• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Aqueles monges que escolheram o caminho do diálogo com o Islã. Artigo de Roberto Repole

Foto: Aleteia

Mais Lidos

  • “Estamos sob ataque de agentes brasileiros quinta-colunas da extrema-direita, fora e dentro do país”, diz o sociólogo

    O Brasil da hora de incertezas e recuos. Entrevista especial com José de Souza Martins

    LER MAIS
  • Rio Grande do Sul e a marginalização Guarani. Artigo de Gabriel Vilardi

    LER MAIS
  • A democracia devorada pelo pantagruélico apetite facínora da extrema-direita. Destaques da Semana no IHU Cast

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    21º domingo do tempo comum – Ano C – Na prática da justiça, o Reino se faz presente entre nós

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

26 Agosto 2025

"Uma pessoa viva é sempre algo totalmente diferente das ideias, até mesmo da ideia que temos da própria pessoa. É interessante que esses monges dialogassem com muçulmanos que trabalhavam com eles no mosteiro e que, portanto, compartilhavam com simplicidade a vida", escreve Dom Roberto Repole, arcebispo de Turim, em artigo publicado por La Stampa, 22-08-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo,

Prefácio do cardeal para o livro de Thomas Georgeon e François Vayne “Thibirine vive. L’eredità dei monaci martiri in Algeria” (Tibhirine vive. O legado dos monges mártires na Argélia, em tradução livre, LEV). Thomas Georgeon, monge trapista, é o postulador da causa de beatificação dos beatos da Argélia; François Vayne, jornalista, é responsável pela comunicação da Ordem do Santo Sepulcro.

O livro de Thomas Georgeon e François Vayne sobre os monges que morreram como mártires em 1996 em Tibhirine, na Argélia, oferece, entre outros temas, dois caminhos de leitura para aqueles que se encontram vivendo e sendo cristãos em um contexto ocidental e especificamente italiano, aparentemente distante do contexto argelino em que esses monges viveram e ofereceram suas vidas. Trata-se do caminho do diálogo e do martírio.

Os monges de Tibhirine habitaram um mundo predominantemente islâmico. Em relação a seus irmãos muçulmanos sua postura foi aquela do diálogo aberto e franco. As páginas deste livro permitem compor uma imagem bastante precisa do que isso significou para esses crentes em Cristo. Para eles, não era um confronto de ideias, mas um encontro com pessoas vivas.

Uma pessoa viva é sempre algo totalmente diferente das ideias, até mesmo da ideia que temos da própria pessoa. É interessante que esses monges dialogassem com muçulmanos que trabalhavam com eles no mosteiro e que, portanto, compartilhavam com simplicidade a vida. Eles tinham um relacionamento contínuo e imediato com seus irmãos muçulmanos, animado pelos relatos das situações da vida, que de forma “natural” aproximam dois seres humanos. E é nesse contexto que o diálogo acontecia. Não apenas isso. Os monges de Tibhirine se aliaram ao lado mais saudável e verdadeiro da outra religião.

Eles nunca aceitaram que o Islã pudesse ser reduzido à ideologia do Islã; e tentaram entender o outro como alguém que deve ser visto não tanto a partir do próprio horizonte, mas sim daquele de onde o Pai o olha. Acima de tudo, dialogaram para aprender algo sobre o cristianismo, cientes de que o diálogo com outros irmãos crentes islâmicos constituía uma oportunidade para se aprofundarem no conhecimento e na experiência da própria fé cristã.

Quando dialogamos, não o fazemos apenas para transmitir algo ao outro, mas sim para apreender, através do olhar e das palavras do outro, algo que é nosso, algum aspecto de nossa identidade. Também num encontro com um irmão muçulmano, a mesma coisa acontece: há a possibilidade de enxergar mais profundamente quem somos e de perceber melhor a riqueza do Evangelho ao qual aderimos na fé.

É quase supérfluo salientar que, num futuro próximo, também na Itália, – como já acontece em outros países europeus – os crentes em Cristo e as comunidades cristãs terão que se confrontar de maneira normal e contínua com irmãos de fé diferente. Muitos deles são e provavelmente serão muçulmanos. Que atitude assumir? As vidas desses monges podem enriquecer nossa prática e nossa reflexão. Pode favorecer uma consciência, uma intenção e uma atenção. A consciência de que não pode haver diálogo autêntico sem real identidade. Pode-se dialogar quando se tem uma identidade porosa, aberta e dialógica; sem uma identidade, é quase impossível que a palavra de outro possa de alguma maneira revelar alguma coisa. No entanto, será um dos desafios do nosso futuro.

O que é tão frequentemente alardeado e proposto em nosso Ocidente, marcado pelo niilismo cultural, é um diálogo na ausência de verdade e de identidade, ou seja, a desmentida em ato de qualquer diálogo autêntico. A intenção deverá ser a de perceber mais profundamente a fé cristã que se professa. Seremos chamados ao diálogo, tornando o encontro com o outro uma oportunidade para explorar melhor e mais profundamente – talvez por meio de uma reflexão crítica – nossa própria fé. Por fim, a atenção será aquela de resistir a um dos preconceitos mais comuns em nosso Ocidente secularizado: ou seja, de que as religiões são, por natureza, violentas. Um diálogo verdadeiro e respeitoso entre crentes, enraizado em identidades autênticas, poderá, inversamente, ser um antídoto para a crescente violência causada pela falta de perspectivas de verdade e de sentido.

Os monges de Tibhirine foram simplesmente cristãos, lembrando a cada simples cristão que a fé e o testemunho de Cristo podem alcançar até esse ponto, até o dom da vida – Roberto Repole

O caminho do martírio também pode ser bastante sugestivo. Os monges de Tibhirine foram simplesmente cristãos, lembrando a cada simples cristão que a fé e o testemunho de Cristo podem alcançar até esse ponto, até o dom da vida. Acima de tudo, eles demonstram por que se pode chegar até esse ponto. Porque existe um sentido do absoluto de Deus que vale mais do que a própria vida, que certamente não compete com a própria vida, mas é seu fundamento e sua alegria, a ponto de – se fosse perdido – a vida deixar de ser a própria vida. E porque é inerente à fé cristã a esperança de que a vida terrena — embora já seja a única vida eterna — encontra seu cumprimento para além da morte. Sem isso, o martírio é um absurdo. Os monges de Tibhirine também demonstram que o ato supremo do martírio, que não deve ser buscado em si mesmo, só é possível se preparado pelo martírio cotidiano, o martírio ao qual toda existência autenticamente e simplesmente cristã está sujeita. Nesse sentido, o testemunho que esses homens oferecem a respeito da fraternidade monástica é realmente esclarecedor. De uma forma um tanto romântica, somos tentados a ver na fraternidade algo mágico, algo decisivo em comparação com o esforço de viver.

Os monges de Tibhirine testemunham uma fraternidade que só existe quando nos colocamos no seguimento do Crucificado, no acolhimento do outro que deve ser visto e percebido não com base nos próprios sentimentos e necessidades psicológicas, mas sim no horizonte do olhar com que é visto e acolhido por Deus. Uma fraternidade, portanto, que obriga a sair constantemente de si mesmos, a se descentralizar, a doar a vida. Uma fraternidade cotidiana que é o sulco dentro do qual a coragem pode crescer, se for solicitada, para morrer literalmente em nome de Cristo.

Tudo isso é algo que desafia as Igrejas e os cristãos do Ocidente. Esses monges foram simplesmente cristãos, mesmo em seu martírio. Em sua escola, torna-se cada vez mais evidente que um cristianismo meramente formal não pode ser cristianismo autêntico. Olhando para o futuro, será preciso reconhecer o quanto antes que esse "cristianismo" está destinado a desaparecer; já está desaparecendo diante de nossos olhos. Teremos que nos equipar para sermos cristãos simples, mas autênticos, conscientes da necessidade de nos engajarmos em uma luta conosco mesmos, de nos expormos ao martírio da vida de todos os dias. Talvez seja também por isso que conhecer o testemunho desses nossos irmãos monges pode ser bom.

Pelo exemplo exposto nas páginas deste texto e a ligação com esses mártires propiciada pela sua leitura, o que sempre foi evidente para a consciência cristã pode tornar-se real novamente, para nós que vivemos num contexto completamente diferente: que o sangue dos mártires é a semente de novos cristãos.

Leia mais

  • O necessário diálogo inter-religioso. Artigo de Leonardo Boff
  • Irmandade humana e diálogo inter-religioso na história. A alma profunda das crenças
  • “A espada na pedra”: a teologia e o diálogo inter-religioso nos nossos dias. Entrevista com Faustino Teixeira
  • Viver como cristãos no mundo muçulmano
  • Os mártires de Tibhirine e o encontro com seus carrascos. Já os tinham perdoado
  • Jean Pierre Schumacher, o único sobrevivente da matança dos monges de Tibherine
  • Mártires da Argélia: “Beatos do diálogo e da simplicidade”, reconhece postulador 

Notícias relacionadas

  • Evangelho segundo Marcos 6,30-34

     Fonte: http://bit.ly/1dWXuFi O seguinte comentário do Evangelho segundo Marcos 6,30-34 é elaborado por Maria Cristina Giani[...]

    LER MAIS
  • Evangelho segundo São Marcos 6, 7-13

    LER MAIS
  • Disciplina, harmonia e equilíbrio: as religiões chinesas e a construção da paz. Entrevista especial com Adriano Jagmin D’Ávila

    LER MAIS
  • Igreja e internet: uma relação de amor e ódio. Entrevista especial com Moisés Sbardelotto

    Embora a Igreja tenha mantido uma relação de amor e ódio com os meios de comunicação e, em especial, com as mídias digitais,[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados