• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Francisco, o Papa “romântico”. Artigo de Antonio Spadaro

Mais Lidos

  • Jesus nos faz partícipes de sua experiência de filiação com Deus. Comentário de Ana Casarotti

    LER MAIS
  • Os seminários dos EUA estão vivendo uma 'era de ouro' (apesar do Papa Francisco, dizem os críticos). Artigo de José Lorenzo

    LER MAIS
  • “Acredito que é impossível estudar os seres humanos como se vivessem separadamente dos não humanos, e vice-versa”. Entrevista com Anna Tsing

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    Maria Madalena e o nome de quem Ele conhece

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

23 Julho 2025

"Ele foi um líder espiritual porque não propôs fórmulas, mas caminhos. Não vendeu soluções, mas ouviu perguntas e fomentou a investigação. Uniu, em sua mensagem, o que muitas vezes está separado: fé e fragilidade, verdade e dúvida, doutrina e misericórdia. E assim mostrou que o coração humano é um só, seja crente ou não", escreve Antonio Spadaro, em artigo publicado por Settimana News, 22-07-2025. 

Eis o artigo.

Meu artigo, publicado no Avvenire em 16 de julho, sobre Bergoglio, um papa romântico, recebeu alguns comentários perspicazes e generosos. Gostaria de responder àqueles que me escreveram — teólogos, acadêmicos, professores, jornalistas — não tanto para esclarecer, mas para continuar o diálogo.

E talvez, ainda mais, para testemunhar o fato de que falar hoje de "romantismo" em relação ao pontificado do Papa Francisco não é um exercício de estilo, mas uma maneira necessária de abordar a crise antropológica e cultural do nosso tempo.

Aqueles que responderam ao meu texto sempre captaram a essência: usar a palavra "romântico" não se refere a um sentimentalismo nostálgico ou vago, mas a uma visão antropológica precisa. O romantismo do Papa Francisco consiste em uma abertura radical à totalidade da humanidade, incluindo sombras, dúvidas, feridas, paixões e a busca de sentido.

Nesse sentido, como foi corretamente observado, Francisco segue a "antropologia polar" que Romano Guardini identificou como a estrutura profunda da experiência cristã. Não a negação do conflito, mas a aceitação das tensões. Não a solução dialética que dissolve as diferenças, mas a paciente manutenção dos opostos: inquietação e paz, razão e coração, verdade e turbulência, fé e dúvida.

Este é um ponto crucial. A teologia romântica de Francisco — e podemos defini-la com segurança como tal — não é uma forma de fraqueza doutrinária ou uma rendição ao relativismo, mas sim um poderoso lembrete da verdade do coração humano. Uma verdade que não é alcançada por meio de deduções lógicas, mas descoberta no fogo da experiência vivida.

É por isso que Francisco não tem medo de palavras como inquietação, incompletude e imaginação — Antonio Spadaro

É por isso que Francisco não tem medo de palavras como inquietação, incompletude e imaginação. São os seus "três is", como os definiu num memorável discurso em 2015. Não são limites a serem superados, mas condições essenciais para viver como seres humanos, como crentes, como homens e mulheres em busca.

Uma das reflexões que recebi centra-se, com razão, no tema do desejo. A cultura contemporânea, observa-se, é marcada por um paradoxo: por um lado, o desejo parece ter-se tornado uma forma de narcisismo, como em certas abordagens ao consumo compulsivo (Bauman, Campbell); por outro, é precisamente no desejo que se abre um vislumbre de transcendência. Em que direção o desejo se orienta? Para a autorrealização ou para a realização? Para a satisfação imediata ou para o Destino, como foi profundamente escrito?

O Papa Francisco teve a coragem de colocar o desejo no centro da vida espiritual. Ele não o moralizou nem o demonizou. Ele o levou a sério. Para ele, o coração humano é, como nos Padres da Igreja, capax Dei e, portanto, também capax desiderii.

A inquietação é sinal de tensão em relação ao outro. A incompletude não é um defeito, mas sim o sinal de uma abertura. E a imaginação é a única ferramenta que a humanidade possui para tornar habitável um mundo no qual o significado parece escapar.

O homem contemporâneo — homo psychologicus, para usar a expressão de Elena Pulcini — vive frequentemente na frustração de um desejo que não encontra objeto adequado. E assim, refugia-se no consumo, na performance e na aparência. Mas Francisco sugere outro caminho: acolher o desejo como uma ferida, como um anseio por outro Lugar.

Como disse Simone Weil, "ansiamos por um bem que desconhecemos". E aqui o Papa se mostra verdadeiramente um mestre espiritual: ele não nos pede para extinguir o desejo, mas para ouvi-lo profundamente, para direcioná-lo para a verdade, para a Vida. Mesmo ao custo de nos perdermos, de duvidarmos, de vacilarmos.

Em alguns comentários, surge uma pergunta: pode um Papa ser inquieto? Não deveria ser o "pastor angelicus", o guardião da verdade, o homem da certeza absoluta? Mas é precisamente aqui que compreendemos a inovação radical da abordagem de Francisco.

Em sua visão, inquietação não é fraqueza, mas abertura à realidade. A fé não é o encerramento da investigação, mas sua realização no âmago de um relacionamento. E a verdade não é uma posse a ser defendida, mas um caminho a ser percorrido em conjunto. Francisco é o Papa da escuta, do discernimento e da sinodalidade. Todos conceitos que pressupõem conflito, tensão e turbulência.

Na modernidade, acreditava-se frequentemente que o pensamento racional, coerente e lógico poderia resolver todos os conflitos. A utopia iluminista deu origem à distopia totalitária precisamente porque excluía a ansiedade, a ambiguidade e o inesperado. Francisco, no entanto, aceita o paradoxo como uma forma de verdade. E a verdade, escreve ele, "não pode ser encontrada sem a turbulência do coração".

Outra voz enfatizou a conexão entre o romantismo de Francisco e seu amor pela literatura. É verdade, como demonstra o último livro de Francisco, Viva a Poesia! Em um mundo que perdeu a capacidade de imaginar, o Papa restaurou a dignidade da palavra poética. Ele leu Dostoiévski, Borges, Manzoni e Hölderlin. Não por erudição, mas porque a literatura preserva a experiência viva do coração humano. As histórias recontam o que a filosofia frequentemente esquece: dor, espera, encontros, fracasso, graça.

E na literatura, emerge o tema do destino, distinto da fortuna. A fortuna é cega, individual e narcisista. Destino é relacionamento, abertura e vocação. Francisco fala frequentemente de vocação, de um chamado à realização, à alegria e à comunhão. Numa época que perdeu o sentido do futuro — e, portanto, também da esperança —, a redescoberta do destino como horizonte de significado é talvez o maior presente do seu pontificado.

Por fim, uma reflexão merece atenção especial: Francisco falou tanto a crentes quanto a não crentes precisamente porque falou ao coração humano. Ele foi percebido como uma ameaça tanto por certos círculos eclesiais quanto por alguns círculos seculares radicalizados, precisamente por não se encaixar em nenhuma estrutura ideológica.

Ele foi um líder espiritual porque não propôs fórmulas, mas caminhos. Não vendeu soluções, mas ouviu perguntas e fomentou a investigação. Uniu, em sua mensagem, o que muitas vezes está separado: fé e fragilidade, verdade e dúvida, doutrina e misericórdia. E assim mostrou que o coração humano é um só, seja crente ou não.

O romantismo de Francisco, portanto, não é uma estética da indeterminação, mas uma visão profunda da fé como uma experiência corporificada, uma fé que nasce da escuta do coração, que penetra a escuridão, que abraça a ferida.

Leia mais

  • Bergoglio, um romântico no hoje que não sonha. Artigo de Antonio Spadaro
  • A lição do Papa Francisco sobre Gaza: um exemplo de liderança moral em tempos amorais
  • Últimas horas do Papa Francisco: mensagem de Páscoa, saudação à multidão, derrame matinal
  • Igreja de São Francisco? Avaliando um papado e seu legado. Artigo de Massimo Faggioli
  • Breves considerações sobre o Papa Francisco, por Tales Ab’Saber
  • O Papa Revolucionário. Artigo de Francesco Sisci
  • O Papa ouve Abu Mazen: "A ajuda humanitária para Gaza é urgentemente necessária"
  • "É hora de acabar com este massacre": Leão XIV liga para Pizzaballa após entrar em Gaza com ajuda humanitária
  • Bispo Shomali, sobre o ataque à igreja em Gaza: "Israel quer que os cristãos também fujam"
  • Condenação internacional do ataque de Israel a uma igreja católica em Gaza
  • Pizzaballa em Gaza após o ataque à sua paróquia. O Patriarca Ortodoxo Grego também estava com ele
  • Padre Romanelli, a voz dos cristãos de Gaza

Notícias relacionadas

  • Evolução e fé cristã: semânticas em diálogo

    Quais as implicações da evolução científica para as semânticas da fé cristã? É possível conciliar ciência e fé, a part[...]

    LER MAIS
  • Bergoglio renuncia como arcebispo de Buenos Aires

    Neste sábado, o cardeal de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio (foto), ultrapassa a idade canônica de 75 anos, disposta pela Igr[...]

    LER MAIS
  • Vaticano criará comissão para acompanhar a construção das novas igrejas

    Uma equipe para dizer "alto lá!" às igrejas-garagens, a essas arquiteturas atrevidas que correm o risco de desnaturalizar muitos[...]

    LER MAIS
  • Por que não se reconciliam? A pesquisa de uma revista jesuíta

    Uma aprofundada investigação da revista dos jesuítas italianos Popoli reconstrói a aversão dos católicos tradicionalistas ao[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados