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Será que Donald Trump confunde Deus com a sorte? Artigo de Vito Mancuso

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17 Julho 2024

"À luz da primeira alternativa, o que fez a cabeça de Trump se mover o suficiente para evitar que a bala se alojasse em seu cérebro foi um sortudíssimo acaso, mitologicamente personificado pela deusa romana Fortuna ou pela grega Tyche. À luz da segunda alternativa, Trump deve agradecer a Deus, porque foi ele, porque 'foi a mão de Deus', para citar o título do filme de Sorrentino, que o fez mover a cabeça e, assim, salvou-o da morte. Quem tem razão?", escreve Vito Mancuso, ex-professor da Universidade San Raffaele, de Milão, e da Universidade de Pádua, em artigo publicado por La Stampa, 16-07-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Donald Trump não se desequilibrou ao escolher o poder graças ao qual ele ainda está entre os vivos: a sorte ou Deus. Um momento antes, ele não teria dúvidas em declarar qual deveria ter sido o seu destino: "Eu não deveria estar aqui, eu deveria estar morto", mas logo depois deixou prudentemente em suspenso a quem atribuir o mérito de ainda estar vivo: "Por sorte ou por Deus eu ainda estou aqui. Em inglês: “By luck or by God”. A alternativa, que na linguagem coloquial passa quase despercebida, torna-se decisiva assim que se começa a pensar: Desculpe, por sorte “ou” por Deus?

Os dois conceitos têm uma longa história no pensamento humano. Ambos se reportam a um poder superior e imponderável do qual dependem os nossos destinos: a deusa Fortuna do paganismo e o Deus pessoal dos monoteísmos, ou seja, de um lado o acaso cego, do outro o olho vigilante do qual nada escapa e tudo ordena. Acho que a incerteza de Trump reflete à perfeição a incerteza de grande parte de nós mesmos. Disse "grande parte" porque estou ciente de que entre nós também há aqueles que não são de forma alguma inseguros: aqueles que atribuem tudo apenas ao acaso e aqueles que atribuem tudo apenas a Deus.

Os primeiros não têm dúvida de que tudo depende do acaso, para eles tudo na vida é aleatório, a começar pelo fato de que existe vida no universo e que dentro dele somos nós que a vivemos. O acaso dominante é chamado de sorte quando traz um resultado positivo, e de azar quando o resultado é negativo. Os sinônimos são numerosos: sorte (má sorte, boa sorte), ventura (boa ventura, má ventura), fado, fatalidade, destino, graça (desgraça), estrela (boa estrela, má estrela), além de termos mais prosaicos como coincidência, acidente, combinação e outros termos mais vulgares de uso frequente que não vale a pena mencionar porque são familiares a todos. No outro lado, nem mesmo os supercrentes, que atribuem tudo a Deus, têm alguma dúvida, não apenas quanto à criação e à direção do mundo, mas também de cada evento, por trás do qual sempre vislumbram a mão de Deus à obra, porque para eles “não cai uma folha da árvore sem que Deus permita", nada é casual, mas tudo é pensado e desejado por Deus. Quem tem razão? Quem argumenta que tudo é por acaso, ou quem argumenta que nada é por acaso?

À luz da primeira alternativa, o que fez a cabeça de Trump se mover o suficiente para evitar que a bala se alojasse em seu cérebro foi um sortudíssimo acaso, mitologicamente personificado pela deusa romana Fortuna ou pela grega Tyche. À luz da segunda alternativa, Trump deve agradecer a Deus, porque foi ele, porque "foi a mão de Deus", para citar o título do filme de Sorrentino, que o fez mover a cabeça e, assim, salvou-o da morte. Quem tem razão?

A guerra é antiquíssima, tem sido travada na alma do Ocidente desde a sua formação, porque nós, ocidentais, incluindo os estadunidenses, mas, é claro, especialmente os gregos e os italianos, temos uma dupla raiz: a raiz greco-romana, que nos faz tender para a sorte, e a raiz judaico-cristã, que nos faz inclinar para Deus. Hoje não pensamos mais nisso (em quantas verdades antigas não pensamos mais hoje!) e não apenas Trump, mas também muitos de nós dizem sem pensar "por sorte ou por Deus".

No passado, no entanto, quando as consciências eram mais vigiadas, as duas hipóteses estavam bem longe de ser justapostas de forma tão leviana: Santo Agostinho, por exemplo, considerava a sorte não uma deusa, mas um dom de Deus e, portanto, não tolerava que a sorte fosse entendida como uma alternativa a Deus: para ele, dizer "por sorte" nada mais era do que dizer "pela graça de Deus". Para Agostinho, a sorte simplesmente não existia: existia a providência. Quando tal providência se revelava favorável, era o sinal de que Deus amava, recompensava e protegia o sujeito; da mesma forma, quando se revelava negativa, era o sinal de que Deus castigava e punia. De qualquer forma, tudo estava sempre sob seu controle. Jesus também pensava assim: "Não se vendem dois passarinhos por um ceitil? E nenhum deles cairá em terra sem a vontade de vosso Pai. E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados" (Mateus 10,29-30).

Os gregos e romanos, por outro lado, viam o mundo como dominado, se não inteiramente, pelo menos em grande parte, pelo acaso e pelo capricho. A deusa Fortuna, não por acaso feminina, apresenta uma iconografia que fala por si só: é feminina, porque os antigos consideravam a mulher mais volúvel do que o homem ("la donna è mobile, qual piuma al vento"), está em uma esfera para indicar sua instabilidade, move uma roda que simboliza o eterno girar da sorte, é careca, exceto por uma trança no topo da cabeça que só se consegue agarrar com grande dificuldade, está vendada, talvez cega, e muitas vezes é retratada indo em direção ao mar, para simbolizar a percepção da vida líquida muitos séculos antes que Zygmunt Bauman consagrasse essa metáfora no imaginário contemporâneo.

By luck ou by God: a incerteza de Trump é a incerteza de todos aqueles que refletem e que, ao refletirem, entendem que o mundo é organizado demais e orientado demais para a vida e a inteligência para ser apenas o fruto do acaso cego e que, por outro lado, é repleto demais de fatalidades e de injustiças para ser apenas a obra da providência de um Deus justo e benévolo (e se é de fato um único Deus que governa, então ele nem sempre é benévolo, mas também pode ser malévolo, dependendo de como se sente, exatamente como o Islã pensa Alá).

Portanto, estamos diante de uma antinomia, como acontece sempre que nos aprofundamos nos chamados "sistemas máximos". As palavras do físico Niels Bohr, um dos pais da mecânica quântica, se encaixam perfeitamente: "Há dois tipos de verdades: as verdades simples, em que os opostos são claramente absurdos, e as verdades profundas, reconhecíveis pelo fato de que o oposto por sua vez contém uma verdade profunda". Tanto a impessoal deusa Fortuna quanto o Deus pessoal dos monoteísmos, que também se opõem entre si, são verdades profundas e devem, de alguma forma mais profunda, ser reconciliados entre si nas nossas mentes. Como? Cada um responda por si mesmo pensando em todas as circunstâncias imponderáveis, tanto afortunadas quanto desafortunadas, que ocorreram em sua existência, e como elas o levaram a perceber qual é para ele ou para ela o sentido da vida. Nós nunca saberemos se a bala que saiu da arma do atirador não atingiu Trump "por sorte" ou "por Deus". O que podemos verificar cotidianamente é a orientação de sua ação política: se ela é realizada à insígnia de uma liberdade sem regras, simbolizada pela Fortuna, ou a serviço do bem e da justiça, simbolizados por Deus.

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