã do dia 19 um grupo de estudantes da Instituição Chartreux de Lyon, acompanhados pelo superior e alguns professores. Aos jovens alunos dos cursos de Economia e destinados a atuar nas áreas de comércio e finanças internacionais, Francisco pediu um compromisso claro: "... é essencial que, a partir de agora e em sua futura vida profissional, vocês aprendam a se manterem livres do fascínio do dinheiro, do cativeiro em que o dinheiro encerra todos aqueles que lhe prestam culto”.
A reportagem é de Roberta Gisotti, publicada por Rádio Vaticano, 19-10-2017. A tradução é de Luisa Rabolini.
A importância de sua formação acadêmica deve focar "uma forte dimensão humana, filosófica e espiritual". Então o encorajamento: "... para tornarem-se promotores e defensores de um crescimento na igualdade, artesãos de uma administração justa e adequada da nossa casa comum, que é o mundo".
E ainda outra exortação: "... vocês têm a capacidade de decidir sobre o vosso futuro!" "E, embora este mundo - acrescentou o Papa - espere que vocês almejem o sucesso": "permitam-se os meios e o tempo para percorrer os caminhos da fraternidade, para construir pontes entre os homens, em vez de muros, para acrescentar a vossa pedra para a construção de uma sociedade mais justa e humana".
Para os estudantes cristãos, a recomendação específica de "permanecer sempre unidos ao Senhor em oração" e "confiar tudo a Deus": "e assim não sucumbir à tentação do desânimo ou do desespero".
E para os não cristãos outro conselho, inspirado nos pensamentos de Pascal: "nunca esqueçam, ao olhar para os outros e para vós mesmos, que 'o homem ultrapassa infinitamente o homem'”.
A todos o augúrio de "cultivar a cultura de encontro e do compartilhamento dentro da única família humana".
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Papa aos estudantes de economia: não obedeçam cegamente ao mercado - Instituto Humanitas Unisinos - IHU