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Não e amém. Entrevista com Maike Schöfe

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21 Agosto 2025

Durante anos, Maike Schöfer, pastora em Berlim, sentiu que precisava se adequar como mulher. Até que descobriu o poder do não e escreveu um livro sobre o tema.

A entrevista é de Mathea Willman, publicada por Publik Forum, 17-08-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Sra. Schöfer, por que é importante dizer não?

Dizemos sim com muita frequência. Especialmente na Igreja, existe uma espécie de dependência da harmonia. A necessidade de que todos gostem uns dos outros e de que tudo esteja bem. Isso rapidamente nos leva a ceder à pressão de dizer sim. Eu gostaria de tirar o não desse canto malvisto; vejo tanto potencial nessa palavra. Para construir relações, não para quebrá-las. É um sinal de parada do qual se pode recomeçar.

Quando descobriu o poder do não?

Foi quando me separei do meu ex-marido. Foi então que entendi pela primeira vez o quão libertador poderia ser. Mesmo não tendo sido uma decisão fácil, foi uma escolha contra a qual lutei por anos. Com os amigos e as amigas, sempre foi fácil para mim dizer: "Mas se separe!" Mas só quando me vi naquela situação é que entendi como era grande o passo. Então entendi o poder que um não tem para a mudança.

O que mudou?

A separação nos deu a oportunidade de redefinir nossa relação. Dissemos não ao nosso casamento. Dissemos sim à criação do nosso filho em comum. Sei que não funciona assim para todos os casais. Mas, para nós, o fim da nossa relação sentimental não significou o fim da nossa família. Agora podemos viver com muito mais liberdade, continuando a ser pais juntos.

A senhora foi uma criança rebelde?

Sim, com certeza. Minha mãe sempre conta que eu era realmente furiosa, impunha minha vontade e dizia não para muitas coisas. Provavelmente criei dificuldades para os meus pais com a minha teimosia.

O que aconteceu com essa teimosia?

Ela me foi tirada. Durante a puberdade, percebi que estava me tornando mulher, mesmo sem ninguém ter me perguntado se eu realmente queria. Então entendi o que eu precisava ser para ser apreciada: bonita, magra, mais ou menos boa na escola. E eu precisava encontrar um parceiro masculino; no meu ambiente, não havia outras formas de relação. Como todas as outras pessoas da minha idade, tentei corresponder a um ideal preestabelecido — e foi assim que perdi meu "não".

Agora dedicou um livro inteiro a essa pequena palavra. Quem quer alcançar?

Eu não queria escrever explicitamente para um público de fiéis, mas também para pessoas que não frequentam a igreja. Como jovem, a igreja não me alcançou; eu não tinha modelos em que me inspirar.

Seu livro visa não apenas encorajar a autoafirmação, mas também a resistência. Contra quem ou o que deveríamos nos rebelar com mais frequência?

Contra aquilo que nos mantém pequenos e quer nos colocar de volta em nosso lugar. Contra as estruturas sociais que desvalorizam as pessoas queer, limitam as pessoas religiosas ou não dão às mulheres e às crianças espaço suficiente para se abrirem. Vejo isso, entre outras situações, no casamento. Como pastora, posso dizer que devemos abolir o casamento. Entendo isso no sentido de Emilia Roig, que em seu livro "Das Ende der Ehe" (O Fim do Casamento) mostra como o casamento tradicional entre homem e mulher nasceu de estruturas patriarcais e mantém essas desigualdades até hoje. Ao mesmo tempo, o casamento institucionalizado até hoje desvalorizou outras formas de relação. Se a bênção é o cerne do casamento religioso, então deveríamos considerar tornar possíveis rituais e bênçãos além do casamento, para outras formas de relação.

Embora seja a favor do fim do casamento, regularmente se vê tendo que casar casais. Como lida com essa tensão?

Em primeiro lugar, acompanho as pessoas em suas decisões de vida e não as julgo. Meu trabalho é estar ali para elas. Antes de um casamento, encontro-me com as pessoas com muita frequência, então há espaço para falar sobre as dificuldades. Também falamos das práticas patriarcais que se infiltraram na concepção tradicional do casamento. O casal deve ter a oportunidade de tomar decisões informadas.

Dizem que a geração mais jovem é muito centrada em si mesma. É possível que se diga não com demasiada frequência?

Acho que não. É urgente comunicar os próprios limites. Também dependem dos limites sociais que são ignorados. Precisamos nos tornar muito mais sensíveis, por exemplo, em relação ao sexismo ou à violência sexual. Especialmente para as mulheres, se criam estruturalmente dificuldades para dizer não. Espera-se que façam com que aqueles ao seu redor se sintam bem. Dizer “não” não é uma forma moderna de individualismo, não é um fenômeno novo. Até Jesus foi uma pessoa que sabia dizer não; ele demonstrou sua atitude e tomou posição quando sentia que algo estava errado.

Como se tornou feminista?

Na adolescência, quanto mais eu conseguia entender o mundo, mais percebia as injustiças. De repente, consegui inserir minha experiência pessoal nesse contexto mais amplo. Tornei-me feminista. Mas, além das amigas e dos amigos desses ambientes, também tinha referências de contextos religiosos. Por muito tempo, me senti num limiar, até que, em certo momento, percebi que feminismo e Igreja não podem ser considerados separadamente. Como cristã, sou comprometida com a justiça, e como feminista também: particularmente com a justiça entre os sexos.

O seu feminismo às vezes não entra em contradição com a Igreja?

Sou cuidadosa ao falar sobre Deus (pai/mãe) em relação às questões de gênero. Uso pronomes diferentes (ele/ela) quando falo a respeito e escrevo seu nome com um asterisco. Para alguns, é simplesmente uma novidade ou leva tempo para se acostumar; outros rejeitam completamente. Faço isso mesmo assim, também para acolher as pessoas que sentem dificuldade com a ideia de Deus como "Pai" ou "Senhor". Dependendo do contexto, traduzo com "sopro" ou "força do Espírito".

A senhora é pastora. Grande parte do seu trabalho consiste em afirmar (aprovar, apreciar, etc.) coisas e pessoas. Como concilia isso com sua atitude de dizer não?

Muitas vezes refleti sobre o fato de que as pessoas na minha comunidade podem se sentir rejeitadas por mim quando digo não com muita firmeza. Mas um sim tem muito mais poder se eu também puder dizer não. Deus colocou um grande sim no início da criação. Disse sim à humanidade, às plantas, aos animais. No entanto, não podemos descrever Deus com apenas uma palavra; não é suficiente. A natureza de Deus se torna muito mais tangível quando colocamos o sim em relação com o não. Deus diz não a atitudes destrutivas em relação à vida e a comportamentos invasivos, agressivos. Como cristãos, nós também deveríamos dizer não quando as coisas são injustas. Acho essa tensão dialética entre sim e não fantástica.

Qual é o maior mal-entendido que a Igreja perpetua sobre as mulheres?

Que as mulheres são boas mães. A maneira como o percurso de vida das mulheres é definido em termos de relações, casamento e maternidade depende fortemente das ideias da Igreja: ser como Maria. Seria bom se essas imagens fossem superadas hoje, mas, de fato, as mulheres casadas que são mães são preferidas. As mulheres são consideradas boas se forem gentis, sorrirem, prepararem um bolo para a festa comunitária e trouxerem junto seus filhos. Como pastoras, elas têm sucesso se trabalharem muito com as crianças ou as famílias e menos se se dedicarem à teologia.

Quais seus votos para a próxima geração de jovens mulheres na Igreja?

Que tenham bons modelos de referência, vivenciem a comunidade e se apoiem mutuamente. Para elas a Igreja deveria ser menos um obstáculo e mais um lugar de diversão e vida onde possam realizar seus sonhos. Um lugar onde poder dizer sim e não.

"Nö: Eine Anstiftung zum Neinsagen", de Maike Schöfer (Editora Piper Paperback, 2025).

Leia mais

  • A importância de dizer ‘não’ para desligar o piloto automático e dar espaço à vida
  • A coragem de dizer não
  • O feminismo não defende mais as mulheres porque nega as especificidades dos gêneros. Artigo de Lucetta Scaraffia
  • A mulher existe? Artigo de Lucetta Scaraffia
  • Aquela sentença que causou um terremoto no feminismo. Artigo de Lucetta Scaraffia
  • “A igualdade de gênero gera sociedades menos violentas, mais felizes”. Entrevista com Jeff Hearn
  • “O potencial emancipador dos feminismos está no reconhecimento de todas as formas de opressão”. Entrevista com Montserrat Sagot
  • Não é o sexo que faz a mulher. Artigo de Michela Marzano
  • A última batalha feminista
  • Gênero e feminismo. O esforço de afirmar as diferenças em um mundo desigual. Artigo de Simona Segoloni Ruta
  • Sexo e gênero: para além da alternativa. Artigo de Giannino Piana
  • A descolonização do gênero. Uma perspectiva antropológica
  • Todas as possibilidades de gênero. Novas identidades, contradições e desafios. Revista IHU On-Line, Nº 463

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