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"A fome é criada antes de a temperatura subir". Entrevista com Vandana Shiva

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02 Abril 2024

Em entrevista, ativista indiana Vandana Shiva defende o conhecimento dos povos originários e a soberania alimentar como forma de combater as mudanças climáticas e o aumento dos preços dos alimentos.

A entrevista é publicada por Deutsche Welle, 31-03-2024.

A necessidade de transformar a produção de alimentos em algo extremamente lucrativo acelera as mudanças climáticas no mundo e deixa milhares de seres vivos lutando contra a extinção, de acordo com a análise de Vandana Shiva, filósofa, física e diretora da Fundação de Pesquisas em Ciência, Tecnologia e Ecologia, com sede em Nova Déli, Índia.

Em Terra viva: minha vida em uma biodiversidade de movimentos, a autora revisita 40 anos de luta em defesa da soberania alimentar e contra o que chama de ligação entre o capitalismo predatório e a destruição da natureza.

"Água potável, comida suficiente e poder respirar de forma limpa. Esses são os fluxos básicos que nos dão vida. E, quando se tenta privatizá-los e encerrá-los, então o que está sendo ameaçado é a própria possibilidade de viver. Neste ponto, se fizermos uma avaliação muito honesta, um grande número de nossos semelhantes, de outros seres humanos, bem como de outros seres da Terra estão ameaçados e vivendo uma crise de extinção”, diz Shiva.

Em entrevista à DW, a cientista afirma ainda que o Brasil precisa alterar a lógica da produção em larga escala criada pelo modelo de agricultura industrial globalizada, dando lugar à agricultura ecológica como forma de combater a alta dos preços.

"O erro foi apostar tudo na agricultura industrial, reduzindo a agricultura a uma manufatura, que coloca os combustíveis fósseis e obtém commodities. A globalização reduz ainda mais o sistema alimentar. Comíamos dez mil espécies de plantas e agora comercializamos milho, soja e algodão só porque são geneticamente modificados e trazem royalties para grandes empresas”, afirma.

Eis a entrevista.

No seu novo livro, Terra viva: minha vida em uma biodiversidade de movimentos, a senhora revisita lutas pelo meio ambiente que combinam física quântica com ciência, tecnologia e política ambiental. Como a senhora vê a evolução desses temas desde que começou a se engajar?

Meus valores são os mesmos. Minha orientação vem das mesmas coisas: a proteção da Terra, a defesa dos Direitos Humanos e a Justiça. Quando comecei, existia um lobby menor como, por exemplo, o madeireiro e da mineração, entre outros. Isso era muito pequeno comparado ao que temos hoje.

Agora, à medida que a globalização e o neoliberalismo surgiram, passamos ao ponto de grandes empresas quererem controlar toda a vida na Terra através de padrões e organismos geneticamente modificados. Além das companhias, há também um punhado de bilionários utilizando dinheiro de fundos.

A diferença é a constante criação de poder, a globalização do poder e a tentativa de não deixar nenhum aspecto da vida humana livre na Terra. Antes, uma montanha seria ameaçada pela exploração madeireira. Hoje, todo o futuro do planeta está ameaçado por todas as forças da destruição.

Temos que lembrar que fazemos parte da Terra porque essa alienação é o que permite a extração de recursos e o deslocamento de pessoas. Crie nossa resiliência. Crie nossas alternativas e defenda todos os aspectos de nossas culturas.

A diversidade que tivemos no planeta respeitava a vida e é por isso que, neste momento, o colonialismo passa a declarar que todas as culturas indígenas são primitivas, mas são essas culturas que mostrarão o caminho para o futuro. Temos que desafiar a definição de primitivo e a missão civilizadora. Como podem se definir como civilizadores, se destroem o próprio futuro da humanidade?

Você cita o "bioimperialismo", o controle da água e das biotecnologias como um dos perigos do mundo atual. Por quê?

Como cientista e também como ser humano eu vejo que as ameaças são perigosas quando focam na base da vida. A questão da liberdade foi definida apenas como um direito civil, mas não como um direito ecológico de estar vivo.

Água potável, comida suficiente e poder respirar de forma limpa. Esses são os fluxos básicos que nos dão vida. E, quando se tenta privatizá-los e encerrá-los, então o que está sendo ameaçado é a própria possibilidade de viver. Neste ponto, se fizermos uma avaliação muito honesta, um grande número de nossos semelhantes, de outros seres humanos, bem como de outros seres da Terra estão ameaçados e vivendo uma crise de extinção.

Meu coração dói. Minha mente vai para a Amazônia. Você sabe que aí está o ecossistema mais vital do planeta. E são culturas sofisticadas que vivem há milhares de anos.

Hoje eles estão sendo expulsos para a mineração de ouro ou do plantio da soja geneticamente modificada. São as piores atividades humanas invadindo suas terras. A competição deles realmente ocorre neste ponto entre a vida e a morte. E a destruição é motivada pela ganância.

Então, para mim, a vida está no centro de tudo e os recursos vitais que nos dão vida são um direito humano fundamental, mas é um direito para todos os seres porque todos precisam de água, todos os seres precisam respirar. Todos os seres precisam comer e ter comida. Então esses são os fluxos que nos conectam ao resto da vida. E é isso que temos que defender.

Você citou a região Amazônica e, por lá, nos últimos anos vimos um aumento do desmatamento para dar lugar a agropecuária e a mineração, e uma crise que impacta os povos originários, principalmente os yanomamis. Como podemos crescer economicamente, respeitando esses povos?

Penso que a ideia de que o crescimento, tal como foi inventado durante as guerras, é uma medida fundamental da nossa existência na Terra, é uma falácia dado que essa forma de crescimento foi criada para mobilizar recursos para a guerra.

O crescimento foi definido como retirar a riqueza das pessoas e a riqueza da natureza para montar exércitos maiores. Portanto, a ideia de uma economia para financiar a guerra não pode ser a base. Precisamos financiar a paz, incluindo a paz com a natureza.

Portanto, precisamos de medidas diferentes e é por isso que o movimento pelo decrescimento se tornou tão popular. Isso não significa que as pessoas devam comer menos. Isto não significa que as pessoas não devam ter água, mas significa que esta construção de crescimento permitiu a transferência da riqueza social para as mãos de poucos.

O crescimento não lhe diz como a riqueza flui. Não diz onde vai parar. É preciso uma medida para tratar isso como um benefício para todos. O crescimento da indústria do ouro e da indústria mineradora é, na verdade, um genocídio para esses povos.

O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, mas o preço dos alimentos pressiona a inflação geral. Como podemos mudar isso?

Acho que a maneira de mudar isso é voltar à verdadeira ontologia da comida. Você sabe, o que é comida? A comida é a base da vida. A comida é a moeda da vida que flui do solo para as plantas e para o nosso intestino e por isso é a conexão da nossa saúde.

O erro foi apostar tudo na agricultura industrial, reduzindo a agricultura a uma manufatura, que coloca os combustíveis fósseis e obtém commodities. A globalização reduz ainda mais o sistema alimentar. Comíamos dez mil espécies de plantas e agora comercializamos milho, soja e algodão só porque são geneticamente modificados e trazem royalties para grandes empresas.

Nos primeiros dias, quando o Brasil queria permanecer livre de organismos geneticamente modificados, eu fui palestrar para membros do governo. Mas, eles acabaram introduzindo essas sementes e o Brasil se tornou uma das nações mais tóxicas, com enorme uso de pesticidas, doenças, etc.

E como podemos mudar isso? Eliminando as ilusões de que os produtos químicos nos alimentam. Os produtos químicos destroem a vida. A agricultura é um processo vivo. E a maneira de produzir mais alimentos é regenerar o solo vivo, regenerar a biodiversidade e regenerar os ecossistemas.

Temos quatro empresas de sementes e agroquímicos mundiais que tentam definir o modelo de como nos alimentamos. Não. Eles são um cartel envenenado. Sua especialidade é fazer venenos e venenos matam.

O que precisamos é de alimentos para a saúde. E então precisamos mudar do modelo de agricultura industrial globalizada à agricultura ecológica e, finalmente, precisamos definitivamente nos afastar das cadeias de abastecimento globalizadas. Isso está matando o mundo de fome, a diversidade de sistemas alimentares locais que fornecem alimentos para todos.

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