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A radicalidade de suprimir as pirâmides. Artigo de Raúl Zibechi

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17 Julho 2025

“Uma das maiores conquistas do zapatismo reside no fato de estar trabalhando, aqui e agora, para construir mundos novos sem criar mais pirâmides. Uma coisa é pensar, dizer e proclamar. Outra coisa muito diferente é agir, com coerência e ética, para não repetir a ‘troca de capatazes’”. A reflexão é de Raúl Zibechi, em artigo publicado por Desinformémonos, 14-07-2025. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

O refrão cantado na Espanha republicana e revolucionária durante a Guerra Civil ainda ressoa na cultura popular: “Que volte a tortilha, que os pobres comam pão e os ricos merda, merda”. Imagens semelhantes aparecem em muitas outras expressões da cultura popular rebelde, como em “El sueño del pongo”, de José María Arguedas.

A assertiva de inverter a pirâmide tornou-se senso comum, tanto para aqueles que desejam chegar ao poder para receber os benefícios de viver no topo, quanto para vastos setores da população que não se importariam de ver as coisas invertidas. Mesmo no pensamento crítico progressista e de esquerda, essa forma de pensar tornou-se senso comum, o que é muito mais grave porque denota uma falta de vontade de realmente transformar o mundo, não apenas de ajustar algumas coisas.

O recente comunicado do EZLN, “De gatos e pirâmides”, demonstra a profundidade das reflexões, dos processos de transformação e da vontade de construir um mundo completamente novo que o zapatismo personifica. O raciocínio é impecável e profundamente radical, no sentido de ir ao cerne, à raiz dos problemas que enfrentamos.

“A pirâmide invertida é a base das propostas das vanguardas, das transformações, das evoluções e das revoluções”, diz a parte central. Inverter a pirâmide, continua o comunicado, “soa bem”. Mas, como a base da pirâmide é povoada por muitas pessoas, elas não podem tomar decisões, “então surge a representação, e é aí que entra a vanguarda, o partido político”.

Termina apontando que a pirâmide, dessa forma, não está invertida, mas reproduz outra nomenclatura: “as burocracias transformadas em partidos políticos”. Em suma, é apenas “uma substituição de capatazes”.

Penso que as organizações de base e os militantes devem refletir sobre essa análise, por vários motivos.

O primeiro é que o zapatismo, de fato, faz um balanço de um século de revoluções que, ao longo do tempo, transformaram suas organizações coletivas em novas pirâmides. Portanto, essa “troca de capatazes” ocorre com frequência, provocando novas e dolorosas opressões, mas agora em nome da revolução, dos novos líderes e de um Estado-nação mal disfarçado.

Basta rever a história de cada uma das revoluções “vitoriosas” para confirmar essa tese. Alguns analistas, como Immanuel Wallerstein, chegaram à mesma conclusão. Mas nunca antes um movimento que está transformando o mundo foi capaz de olhar as coisas dessa maneira. Uma análise teórica, por mais precisa que seja, não é o mesmo que um movimento de milhares questionando as formas piramidais de organização.

O segundo motivo é que ele se distancia das vanguardas. Mas não se trata apenas de uma distância política; é, sobretudo ética, porque não quer reproduzir a mesma lógica de comandar o povo, de impor caminhos sem consulta, de tomar decisões em nome daqueles que não são levados em conta, mas que pagam com sangue a irresponsabilidade de quem está no poder. Aqui também encontramos um equilíbrio do que vem sendo feito há décadas pela vanguarda latino-americana.

Em terceiro lugar, as pirâmides são funcionais ao capitalismo. Como assinalou Cornelius Castoriadis, o sistema pode ser resumido como um conjunto de pirâmides, a ponto de considerar as hierarquias como obstáculos ao desenvolvimento da autonomia individual e coletiva. O sistema capitalista pode negociar e fazer acordos com pirâmides, mesmo que se afirmem revolucionárias, porque do topo das pirâmides o mundo é visto da mesma forma. Aqueles que estão no topo se sentem confortáveis com outros que estão no topo.

Por fim, e fundamentalmente, uma das maiores conquistas do zapatismo reside no fato de estar trabalhando, aqui e agora, para construir mundos novos sem criar mais pirâmides. Uma coisa é pensar, dizer e proclamar. Outra coisa muito diferente é agir, com coerência e ética, para não repetir a “troca de capatazes”.

A mudança radical alcançada com o fim dos municípios autônomos e dos conselhos de bom governo, explicada claramente em comunicados e nos Encontros de Resistências e Rebeldias de dezembro de 2024 e janeiro de 2025, ao destacar como estruturas que foram criadas para funcionar de forma não vertical acabam funcionando como pirâmides. Alguém poderia objetar que o Exército Zapatista funciona de maneira vertical. É verdade, como qualquer exército. Mas ele não impõe seus métodos aos governos locais e só intervém se for solicitado.

A capacidade de mudar o mundo seria muito reduzida se não incluísse a transformação das próprias pessoas e coletivos que participam do esforço. Embora tenham mencionado frequentemente o “novo homem”, as vanguardas agiram como se se tratasse apenas de mudar o exterior, deixando elas e seus membros alheios ao esforço.

O zapatismo é o contrário. Seu fantástico trabalho para se transformarem como pessoas e como força organizada continua a servir de bússola para outras pessoas e forças anticapitalistas. Sua enorme capacidade de ouvir contrasta com as organizações dispostas a “estabelecer a linha” em todos os momentos e em todos os lugares.

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