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13 Novembro 2024

"Em torno da dupla ortodoxia e heresia foi travada a batalha intelectual que moldou o cristianismo: já perto do final do século II, aflora um consenso majoritário em torno de certos escritos reunidos no Novo Testamento, que serve como contraponto ao Antigo Testamento herdado do mundo judaico e constitui a oportuna chave interpretativa, e se formulam uma série de afirmações teológicas sobre Cristo e a Trindade, formalizadas nos Concílios dos séculos IV e V, quando a já mencionada aliança entre a Igreja 'Católica' e os imperadores é sancionada", escreve Marco Rizzi, professor de literatura cristã antiga da Università Cattolica del Sacro Cuore, de Milão, em artigo publicado por La Lettura, 10-11-2024. A tradução é de Luisa Rabolini

Eis o artigo.

“Sejam banidos das nossas cidades arianos, macedônios e apolinaristas, novacianos e sabatianos, eunomianos e valentinianos, montanistas, ou seja, priscilianistas, frígios, marcionitas, euquitas, donatistas...”.

O Codex composto por Teodósio em meados do século V continua listando as heresias a serem extirpadas do império e da Igreja, agora ligados em um vínculo indissolúvel. Nomes que já não nos dizem muito, mas que representavam fenômenos históricos, religiosos e sociais importantes, a ponto de despertar a preocupação de intelectuais, bispos e imperadores, tanto que Constantino se sentiu obrigado a convocar o primeiro concílio ecumênico em Niceia (atual Iznik, na Turquia), cujo décimo sétimo centenário será celebrado no próximo ano, para condenar solenemente a doutrina de Ário. Ele, a fim de salvaguardar o monoteísmo bíblico, afirmava que o Filho não era coeterno com o Pai, mas havia sido gerado em algum momento antes da criação do mundo; um deus menor, em suma.

Anteriormente, outros haviam tentado resolver o problema, argumentando que o Pai, o Filho e o Espírito Santo nada mais seriam do que diferentes modalidades pelas quais o único Deus se manifestava e agia, daí o nome “modalistas” ou “patripassianos”, porque, sob essa perspectiva, teriam sido tanto o Pai quanto o Filho e o Espírito Santo que sofreram a paixão na cruz. Mas havia também aqueles que consideravam o último um intruso no mundo divino, os “pneumatómacos”.

Poderíamos continuar com a ilustração desses cristianismos alternativos (uma revisão detalhada é oferecida por Michel Théron, Piccola enciclopedia delle eresie cristiane, il Melangolo), mas pode ser mais interessante compreender o problema histórico subjacente a eles, como faz o livro de Catherine Nixey, Gli altri figli di Dio. Cristo, la Chiesa e l'invenzione dell'eresia (Os outros filhos de Deus: Cristo, a Igreja e a invenção da heresia, Bollati Boringhieri): graças a uma escrita fluente e brilhante, não acadêmica, a autora consegue colocar à disposição do leitor um imenso volume de dados e informações que abrange grande parte dos resultados da historiografia mais atualizada sobre os primeiros séculos cristãos, também em suas conexões com o mundo das religiões antigas.

O problema já havia sido resumido no início do século XX em uma famosa frase do historiador e sacerdote francês Alfred Loisy (1857-1940): “Jesus anunciava o Reino, e o que veio foi a Igreja”. Naturalmente, a Igreja em questão, a Igreja Católica, não aceitou isso de bom grado e, depois de muito vai e vem, excomungou-o em 1908. Loisy queria entender qual era a relação entre a mensagem de Jesus, um pregador judeu que havia vivido à margem da sociedade, e a imponente estrutura organizacional e doutrinária que teria conhecido seu triunfo, após três séculos de hostilidade e, às vezes, perseguição, com a “conversão” de Constantino no século IV. Era assim posta em discussão a ideia de continuidade substancial entre o ensinamento de Jesus, a pregação dos apóstolos e aquele conjunto de ideias teológicas - a divindade e a encarnação de Cristo, a Trindade e assim por diante - sobre as quais a Igreja funda a sua autoridade.

Desde então, o trabalho dos historiadores levou a um resultado paradoxal que, parafraseando Loisy, poderia ser resumido assim: Jesus anunciava o Reino, e chegaram os cristianismos. O que resulta, na verdade, é um fenômeno histórico surpreendentemente articulado, que no espaço de pouco mais de dois séculos deu origem a uma pluralidade de textos, tradições, práticas religiosas, até mesmo muito diferentes entre si, todos unidos pela referência à figura e aos ensinamentos daquele obscuro pregador judeu. A cada um desses textos correspondia um grupo, mais ou menos numeroso e difundido, de seguidores de Jesus que muitas vezes, embora nem sempre, se autodefinia como “igreja” e argumentava preservar a memória autêntica do mestre, em concorrência e competição com outros grupos e outras igrejas.

Em tal ambiente, os conflitos eram inevitáveis; encontramos sinais deles já nas cartas de Paulo, os primeiros escritos cristãos de que dispomos, datados de cerca de vinte anos após a morte de Jesus.

Em primeiro lugar, quem eram os destinatários de sua mensagem? Para Paulo, todos os homens sem distinção de pertença étnica ou religiosa; para outros, ao contrário, apenas os judeus dispostos a reconhecer em Jesus o Messias, um homem, porém, não o Filho de Deus. Essa ideia, atribuída a um certo Ebion, também seria catalogada como heresia, sob o nome de ebionismo, e seria retomada no final do século XVI pelos irmãos Sozzini, cujos seguidores são catalogados como socianianos ou antitrinitarianos. Quando depois se passou para o questionamento sobre a natureza de Jesus e de sua relação com o Deus da Bíblia, as respostas se multiplicaram, muito além do que hoje parece ser considerado: Jesus é o mestre de uma sabedoria reservada a poucos escolhidos (como afirmavam os valentinianos) ou uma espécie de anjo que desceu de um mundo superior muito diferente daquele descrito pela Bíblia hebraica - aliás, o Deus dos judeus não tem nada a ver com o Deus de Jesus, afirmava Marcião em meados do século II.

A partir da reconstrução histórica brevemente resumida aqui, desponta um aspecto que caracteriza decisivamente o cristianismo em comparação com as outras religiões do mundo antigo. Ao contrário dessas últimas, que se centravam predominantemente na prática - ritos, sacrifícios, formas de culto -, o cristianismo traz consigo uma dimensão doutrinária, ligada à interpretação da figura de Jesus e à sua relação com o Deus da Bíblia, o que o aproximava bastante da filosofia, à qual, no mundo antigo, era atribuída a palavra final sobre o divino: a teologia, uma das partes do ensinamento filosófico. Do léxico filosófico, os vários grupos cristãos hauriram a arma polêmica mais eficaz para utilizar nos conflitos que os dilaceravam.

O termo grego hairesis significa genericamente “escolha”, mas na época imperial indicava especificamente a escolha e a pertença a uma escola de filosofia distinta e em concorrência com as outras. Assim, quando, em meados do século II, o filósofo cristão Justino contrapôs a sua visão do cristianismo com a de outros grupos, ele acusaria de constituírem uma hairesis, uma “seita”, em relação ao que é katholikos, “universal”, e conserva a “doutrina correta”, a orthodoxia.

Em torno da dupla ortodoxia e heresia foi travada a batalha intelectual que moldou o cristianismo: já perto do final do século II, aflora um consenso majoritário em torno de certos escritos reunidos no Novo Testamento, que serve como contraponto ao Antigo Testamento herdado do mundo judaico e constitui a oportuna chave interpretativa, e se formulam uma série de afirmações teológicas sobre Cristo e a Trindade, formalizadas nos Concílios dos séculos IV e V, quando a já mencionada aliança entre a Igreja “Católica” e os imperadores é sancionada.

Nesse ponto, inicia-se uma operação de reescrita da história cristã pelos “vencedores”, que querem enfatizar sua continuidade, ofuscando a sua pluralidade e estabelecendo aquele percurso linear entre Jesus e a Igreja que tanto irritava Loisy.

Reconstruir a história das “heresias” significa, portanto, entender melhor como a tradição cristã foi formada em suas inúmeras facetas: que a igreja após o século IV, apesar das pretensões de seus historiadores e teólogos (mas também de Loisy), foi tudo menos única e internamente compacta, mas sim plural e contraditória. Como a história subsequente demonstrou - já com as igrejas ainda hoje existentes que não aceitaram o Concílio de Calcedônia de 451, como a Igreja Copta - e como um olhar sobre os diversos cristianismos contemporâneas confirma.

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