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Alertas de desmatamento por agrotóxicos no Mato Grosso crescem 800% em 2025

Foto: Polícia Civil and Sema-MT

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22 Outubro 2025

Segundo dados inéditos obtidos pela Repórter Brasil, foram detectados 621 possíveis casos de degradação por agrotóxicos de janeiro até 10 de outubro, um aumento de 800% em relação a 2024, quando ocorreram 69 alertas; cerca de 149 mil hectares podem ter sido desmatados com a aplicação de agentes químicos desde 2021.

A reportagem é de Hélen Freitas, publicada por Repórter Brasil, 17-10-2025.

Os alertas de uso de agrotóxicos para eliminar vegetação nativa dispararam em 2025 no Mato Grosso, segundo dados inéditos de uma ferramenta de monitoramento via satélite do governo do estado, obtidos pela Repórter Brasil. De janeiro até 10 de outubro, foram detectados 621 possíveis casos de degradação por agrotóxicos, um aumento de 800% em relação a todo o ano de 2024, quando ocorreram 69 alertas.

O levantamento indica, ainda, que cerca de 149 mil hectares podem ter sido desmatados com a aplicação de agentes químicos desde 2021, o equivalente à área do município de São Paulo (SP). A devastação atinge os biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal.

Embora a tecnologia tenha mostrado alta precisão, a Sema/MT (Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Mato Grosso) ressalta que os alertas são preliminares e só geram autuação após vistoria em campo. Mas um levantamento com 69 imóveis rurais que apresentaram alertas em 2024 constatou que 84% dos proprietários haviam de fato adquirido agrotóxicos. “Esses resultados evidenciam elevada correspondência entre os alertas gerados pelo monitoramento e a efetiva utilização desses insumos nos imóveis”, afirma a nota técnica da pasta obtida em primeira mão pela Repórter Brasil.

Maioria dos alertas de desmatamento por agentes químicos ocorreu no norte do estado, região marcada pela forte expansão agrícola (Foto: Reprodução | Sema/MT)

A ferramenta do governo mato-grossense utiliza monitoramento via satélite para identificar a ação de produtos químicos desfolhantes usados para matar a vegetação sem que haja corte ou queimada.

Segundo a Sema, a degradação é detectada quando se constata uma mudança gradual na coloração da mata, do verde saudável para tons marrom-avermelhados ou púrpuras, acompanhada de queda de folhas. Outro indício é a observação de padrões regulares nos perímetros das áreas afetadas, que sugerem não haver vestígios de fogo.

De acordo com os dados da ferramenta, a Amazônia concentra 94% dos alertas registrados em 2025, com 582 ocorrências e 6,6 mil hectares afetados. O Cerrado teve 34 registros (544 hectares) e o Pantanal, apenas um (2 hectares).

Maelison Neves, pesquisador do Neast/UFMT (Núcleo de Estudos Ambientais e Saúde do Trabalhador da Universidade Federal de Mato Grosso), explica que, historicamente, o desmatamento no estado ocorre com o uso de motosserras e da técnica do correntão — método que arrasta uma grande corrente entre dois tratores para derrubar várias árvores ao mesmo tempo. Segundo ele, os casos relacionados ao uso de agrotóxicos para expansão da fronteira agrícola têm se tornado cada vez mais comuns.

“Faz parte da estratégia de alguns produtores rurais para contornar a fiscalização, deixando o desmatamento menos visível”, afirma o pesquisador. Além de deixar poucos rastros, os químicos podem ser utilizados para a preservação da madeira de árvores mais valiosas, que podem ser vendidas no comércio ilegal.

O uso de agrotóxicos para suprimir vegetação é considerado crime ambiental e pode configurar desmatamento ilegal, sujeito a multas e outras sanções penais e administrativas, de acordo com a Lei de Crimes Ambientais e o Código Florestal. Além da perda de cobertura vegetal, os produtos químicos provocam contaminação do solo, da água e da fauna, atingindo inclusive comunidades rurais próximas

Uma fonte do governo do Mato Grosso ouvida pela Repórter Brasil, que não quis se identificar, aponta que o desmatamento químico está fortemente ligado à abertura e limpeza de pastagens para gado bovino. Em 2024, o pecuarista Claudecy Oliveira Lemes foi alvo de operação da Polícia Civil por devastar 81,2 mil hectares em Barão de Melgaço (MT), na região do Pantanal, com pulverização aérea de 25 tipos de agrotóxicos — o maior caso de dano ambiental já registrado no estado.

Além disso, os agrotóxicos também são utilizados para expansão de lavouras e controle químico de regeneração em áreas já desmatadas.

A Sema afirma que, combinado com vistorias em campo, o alerta sobre supressão química de vegetação, recém-incorporado à ferramenta de monitoramento ambiental do Mato Grosso, permite uma “detecção mais precisa e eficaz dos danos, subsidiando a responsabilização e as ações de proteção dos biomas do estado”.

Para aumentar a precisão, os dados de satélite são cruzados com informações do CAR (Cadastro Ambiental Rural), licenças e autorizações ambientais, planos de voo agrícola, receituários agronômicos e dados de compra de agrotóxicos.

O Mato Grosso segue entre os estados que mais desmatam a Amazônia. Em 2024, foram 125,7 mil hectares de floresta amazônica destruídos, ficando atrás apenas do Pará (239,5 mil hectares), segundo dados do Prodes (Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia), coordenado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Sistema inédito

O sistema é o primeiro no país a incluir uma camada de monitoramento específica para detectar desmatamento químico. Até então, era possível identificar casos apenas por meio de multas aplicadas pelo Ibama ou por pedidos via Lei de Acesso à Informação. Nos últimos dois meses, a reportagem solicitou dados semelhantes aos demais estados da Amazônia Legal. A maioria negou a existência de desmatamento por agrotóxicos ou não respondeu.

Levantamento anterior feito pela Repórter Brasil e pela Agência Pública, em 2021, já havia identificado 30 mil hectares de vegetação nativa devastados por pulverização aérea entre 2010 e 2020, crime ambiental que resultou em mais de R$ 72 milhões em multas aplicadas pelo Ibama. A diferença é que, hoje, drones substituem as aeronaves agrícolas, tornando a prática mais difícil de flagrar. A reportagem apurou que 12 proprietários rurais já foram notificados pelo uso de drones para desmatamento.

“Aeronaves agrícolas deixam faixas visíveis de pulverização e árvores mortas, o que facilita a identificação por satélite. Já os drones atuam em áreas menores e pontuais, tornando mais difícil a identificação remota. Nesses casos, a comprovação costuma depender de inspeções em campo”, explica a fonte do governo.

Ela também alerta que a combinação entre o avanço da tecnologia no campo e a liberação recorde de novos agrotóxicos pode agravar o problema. “Com o fácil acesso a drones e à grande variedade de agrotóxicos disponíveis, qualquer pessoa pode empregar esse método para eliminar a vegetação nativa de forma silenciosa e difícil de rastrear”.

Maelison Neves, da UFMT, destaca que os agrotóxicos têm sido usados de forma ilegal e estratégica em disputas no campo. “Nas regiões de conflito agrário e socioambiental, o agrotóxico não é apenas um instrumento de produção, mas também de expulsão da natureza e do povo do campo para dar lugar à monocultura”, acrescenta.

No início de outubro, o MPF (Ministério Público Federal) recomendou à União, ao governo de Mato Grosso e a municípios do estado que adotem medidas para evitar a contaminação por agrotóxicos no Território Indígena do Xingu. Lideranças de diversas etnias denunciaram ao MPF a contaminação da água, dos alimentos e do ar, provocada pelo uso indiscriminado de agrotóxicos em áreas vizinhas.

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