O mar agitado novamente dificulta a viagem da flotilha de ajuda até Gaza

Foto: Burak Akbulut/Anadolu Ajansi

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03 Setembro 2025

Cinco dos 30 navios foram forçados a retornar pela segunda vez e dois não conseguiram deixar o porto de Barcelona.

A informação é de Carlos de Barrón, publicada por El País, 02-09-2025

O mar agitado mais uma vez atrapalha o objetivo da Flotilha Global Sumud de chegar a Gaza e romper o bloqueio israelense. Cinco dos 30 barcos que zarparam do porto de Barcelona na tarde desta segunda-feira foram forçados a retornar ao ponto de partida, e outros dois não conseguiram deixar o porto devido a problemas mecânicos. Embora o vento tenha diminuído em comparação com domingo, quando também tiveram que retornar várias horas após a partida, cercados por centenas de pessoas, as fortes ondas voltaram a afetar embarcações menores, principalmente veleiros.

A noite a bordo foi difícil para muitos participantes da missão, com enjoo, mal-estar e vômitos sendo a norma. Além disso, o mar agitado causou danos a alguns barcos, incluindo vazamentos de água e problemas elétricos e mecânicos. Portanto, ainda é cedo para saber se todos aqueles que retornaram ao porto poderão retomar a missão em algum momento ou serão forçados a abandoná-la. A possibilidade de realojá-los nas embarcações reparadas também está sendo avaliada.

Cerca de vinte navios continuam a caminho da Tunísia, embora estejam programados para fazer uma escala técnica na costa das Baleares para aguardar a chegada dos navios que ainda estão em Barcelona. Por razões de segurança, a organização decidiu não revelar o porto onde atracarão.

Outros 20 navios da flotilha estão prontos na costa da Tunísia para se juntar à missão de chegar a Gaza com ajuda humanitária e romper o bloqueio israelense. O objetivo é reunir o maior número possível de barcos e pessoas para formar a maior flotilha humanitária desde o início das expedições em 2008. Os organizadores, no entanto, relataram sabotagem de alguns navios da missão em portos italianos e temem que o número de pessoas que viajaram em 2010 no Mavi Marmara, um navio de cruzeiro interceptado por soldados israelenses, com dez tripulantes mortos durante o ataque, não seja superado. No entanto, eles estão confiantes de que o recorde de número de navios com destino a Gaza será quebrado.

O Marinette, veleiro de 12 metros em que o El País navega, também não escapou de problemas. O motor começou a falhar na madrugada de hoje, e a embarcação teve que navegar exclusivamente à vela nesta terça-feira. Um mecânico da organização deve encontrá-los na chegada a um porto das Baleares. Cameron, um tripulante australiano que pediu para não ser identificado, conseguiu religar o motor, embora ele ainda não esteja funcionando perfeitamente. A tripulação continua confiante de que conseguirá chegar à Tunísia, mesmo à vela.

A travessia do Mediterrâneo estava inicialmente planejada para durar entre 15 e 20 dias, mas o mau tempo e os repetidos retornos ao ponto de partida podem impedir que a flotilha chegue a Gaza antes do final do mês. A expedição inclui cerca de 200 participantes de 44 países. Entre eles estão a ativista sueca Greta Thunberg, a ex-prefeita de Barcelona Ada Colau e o ativista brasileiro Thiago Ávila.

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