09 Janeiro 2025
No Dia Internacional dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro passado, a Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) anunciava a morte de 104 jornalistas no ano de 2024. Terminado o ano, novo informe teve que ser divulgado, porque em 21 dias de dezembro a lista aumentou mais 18 nomes. O ano concluiu com 122 jornalistas mortos, dentre eles 14 mulheres. O organismo lamenta que 2024 tenha sido um dos anos mais mortíferos para profissionais da imprensa.
A reportagem é de Edelberto Behs.
O relatório teve que ser atualizado com o registro de novas mortes, principalmente no Oriente Médio: nove na Palestina e dois na Síria. No ano, a região acusou a morte de 77 jornalistas. Desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro de 2023, o número de jornalistas palestinos mortos chega a 147 casos.
Em segundo lugar, na lista macabra, aparece a região da Ásia-Pacífico, com 22 casos, outros dez na África. As Américas tiveram nove casos: cinco no México, dois na Colômbia e dois no Haiti. Como em anos anteriores, assinala a FIJ, jornalistas da região sofrem ameaças, intimidações, sequestros e assassinatos por causa das denúncias sobre o tráfico de drogas.
Na Europa, a guerra na Ucrânia fez quatro vítimas no ano que passou. Mas a região continua o continente mais seguro para trabalhadores da imprensa.
Em comparação a anos anteriores, o número de jornalistas presos aumentou consideravelmente. Foram 375 em 2022, 427 em 2023 e 516 no ano passado. A China, incluindo Hong Kong, é a maior prisão do mundo para jornalistas, com 135 detidos em 2024, seguido por Israel, com 59 jornalistas palestinos, e de Mianmar, com 44. A América Latina teve apenas um jornalista preso em 2024.
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FIJ atualiza número de jornalistas mortos em 2024 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU