05 Setembro 2024
Medição foi feita a partir de marcas de cheias na região do Cais Mauá e da Usina do Gasômetro.
A reportagem é publicada por Sul21, 04-09-2024.
Um novo estudo, conduzido por pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB), determina os níveis máximos alcançados pela enchente de maio em Porto Alegre. Junto ao Exército Brasileiro, o SGB fez um levantamento de marcas de cheias na região do Cais Mauá e da Usina do Gasômetro. De acordo com essa medição, o Rio Guaíba atingiu 5,37 m no Cais Mauá e 5,12 m no portão da Superintendência de Portos e Hidrovias.
O levantamento foi efetuado com a técnica de nivelamento geométrico, relacionando todas as medidas a um mesmo referencial vertical. Também foi utilizado rastreio GPS prolongado para determinar a altitude normal vinculada ao modelo geoidal fornecido pelo IBGE.
Durante a catástrofe, foi perdida a régua de medição da estação Cais Mauá, mantida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema-RS). Por isso, o SGB realizou uma parceria com a Sema para instalar um novo ponto de monitoramento nas imediações da Usina do Gasômetro, que mediu 4,59 m no pico da cheia.
De acordo com o SGB, devido à complexidade hidrodinâmica do sistema Delta do Jacuí, o nível da água do Guaíba não é homogêneo ao longo da sua extensão. Existe um desnível de 78 cm entre o Armazém C6, onde estava instalada a Estação Cais Mauá operada pela Sema, e a Estação Usina do Gasômetro, instalada emergencialmente pelo SGB. Por isso, para cada seção do Guaíba analisada, é obtido um nível de água diferente.
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