Comunidade Loyola: mais um ano para a extinção administrativa

Foto: Vatican News

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29 Outubro 2024

A Comunidade Loyola, de mulheres consagradas, criada em meados dos anos 80 do século passado, e palco de abusos sexuais e espirituais por parte do padre e artista Marko Rupnik, e, depois, abusos psicológicos e de poder por parte da superiora Ivanka Hosta, que deveria ter sido extinta até 20 deste mês de outubro, viu o prazo prorrogado por mais um ano, devido à “complexidade das questões administrativas”.

A informação é publicada por 7Margens, 26-10-2024.

A medida foi tomada pelo Dicastério para a Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, cerca de uma semana antes do decreto de extinção completar um ano. A medida foi comunicada ao padre Amedeo Cencini, delegado pontifício para a Comunidade Loyola. O 7MARGENS tentou, nos últimos dias, contatar este presbítero para esclarecer alguns pontos do documento, mas ele não se dignou responder.

A posição do Dicastério, citada num comunicado da diocese de Trieste, Itália, onde a Comunidade Loyola esteve presente, esclarece, entretanto, que, relativamente aos votos temporários e perpétuos emitidos no Instituto, eles cessaram a partir da data prevista, ou seja, 20-10-2024. Isto significa que as ex-religiosas passaram, a partir dessa data, à condição de leigas.

Ivanka Hosta, que vivia confinada num apartamento da diocese de Braga, ocupado por uma pequena comunidade daquele instituto, depois da pena que o Vaticano lhe aplicou em 2023, passou, doravante, a ser uma mulher “livre”, mas com limitações por um lado e novas oportunidades por outro.

O Comunicado do Dicastério é claro no sentido de que Ivanka está impedida de voltar a liderar qualquer tipo de “reagregação”, sob a forma de uma nova entidade.

O 7MARGENS sabe que um núcleo ainda significativo de ex-religiosas se manteve sempre fiel à fundadora e praticamente não colaborou com o visitador apostólico enviado pelo bispo de Liubliana (Eslovênia), diocese onde a Comunidade foi formalmente criada, nem agora, com o delegado pontifício.

O comunicado do Dicastério emitido reconhece que algo se passa, quando escreve que “muitas irmãs estão a optar ou já optaram por uma forma de consagração maioritariamente privada”, ao passo que “outras estão a apontar para consagração no Ordo virginum”. E volta a lembrar: “a intenção de reagregação, de alguma forma, em torno da pessoa da fundadora é uma contravenção ao decreto de supressão” da Comunidade Loyola. A advertência poderá decorrer do fato de cerca de uma dezena e meia de ex-religiosas não se ter manifestado sobre o que pretende fazer.

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