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10 Julho 2025

Desescolarização tem influência de fatores como raça, gênero e território

A reportagem é de Bettina Gehm, publicada por Sul21, 09-07-2025.

Jovens negros, pobres e que moram na periferia estão mais expostos ao fenômeno da desescolarização precoce na Região Metropolitana de Porto Alegre. Para chegar a essa conclusão, a pós-doutoranda em Sociologia Alynni Ávila, pesquisadora da UFRGS, usou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) e entrevistou 24 jovens – 12 que abandonaram o ensino médio e 12 que o concluíram. Os resultados mostram que a evasão escolar é atravessada por fatores como classe, raça, gênero e território, ao mesmo tempo em que é mediada pela convivência dos jovens com outras pessoas.

O artigo resultante da pesquisa de Alynni será apresentado no 22º Congresso Brasileiro de Sociologia, sediado na USP durante a próxima semana. Para o estudo, foram utilizados dados que dizem respeito a jovens das cidades de Porto Alegre, Canoas, Gravataí e Viamão. Os números indicam que 27,4% dos jovens entre 15 e 24 anos residentes desses municípios não haviam concluído o ensino médio e não estavam frequentando a escola no momento da pesquisa.

A presença de uma rede familiar que valorize os estudos, por outro lado, é um dos principais fatores de permanência dos jovens na escola. Quando os pais atribuem à educação o poder de mudar vidas, a escola passa a ser percebida como via legítima para a mobilidade social. Entretanto, segundo a socióloga, esse pacto está em crise.

Para uma parcela dos jovens que deixam a escola, a educação formal é uma espécie de investimento sem retorno, já que não garante a mobilidade social. “Houve uma expansão do ensino superior e da pós-graduação, mas o mercado de trabalho não absorve essa mão de obra. Isso frustra expectativas e fragiliza o valor simbólico do diploma”, afirma a pesquisadora. Alynni destaca que há muita oferta de trabalhadores com ensino médio ou fundamental completo, mas poucas vagas disponíveis, especialmente para a juventude negra e periférica. “As famílias de classes populares fazem um cálculo: estudar mais ou começar a trabalhar, mesmo que informalmente? Para muitos, o retorno do estudo não é garantido”.

Desigualdade

Os dados que Alynni vasculhou para sua pesquisa são da PNAD de 2019. Trata-se do período imediatamente anterior à pandemia de covid-19, evitando, assim, os efeitos excepcionais provocados pela crise sanitária. “Isso nos dá uma fotografia mais precisa da realidade estrutural”, explica a pesquisadora.

O estudo revela que, entre jovens negros, a taxa de desescolarização atinge 32,1%, enquanto entre brancos o índice é de 19,8%. A desigualdade se aprofunda quando se observa a renda: jovens de famílias com renda domiciliar per capita de até 1 salário-mínimo ultrapassam os 40% de desescolarização. Entre aqueles com renda superior a três salários-mínimos, esse índice cai para apenas 9%.

“Aqui na Região Metropolitana de Porto Alegre, o recorte de raça é bem forte, pelo menos desde 2019. Isso está ligado a fatores estruturais da própria formação do Rio Grande do Sul, como a escravização da população negra. É um resquício desse nosso percurso histórico, infelizmente”, avalia Alynni.

A pesquisa também revela que o gênero tem papel importante no fenômeno. Os homens tendem a sair da escola para ingressar no mercado de trabalho, enquanto as mulheres são sobrecarregadas pelo trabalho doméstico e de cuidado.

Para Alynni, é necessário olhar o fenômeno como resultado de múltiplas violências sociais, sem cair na culpabilização individual, mas reconhecendo que os indivíduos podem agir diante da realidade. “O poder de decisão muitas vezes não é levado em conta. O jovem não é apenas vítima, mas também alguém que age, mesmo que dentro de contextos muito restritivos”, explica.

A pesquisadora adota o termo desescolarização precoce, em vez de evasão escolar, para marcar que o abandono da escola não é um gesto isolado. Segundo Alynni, trata-se de um processo que começa cedo, ainda no ensino fundamental, com reprovações sucessivas e desmotivação. “Por volta dos 16 anos, a taxa de abandono cresce. Mas isso não acontece de um dia para o outro, e muito menos por decisão voluntária”, afirma.

Para a pesquisadora, o futuro da desescolarização precoce na região metropolitana de Porto Alegre depende da capacidade do Estado de romper com padrões históricos de exclusão social e racial. “Se nada estrutural for feito, Porto Alegre pode seguir um caminho semelhante ao de outras capitais marcadas pela segregação urbana, como Salvador, Recife ou Belém, onde a desescolarização também afeta majoritariamente jovens negros e pobres”, alerta.

Alynni lembra que, embora os índices do Rio Grande do Sul não estejam entre os piores do país, a naturalização da desigualdade no acesso à educação é um traço persistente. “A diferença é que aqui a desigualdade é mais silenciosa, mais diluída. Mas não menos perversa. O desafio é fazer com que a escola deixe de ser um filtro e passe a ser uma ponte – especialmente para aqueles que historicamente foram mantidos à margem da sociedade”.

Políticas públicas

Como possíveis soluções para evitar a desescolarização precoce, a pesquisa sugere políticas públicas de proteção social e transferência de renda, que reduzam a pressão econômica sobre jovens e suas famílias. Outra solução apontada são as políticas que ampliem oportunidades de inserção em mercados formais, protegidos e compatíveis com a continuidade dos estudos, além de ações afirmativas e políticas antirracistas, que enfrentem as desigualdades raciais presentes nas dinâmicas escolares e sociais.

Mas o cenário atual, segundo Alynni, está longe disso. “As políticas que poderiam alterar a situação dos jovens em idade escolar são transitórias, porque ainda são políticas de governo, não de Estado. O governo Leite tem um programa para evitar a evasão escolar, assim como o governo Lula. Mas acredito que elas não têm sido suficientes. Até porque tivemos dois problemas recentes: a pandemia e a enchente”, aponta.

Outro obstáculo é a falta de bases de dados consolidadas que permitam desenhar políticas públicas eficazes. “Aqui no Rio Grande do Sul, lamentavelmente, não existe mais a Fundação de Economia e Estatística. Sem dados locais qualificados, as ações ficam no escuro”, alerta a socióloga.

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