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16 Julho 2025

A simpatia feminina pela extrema-direita tem aumentado nos últimos anos. Em seu livro Les Vigilantes (As vigilantes), Léane Alestra analisa essa dinâmica, situando-a em uma reflexão mais ampla sobre a relação entre gênero e raça nas sociedades contemporâneas.

A entrevista é de Antoine Dubiau, publicada por Solidarités, 27-06-2025. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Qual é a perspectiva sobre a qual se baseia o seu livro? Qual é a contribuição específica que pretende dar em relação a trabalhos já existentes sobre o militantismo feminino de extrema-direita (Magali Della Sudda) ou sobre o femonacionalismo (Sara R. Farris)?

O objetivo do livro é, primeiramente, explicar como nossa sociedade pode criar mulheres de extrema-direita e por que a extrema-direita precisa criar um certo tipo de mulher. Embora eu tenha trabalhado nisso durante a minha dissertação de mestrado, não é um livro sobre grupos de extrema-direita – não sou especialista neste tema; outras pessoas têm um conhecimento muito mais profundo desses grupos. Eu não queria refletir apenas sobre a extrema-direita; queria explicar como ela é a ponta do iceberg, de algo muito mais profundo.

Outro objetivo era mostrar a “complexidade” das mulheres e questionar os trabalhos que se produzem sobre elas hoje. Como o conhecimento sobre as mulheres tem sido produzido por homens há muito tempo, novas pesquisas frequentemente buscam restabelecer a verdade sobre as mulheres e dar-lhes uma imagem positiva, especialmente para aniquilar os estereótipos misóginos que as atingem. Geralmente, falta espaço para a complexidade de dizer que existem mulheres de extrema-direita.

O último elemento que considerei importante é esclarecer a noção de femonacionalismo em relação aos seus usos militantes. Este conceito é muito estruturante na esfera política; não é de forma alguma redutível à extrema-direita. Ao formulá-lo, Sara R. Farris tem como alvo o feminismo de Estado: ela critica a institucionalização do feminismo, que passa por um filtro nacionalista.

Se a extrema-direita é hostil aos direitos das mulheres, como se explica o crescimento da simpatia feminina por ela, mesmo que vários fundamentos feministas pareçam amplamente compartilhados hoje?

Ao focar apenas na violência sexista e sexual, sem lembrar que ela decorre da dominação heteropatriarcal firmemente enraizada em relações materiais, ela é tratada principalmente como uma emergência punitiva. Ao separar a violência de suas causas sociais, reforçamos o reflexo de segurança predominante: em vez de transformar as estruturas que a tornam possível, exigimos ainda mais policiamento e punição.

Além disso, o ambiente racista (que é a principal faceta do clima de segurança) leva algumas mulheres brancas de classe média a acreditarem que as questões raciais podem ter precedência sobre as questões de gênero. Isso se baseia, especialmente, na ideia de que o grande vilão é o homem racializado, que tomou conta das ruas. Há também a crença de que muitos lugares, incluindo os públicos, são proibidos para mulheres nas grandes cidades, especialmente em Paris.

A questão também deve ser vista pela lente da busca de respeitabilidade por parte da extrema-direita: políticas como Marine Le Pen, Alice Weidel e Giorgia Meloni representam uma forma de maternalismo nacionalista, que pode tornar a extrema-direita mais palatável para algumas eleitoras. Dentro da extrema-direita, as mulheres aparecem como guardiãs da respeitabilidade e da normatividade.

Quando a extrema-direita diz defender as mulheres, a quem se dirige e quais são exatamente as suas propostas políticas?

Ela não promete proteção às mulheres contra os homens. Quando homens brancos são acusados de violência sexual, a extrema-direita não faz nada para defender as vítimas. O que ela promete às mulheres é que elas estarão acima dos homens não brancos: se um deles as tocar, será punido. Em troca, elas permanecem propriedade dos homens brancos. É um pacto racial!

Nenhuma melhoria material em suas condições de vida é, portanto, prometida às mulheres. Isso faz parte do pessimismo predominante: como seria impossível mudar o sistema, a extrema-direita não promete mais nada às mulheres, mas lhes oferece a oportunidade de exercer sua violência contra corpos racializados e queer. Essa é uma válvula de escape da violência que lhes é concedida.

O que é este “contrato de vigilância” ao qual as mulheres estão vinculadas? Como ele reflete sua posição ambivalente na política, especialmente dentro da direita e da extrema-direita?

O contrato de vigilância não diz respeito apenas às mulheres da direita e da extrema direita, mas a todas as mulheres. Este é um conceito que proponho para ir além da noção de contrato sexual, que foi proposta pela primeira vez na década de 1970, porque os direitos das mulheres de fato avançaram: não podemos mais dizer que elas estão excluídas da cidadania, pelo menos não todas as mulheres, mas apenas aquelas que não preenchem os requisitos de branquitude, heterossexualidade e respeitabilidade.

Assim como o título do livro, o conceito é uma referência ao vigilantismo, uma doutrina reacionária que, no entanto, é entendida de forma completamente despolitizada em nossa sociedade – ser vigilante é, de fato, percebido como algo positivo. O contrato de vigilância baseia-se em uma dupla vigilância: exige-se que as mulheres sejam vigilantes consigo mesmas, mas também com outras mulheres. Essa vigilância envolve tanto ser magras quanto atender a certos requisitos de aparência e se conformar a certos comportamentos esperados das mulheres. Em suma, conformar-se à norma heteropatriarcal da respeitabilidade feminina.

O que é a 'dark agency' [agência obscura], esse conceito que você propõe para analisar a maneira como algumas mulheres conquistam um lugar para si na ordem patriarcal, atropelando outras minorias?

Essa proposta decorre de discussões com o filósofo Tanguy Grannis e a socióloga Hanane Karimi, especialistas em agência, ou seja, a capacidade dos indivíduos de agirem dentro dos ambientes sociais que os determinam. A antropóloga Saba Mahmood desenvolve o conceito de docile agency (agência dócil), que descreve a maneira como algumas mulheres navegam na ordem heteropatriarcal, confiando na docilidade para conquistar um lugar mais estável e confortável para si mesmas. Em outras palavras, não há um questionamento do sistema nem uma busca por emancipação; trata-se, pelo contrário, de uma estratégia individual.

Essa noção de docile agency, no entanto, não nos permite mostrar como algumas mulheres – ou algumas minorias, de forma mais ampla – oprimem outros grupos para atingir seus objetivos. Todas as pessoas que se encontram na intersecção de vários grupos sociais minoritários provavelmente demonstram dark agency para defender seus interesses particulares contra os de outros grupos minoritários. O conceito, portanto, enfatiza o lado obscuro da agência, que não ataca as condições materiais da vida das minorias, mas consiste em um exercício de violência contra o outro.

O conceito de dark agency complementa o do contrato de vigilância, dando maior ênfase a determinadas estratégias individuais. Isso nos permite caracterizar o comportamento de certos desertores reacionários, que migraram para a extrema-direita com base em questões de gênero, especialmente por meio da transfobia.

A extrema-direita concede às mulheres um lugar diferente hoje do que no passado? Que continuidades e descontinuidades podemos observar?

Sempre houve mulheres na extrema-direita, até mesmo em movimentos de mulheres de extrema-direita. Os arquivos mostram, por exemplo, que o fascismo italiano tinha uma seção feminina. A diferença com a situação atual é, antes, a presença de mulheres à frente dos movimentos de extrema-direita. Muita coisa mudou de lá para cá: naquela época, as mulheres não tinham direito ao voto e os direitos políticos eram extremamente limitados.

De uma perspectiva histórica, certamente seria interessante aprofundar-se mais no franquismo para refinar a análise: dentro do governo franquista, havia de fato algumas mulheres em posições muito altas na hierarquia. Deve-se notar que este foi um regime fascista que durou mais do que a Alemanha nazista ou a Itália fascista e, portanto, foi contemporâneo de grandes mobilizações feministas.

Hoje, a extrema-direita insiste especialmente no maternalismo nacionalista de suas líderes mulheres, o que pode fornecer uma dimensão supostamente mais branda. Essas mulheres geralmente se baseiam em uma herança familiar que legitima sua posição no topo da hierarquia: Giorgia Meloni está engajada no neofascismo italiano desde a adolescência e é apresentada como a “mãe da nação”, Marine Le Pen é herdeira de um líder de extrema-direita, Alice Weidel é neta de um nazista e assim por diante.

Isso pode parecer diferente no caso de Trump, já que o movimento MAGA é imbuído de virilidade e o presidente estadunidense se alimenta da nostalgia misógina de Reagan. Na realidade, mulheres foram encontradas em níveis muito altos no governo Trump – mesmo que tenham sido frequentemente destituídas desde então.

Também se observam mudanças simbólicas em grupos de extrema-direita, por exemplo, com o surgimento do Coletivo Nemesis?

Apresentado por Geneviève Pruvost em seu trabalho sobre a violência de policiais mulheres, o conceito de “virilidade alternada” nos permite analisar a ambivalência da relação com as normas de gênero de grupos femininos de extrema-direita como o Coletivo Nemesis: em algumas fotos, elas posam com armas de fogo, exibindo uma forma de virilidade; nas fotos seguintes, elas aparecem em vestidos longos com flores brancas, com os cabelos esvoaçantes. Jogar nessas duas mesas certamente tem interesses em termos de comunicação, mas também lhes serve internamente. Assim, elas demonstram que são capazes de exercer violência para legitimar seu lugar na extrema-direita, ao mesmo tempo em que tranquilizam os homens de seu campo, respeitando também as normas de gênero.

O movimento feminista deveria reconhecer que sempre incluiu reacionárias, como sugere Sophie Lewis, por exemplo, em vez de afirmar que sempre foi a favor da emancipação de todas as mulheres?

Eu concordo com ela, e certas mudanças recentes no movimento feminista francês também lhe dão razão. Quando Marlène Schiappa foi nomeada ministra, alguns segmentos do movimento feminista colaboraram com ela, acreditando que ela poderia ser uma aliada. Isso só foi possível devido a um grau significativo de despolitização das questões feministas no início da onda #MeToo. As críticas rapidamente se estruturaram, e as ações de Schiappa foram identificadas como femonacionalistas, muito mais do que feministas.

Foi criada então a Coordenação Feminista, o que permitiu que o movimento se reorientasse, avançando em questões fundamentais. Foi o fato de coordenar, debater em conjunto e se engajar em uma forma de abordagem transversal que tornou possível construir uma abordagem feminista mais justa. Muitos grupos estão atualmente colocando a questão das mulheres de extrema-direita na agenda. Isso demonstra claramente que há um interesse militante em abordar essa questão e ajustar as respostas feministas a ela.

O que as parcelas mais emancipatórias do movimento feminista podem fazer diante da crescente apropriação das causas das mulheres pela extrema-direita?

Uma primeira necessidade é manter uma linha sobre as questões materiais e limitar o discurso e as reivindicações puramente simbólicos. Outro caminho seria priorizar o trabalho em rede e a coordenação entre grupos feministas, mas também com outros movimentos sociais. Por fim, parece-me importante cultivar uma forma de alegria e criatividade nos modos de ação que nos permita combater o pessimismo predominante. Este pessimismo serve aos interesses da extrema-direita, pois, ao dizer que nada pode mudar, isso abre um caminho para o cada um por si. Tudo isso deve permitir, das margens ao centro, a construção de um projeto social que não seja apenas contra a extrema-direita, mas que realmente vise à emancipação social de todas as pessoas.

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