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A desventura. Artigo de Flávio Lazzarin

Foto: Efe Yağız Soysal/Unsplash

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05 Setembro 2025

"A Cruz: Sua vitória que também pode ser nossa. Sua e nossa ressurreição, insistindo no desejo indomável de denunciar a violência e, desarmados, defender-se da arrogância mortífera dos inimigos da vida", escreve Flávio Lazzarin, padre italiano fidei donum que atua na Diocese de Coroatá, no Maranhão, e agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Eis o artigo.

Nestes dias, encontrei novamente um texto de Simone Weil [1], a carta escrita ao padre Jean Couturier OP, alguns meses antes de morrer. Uma sequência de perguntas que acredito que ainda hoje complica a vida de muitos teólogos sérios, mas foram as considerações de Simone sobre a desventura que me convidaram imediatamente à meditação e ao diálogo.

"A misericórdia de Deus se manifesta na desventura como na alegria, da mesma forma e talvez até mais, porque a esse respeito não tem nada análogo entre os homens. A misericórdia humana aparece apenas em dar alegria ou em infligir dor com a intenção de obter efeitos externos, como curar o corpo ou educação. Mas não são os efeitos externos da desventura que testemunham a misericórdia divina. Os efeitos externos da desventura real são quase sempre ruins, e quando se quer escondê-los, mente-se. Mas é precisamente na desgraça que resplandece a misericórdia de Deus; nas profundezas, no centro de sua amargura inconsolável. Se, perseverando no amor, a pessoa cai a ponto de a alma não poder mais conter o grito: "Meu Deus, por que me abandonaste?", se permanece nesse ponto sem deixar de amar, acaba tocando algo que não é mais desventura, que não é alegria, mas é a essência central, essencial, pura, insensível, comum à alegria e ao sofrimento, isto é, o próprio amor de Deus"... ..."Há apenas uma ocasião em que realmente perco essa certeza: quando encontro a desventura dos outros, mesmo daqueles que são indiferentes a mim, daqueles que me são desconhecidos (e talvez até mais), incluindo a desventura dos séculos passados, mesmo dos mais distantes. Esse contato me causa uma dor tão atroz, perfura minha alma tão longe de um lado para o outro, que por um tempo se torna quase impossível para mim amar a Deus. Não demora muito para que eu diga impossível. A ponto de me preocupar com isso por mim mesmo. Sinto-me um pouco tranquilizada pela memória de Cristo, que chorou quando previu os horrores do saque de Jerusalém" [2].

Parece-me que sou sempre e vigorosamente impelido à convicção de que o silêncio de Deus só me parece significativo quando sou invadido pela grata maravilha de estar vivo e pela beleza, verdade, bondade que a vida nos dá, mas quando estou sendo obrigado a aceitar a desventura, o luto, a fragilidade, as minhas traições, o passado, o limite, a doença, a dor, esse silêncio também pode me fazer duvidar do Amor.

Mas é somente na dureza desse silêncio que podemos calar perguntas que não podem ser respondidas e nos abandonarmos silenciosamente à companhia de Jesus de Nazaré, o "filho do homem" que, imerso na escandalosa ausência de Abba, enfrenta a desventura e bebe o cálice da ira até o fim.

E o único cálice que Jesus nos reserva já não é o cálice da ira, mas o cálice do seu sangue: "Tomai, todos, e bebei... este é cálice do meu sangue... fazei isto em memória de mim." Assim, mesmo a extrema desventura não pode mais ser a evidência da ira de um deus ofendido que julga, condena e castiga com requintes de atrocidade, mas a porta que se abre para a vida amorosamente reconciliada e ressuscitada em Jesus.

Não é possível para mim, no entanto, reduzir minha vida às dimensões estreitas de minha interioridade. Com efeito, é inevitável chegar à conclusão de que a história humana é uma sequência ininterrupta de desventuras, mas não me satisfaz a solução de enfrenta-las com a aceitação estoica da dor.

Nos conformamos a viver prisioneiros em ambientes individualistas e domésticos, clima este que reduz a Cruz de Jesus a um desafio pessoal, sem nenhuma relação com o universo, a história e a sociedade política. Difusa imaturidade existencial, que não consegue esconder nossa irresponsabilidade.

Saber passiva e cinicamente que a história é uma sucessão inevitável de violência imutável e não agir é narcisismo que fecha o coração à dor e ao sofrimento dos pobres, da humanidade, da Criação.

A história humana parece verdadeiramente condenada a repetir-se de tragédia em tragédia e podemos ser tentados a aceitar a desventura sem nos opormos à lei de ferro que governa o mundo com a violência e a guerra.

Esqueceríamos o verdadeiro, o belo e o bom, que muitos irmãos e irmãs insistem em semear, apesar de todas as negações.

É incontestável o fato de que a integração e a acomodação ao ‘mundo como ele é’ seja o objetivo de toda pedagogia acrítica, nas, mais cedo ou mais tarde, devemos nos rebelar contra o projeto alienante, que nos força a trair a nós mesmos, renunciando aos desafios éticos e políticos, apoiados no pensamento estúpido de que a solução estaria na capacidade de saber viver no mundo.

Nesta perspectiva, a aceitação do desventura está profundamente ligada ao Amor crucificado de Jesus, que não pode – e a Igreja nunca poderia ter traído o Mestre - lutar contra o mal, com as armas dos poderosos e seus tronos. Jesus, frágil, impotente e desarmado, diante do Sinédrio e dos Pilatos, dos Templos e dos Impérios de hoje e de todas as épocas da história. Jesus, em silêncio perante o sumo sacerdote, não um silêncio impotente, não um conformar-se submisso, mas silêncio desafiador e contestador de uma autoridade assassina. A Cruz: Sua vitória que também pode ser nossa. Sua e nossa ressurreição, insistindo no desejo indomável de denunciar a violência e, desarmados, defender-se da arrogância mortífera dos inimigos da vida.

Notas

[1] Weil Simone, Attesa di Dio, Rusconi, Milano, 1996.

[2] Op. cit. 6. Ultimi pensieri, 26 maggio 1942, da Casablanca.

Leia mais

  • A condenação de Jesus de Nazaré
  • A condenação de Jesus. Artigo de Frei Betto
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  • Julgamento e condenação de Jesus
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  • A cruz de Jesus, de Abel e de Caim: uma comparação bélica sem teologia. Artigo de Andrea Grillo
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