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Haiti: um labirinto de pobreza e violência sustentado pelo intervencionismo

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25 Outubro 2023

Por que o Haiti é um dos países mais empobrecidos do planeta? O Índice de Desenvolvimento Humano está muito abaixo de seu vizinho insular, a República Dominicana. Praticamente metade da população vive na linha de pobreza extrema e o poder aquisitivo se vê afetado por uma taxa de desemprego de 70%.

A reportagem é de Francesc Casadó, publicada por El Salto, 24-10-2023. A tradução é do Cepat.

A grande maioria da população da nação caribenha tem descendência africana. Uma minoria mulata e branca de apenas 5% forma a elite econômica que controla a atividade de gangues armadas e os atos de corrupção. O cidadão haitiano está excluído de todas as decisões e as desigualdades sociais são extremas.

Em suas origens, o Haiti estava localizado na parte ocidental da ilha de Hispaniola, uma colônia francesa do Mar do Caribe que, no século XIX, tornou-se a primeira e única nação em que uma revolta de escravos tenha declarado sua independência. Desde então, a “república negra” foi punida pelo caos econômico e social imposto pela França.

No início do século XX, os Estados Unidos decidiram invadir o país para libertá-lo da “anarquia, selvageria e opressão” e, de passagem, transferir todo o ouro do Banco Nacional para Wall Street. Até a ditadura dos Duvalier, houve uma sucessão de políticos nacionalistas no poder. Em três décadas de totalitarismo, dezenas de milhares de opositores foram eliminados pelas mãos dos “Tonton Macoute”.

Em 1991, foi eleito presidente Jean-Bertrand Aristide, que após sofrer um golpe de Estado, precisou da intervenção de 20.000 soldados norte-americanos para recuperar o poder. A partir desse momento, sua gestão política se concentrou em aplicar as medidas neoliberais exigidas pelos organismos internacionais.

Após ser reeleito, Aristide teve que enfrentar uma rebelião popular liderada pela oposição que conseguiu expulsá-lo do país. A intervenção de uma força multinacional não demorou a chegar, seguida pela Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH).

Esta delegação pela paz interferiu na política do Estado caribenho de 2004 a 2017, através do “Core Group”, formado pelas embaixadas que participaram da Missão das Nações Unidas MINUSTAH, sendo as mais destacadas as de Brasil, França, Espanha, Canadá e Estados Unidos. Pela Organização dos Estados Americanos (OEA), afirma-se que os últimos 20 anos de solidariedade do Core Group no Haiti significaram um dos fracassos mais fortes e evidentes já vistos em qualquer marco de cooperação internacional.

A fome e a falta de acesso regular à água potável fazem com que metade da população haitiana esteja em uma situação de vulnerabilidade e careça de uma ação urgente para protegê-la. Sem recursos para adquirir maquinaria agrícola, a sua economia depende em grande parte da agricultura artesanal. Também não possui grandes empresas de investimento privadas, limitando-se aos pequenos negócios. Os Estados Unidos são o seu principal parceiro importador de alimentos e combustíveis.

Devido ao terremoto de 2021, que afetou o sul da península, a comunidade internacional se comprometeu a buscar apoios, no marco da conferência pela reconstrução, realizada em Porto Príncipe. Canadá, Cuba e Estados Unidos, entre outros, reafirmaram a sua solidariedade e ajuda social e econômica com o envio de 600 milhões de dólares, 30% apenas do total necessário para a recuperação da área afetada.

A falta de recursos para as ajudas humanitárias repetiu, em 2023, em uma tentativa das Nações Unidas de enviar 720 milhões para a ilha caribenha. Nas palavras de António Guterres, secretário-geral da ONU: “Nosso plano de resposta humanitária, que requer 720 milhões de dólares para ajudar mais de 3 milhões de pessoas, só está financiado em 23%. Faço um chamado à comunidade internacional para que ajude”.

O terror da violência provocada por gangues armadas anda de mãos dadas com a pobreza e as desigualdades. São milhares as vítimas anuais alheias aos confrontos entre as gangues de “soldados”. Na capital, Porto Príncipe, metade da população não tem liberdade de circular para ter acesso a alimentos, moradia e hospital.

Em 2022, em pleno acirramento da violência nas ruas, o atual presidente interino Ariel Henry anunciou o fim dos subsídios aos combustíveis e um aumento drástico no seu preço, o que provocou uma onda massiva de protestos populares, durante semanas, na capital e em cidades como Pétionville, Jacmel e Port-de-Paix. A população foi convocada por Jean-Charles Moïse, líder do partido de esquerda radical Platfòm Pitit Desalin, para se manifestar nas ruas contra o poder dos bancos, ONGs e multinacionais, sob o lema “Abaixo os Estados Unidos”.

Os protestos na cidade de Jacmel foram direcionados ao empresário mulato Joel Khawly, supostamente ligado ao tráfico de drogas e que foi preso por porte de armas. Khawly é um importador de cimento que controla o negócio de combustíveis no sudeste do país. Após os protestos, o Canadá decidiu punir alguns membros notáveis da elite econômica nacional por fornecerem apoio logístico e financeiro a grupos criminosos.

Os empresários Gilbert Bigio e Sherif Abdallah estão proibidos de prestar serviços a corporações canadenses e seus bens foram congelados. O primeiro é proprietário de um conglomerado empresarial e o homem mais rico do país. Também é líder da comunidade judaica do Haiti. Já Abdallah nasceu no Cairo, filho de mãe italiana e pai egípcio, e foi educado nos Estados Unidos. Dedica-se a projetos bancários e imobiliários. É cônsul-geral da Itália em Porto Príncipe.

A xenofobia na região em relação à população haitiana é um verdadeiro flagelo. Foi o atual presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, que, ao ser entrevistado em 1994, afirmou com uma demonstração de racismo: “se o Haiti simplesmente afundasse no Caribe ou subisse 300 pés, nada disso nos importaria”.

Desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse, em julho de 2021, as eleições já foram adiadas três vezes. Após o assassinato, em vez de buscar consenso entre as forças políticas, o Core Group decidiu “sugerir” a figura do ministro do Interior, Ariel Henry, como presidente interino. Desta forma, o Partido Haitiano Tèt Kale (PHTK), de centro-direita, continuou governando e reiterando a seus parceiros internacionais a mobilização de tropas no território.

Em janeiro de 2022, surgiu o grupo do “Acordo de Montana”, formado por centenas de organizações e associações contrárias a Ariel Henry, a quem acusam de conivência com os grupos armados e os Estados Unidos. No entanto, sua proposta de formar um governo de transição para eleições livres não se concretizou até agora.

Em setembro, houve um ressurgimento da violência de gangues que provocou o caos total na capital, Porto Príncipe. Apesar da gravidade do momento, faz tempo que o governo Biden não encontra um país que decida enviar seu exército para as tarefas policiais e de pacificação. França, Canadá e Brasil estão relutantes e a China manifestou a sua discordância nas Nações Unidas. Pequim é um ator proeminente na crise da ilha caribenha.

Um porta-voz da missão chinesa no Conselho de Segurança da ONU afirmou: “Um embargo para as armas contra as gangues é o mínimo que o Conselho pode fazer em resposta a esta espantosa decisão”, mas o texto revisado pelo México e os Estados Unidos concluiu que “os Estados-membros proíbam o envio de armas pequenas, ligeiras e munições a agentes não estatais que participem na violência ou apoiem as gangues”, permitindo, por omissão, o tráfico de armas em que a polícia estatal está envolvida.

Outro conflito de ordem política está ocorrendo com o fechamento da fronteira pela República Dominicana devido à construção de um canal no rio Massacre, do lado haitiano. A dependência das importações de seu vizinho dominicano está gerando sérios problemas de abastecimento.

A renomada fábrica têxtil S&H Global fechou temporariamente por causa da escassez de matéria-prima. Funcionários da indústria e comércio haitianos estão mantendo reuniões de cooperação com o México para diversificar as relações comerciais e encontrar novos parceiros.

É possível que países emergentes da América Latina, como Argentina, Brasil e México, tenham a solução para o seu futuro desenvolvimento econômico. Inclusive, que o Haiti siga o caminho do Iêmen e da Etiópia, os primeiros países em vias de desenvolvimento que solicitaram se unir ao grupo dos BRICS.

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