07 Novembro 2023
Na noite de 5 de novembro, as FDI intensificaram a ofensiva contra a Faixa. Um dos ataques teve como alvo um abrigo na Cidade de Gaza, matando pelo menos 500 pessoas.
A reportagem é de Mahmoud Mushtaha, publicada por CTXT, 06-11-2023.
Na noite de domingo, 5 de novembro, as forças de ocupação israelitas realizaram intensos bombardeamentos no campo de refugiados de Al-Shati, na Cidade de Gaza. Segundo relatos de funcionários do Ministério da Saúde, confirmados por outras fontes, centenas de palestinos, incluindo homens, mulheres e crianças, morreram em consequência destas bombas. Horas depois, as pessoas que se encontravam no Hospital Shifa perceberam a magnitude do massacre, mais um dos muitos que Israel está a causar na Faixa de Gaza, devido ao número de corpos e feridos que chegaram ao centro. A ONG Euro-Med Human Rights Monitor documentou os números do ataque israelita a Al-Shati: 500 mortos e 1.000 feridos.
Nessa mesma noite, Israel cortou novamente todas as comunicações na Faixa, o que reforçou o cerco à população de Gaza. A falta de comunicação dificulta o acesso a serviços vitais, como cuidados médicos e ajuda humanitária. Isola ainda mais a população já vulnerável, deixando-a sem meios para procurar ajuda ou comunicar as suas circunstâncias ao mundo exterior. O desespero e o desamparo causados pelo isolamento só agravam o sofrimento das pessoas que lutam para sobreviver.
(Foto: Reprodução | Monitor Euro-Mediterrânico dos Direitos Humanos)
A comunidade internacional manifestou a sua profunda preocupação com o corte das comunicações em Gaza e com as atrocidades denunciadas por várias ONG. Vários países, organizações de direitos humanos e ativistas apelaram ao fim imediato da violência e à restauração das vias de comunicação. Enfatizam a necessidade de responsabilização e justiça para as vítimas destes massacres horríveis.
Israel continua o genocídio contra os habitantes de Gaza, com bombardeamentos que não param. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, as FDI mataram mais de 9.770 palestinos, incluindo 4.800 crianças, e feriram mais de 25.000.
A Faixa de Gaza, um enclave densamente povoado na costa do Mediterrâneo, está bloqueada por Israel desde 2007. Este bloqueio, juntamente com operações militares intermitentes, limitou severamente o acesso da população de Gaza a serviços e recursos essenciais. A recente escalada de violência e o corte de todas as comunicações agravam ainda mais a já grave situação na região.
A urgência em resolver a situação da Faixa de Gaza atingiu um nível crítico e é necessária uma ação imediata para aliviar o sofrimento e evitar novas perdas de vidas inocentes.
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Israel corta comunicações em Gaza enquanto continua bombardeando campos de refugiados - Instituto Humanitas Unisinos - IHU