09 Agosto 2025
A reportagem é de José Lorenzo, publicado por Religión Digital, 06-08-2025.
Em comunhão, sim. Mas separados também. Assim, como é costume nesta organização eclesial fundada em 1964, no dia seguinte à participação na Missa de encerramento do Jubileu da Juventude, o fundador do Caminho Neocatecumenal, Kiko Argüello, presidiu (e animou) o Jubileu do Caminho, na mesma esplanada de Tor Vergata, nos arredores de Roma, onde na véspera, domingo, 3 de agosto, Leão XIV presidiu a Eucaristia diante de um milhão de jovens de 146 países.
Embora os números obviamente não fossem os mesmos, a participação neste evento permitiu ao fundador desta controversa realidade eclesiástica "exibir" mais uma vez a força que os números lhe conferem. Nesta ocasião, 120 mil pessoas, o que continua a demonstrar a sua importância.
Vindo de 109 países (o que também dá uma ideia de sua realização), entre eles Iraque, Índia, Coreia do Sul, Camboja, Vietnã, Itália, França e, claro, Espanha, com 17 mil meninos e meninas, a celebração litúrgica foi presidida pelo vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Baldassare Reina, com quem concelebraram outros cinco cardeais e cerca de 30 bispos, segundo o portal Katholisch.
O evento, que incluiu momentos de oração e cânticos, muito no espírito de Kiko Argüello, de 86 anos, culminou com a bênção dos pastores a 5 mil jovens que, como observou Argüello, "se sentem chamados a um compromisso especial com a Igreja e a proclamação do Evangelho, e devem ser fortalecidos nesse sentido por meio da imposição de mãos".
Fundado na Espanha em 1964 e oficialmente estabelecido como uma comunidade em Roma quatro anos depois, o Caminho Neocatecumenal se espalhou pelo mundo, embora tenha esperado até 2008 para que o Vaticano aprovasse seus estatutos e formas específicas de culto.
O Papa Francisco — como Katholisch aponta — inicialmente criticou bastante a organização, mas em 2018, também em Tor Vergata, perto de Roma, celebrou seu 50º aniversário com cerca de 150 mil participantes. "Na época, ele descreveu o carisma do movimento como 'um grande presente de Deus para a Igreja do nosso tempo'".