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A cultura que assusta o poder. Artigo de Walter Veltroni

Vídeo: ollo | Canva Pro | Queima de livros na alemanha nazista (Foto: Domínio Público) | Foto: Anadolu Ajansi | Pertences de Mariam Abu Dagga (Foto: Doaa Albaz | Anadolu Ajansi) (Foto: Daniel Torok | White House | Flickr) Gif: Mathias Lengert | IHU

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28 Agosto 2025

"O novo poder e o novo espírito dos tempos estão trabalhando para nem mesmo precisar restringir a informação e a livre cultura. Querem fazer pior: tirar de nós até mesmo a necessidade de ler, saber e compreender", escreve Walter Veltroni, político, jornalista e escritor italiano, em artigo publicado por Corriere della Sera, 27-08-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Mariam Abu Dagga, repórter vítima do ataque ao hospital de Gaza, ciente do risco associado ao seu trabalho, deixou ao filho uma belíssima carta na qual escreve: "Quero que você mantenha a cabeça erguida, que estude, que seja brilhante e distinto, que se torne um homem de valor, capaz de enfrentar a vida, meu amor." Essa mulher, acostumada a observar o mundo através das lentes de uma câmera, aproxima, assim, dois princípios para transmitir ao filho, tornando-os consequências um do outro: "Estude, para se tornar um homem de valor, capaz de enfrentar a vida".

Essa mulher, juntamente com outros colegas, foi morta pelo bombardeio ordenado por Israel, um Estado que pertence àqueles onde vigora um sistema democrático.

Há episódios de noticiário que muitas vezes assumem um valor simbólico, descrevendo as tendências de um espírito do tempo.

Como se pode continuar a ignorar o fato de que jornalistas, escritores, arte, literatura, teatro, cinema e até mesmo universidades tenham se tornado alvos dessa temporada política global?

Na Flórida, escreveu o Guardian, o estado liderado pelos republicanos decidiu proibir centenas de livros e retirá-los das bibliotecas escolares. Obviamente, são livros que tratam das temáticas da sexualidade — de fato, está em andamento uma nova campanha homofóbica —, mas até mesmo títulos como "O Diário de Anne Frank"...

Há alguns dias, Trump acusou o Smithsonian, uma prestigiosa instituição museológica, de privilegiar temas como escravidão e as diferenças sexuais, e chegou a indicar diversas obras de arte para remoção por estarem em desacordo com o espírito estadunidense estabelecido por decisão do Estado, ou melhor, do governo.

O presidente depois criticou duramente as emissoras de televisão, que, segundo ele, não estão celebrando suficientemente "os melhores oito meses da história", chamando as redes ABC e NBC de "duas das piores e mais tendenciosas da história" e dando a entender que seria bom que suas licenças fossem revogadas. Além disso, jornalistas não alinhados foram expulsos de coletivas de imprensa porque, para quem hoje senta no Salão Oval, a liberdade dos jornais de expressar críticas: "Tem que acabar. Tem que ser ilegal". Da mesma forma, cortam-se financiamentos para aqueles que desobedecem, como aconteceu com a emissora pública de rádio CPB e com universidades de prestígio.

Lembrei-me das palavras proferidas pelo presidente Kennedy no Ahmerst College, poucos dias antes de ser assassinado. Ele falava de seu poeta favorito, Robert Frost, e disse: "Os homens que criam o poder dão uma contribuição indispensável para a grandeza da nação, mas os homens que questionam o poder dão uma contribuição igualmente indispensável, especialmente quando esse questionamento é desinteressado, porque são eles que determinam se somos nós que usamos o poder ou se o poder que nos usa. Quando o poder leva os homens à arrogância, a poesia os lembra de seus limites. Quando o poder restringe os âmbitos de interesse do homem, a poesia o lembra da riqueza e da diversidade de sua existência. O artista, por mais fiel que seja à sua visão pessoal da realidade, torna-se o último paladino da mente e da sensibilidade individuais contra uma sociedade intrusiva e um Estado intrusivo."

Para o novo poder intrusivo, a livre informação e a livre cultura são um problema. O mundo que se quer é um lugar onde existam apenas dois protagonistas: quem comanda e um povo reduzido a consumidor passivo de fake news, se possível orientadas a favor do governo. O poderoso e seus followers, isto é, os seguidores. Nada mais.

Essa não é uma história de hoje: toda ditadura, de todas as orientações, na URSS, como na Alemanha na década de 1930 ou na Itália fascista, censurou, impediu de trabalhar e aprisionou aquele que, na cultura ou na informação, não se resignava a abaixar a cabeça. O fascismo dizia aos italianos que tinham que fazer apenas três coisas: "Acreditar, obedecer e lutar". A democracia nasceu para celebrar o oposto: "Estudar, pensar, participar".

Mas o mundo não está indo na direção de favorecer essas três virtudes, que só podem ser exercidas se for garantida a total e absoluta liberdade.

Também por essa razão, pessoalmente, nunca gostei da cultura do cancelamento, mas preferi a integridade da história, com seus espinhos e farpas. A cultura do cancelamento não é boa, seja de esquerda ou de direita.

Mas hoje o problema corre o risco de ser ainda mais radical. Porque não é apenas a pressão de cima que limita o acesso à cultura e ao conhecimento ou condiciona sua direção, mas a própria estrutura cognitiva da sociedade que transferiu grande parte do uso do tempo de aprendizado para os smartphones em vez de livros ou jornais.

O Washington Post noticiou que a porcentagem de estadunidenses que leem um livro por prazer caiu 40% em vinte anos, e o Guardian, falando da Inglaterra, revelou que o número de pais que leem em voz alta para seus filhos caiu 25%. Iludidos de que somos donos do mundo, estamos nos tornando meros seguidores. O novo poder e o novo espírito dos tempos estão trabalhando para nem mesmo precisar restringir a informação e a livre cultura.

Querem fazer pior: tirar de nós até mesmo a necessidade de ler, saber e compreender. Querem, para usar as belas palavras de Mariam, que não sejamos mais capazes de "enfrentar a vida".

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