Violência aumenta no Haiti. Mais um padre raptado

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13 Fevereiro 2023

Um padre foi sequestrado no Haiti, quando se dirigia para a sua paróquia em Kazal, a cerca de 34 quilómetros de Porto Príncipe, capital do país. O rapto aconteceu esta terça-feira, 7 de fevereiro, véspera da chegada ao país do alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk. A viagem oficial de dois dias foi motivada, precisamente, pela preocupação com o aumento da violência dos gangues naquela região e pelas crescentes necessidades humanitárias da população.

A reportagem é publicada por 7 Margens, 09-02-2023.

Originário dos Camarões, o padre Antoine Macaire Christian Noah era desde há um ano o vigário da paróquia de San Miguel Arcángel de Kazal. Os seus raptores entraram em contacto “com o Superior da sua comunidade missionária pedindo dinheiro em troca da libertação”, refere um comunicado dos claretianos, congregação à qual pertence o sacerdote, citado pela Catholic News Agency desta quinta-feira, 8 de fevereiro.

Padre Antoine Macaire Christian Noah sequestrado no Haiti (Foto: Reprodução Aleteia | Twitter Image)

Consciente da escalada de raptos e violência, Volker Turk irá reunir-se com altos funcionários das áreas da justiça e segurança, e também com membros de organizações da sociedade civil e vítimas de violações de direitos humanos.

Na segunda-feira, no seu discurso anual na Assembleia Geral da ONU, o secretário-geral António Guterres fez questão de referir a situação do Haiti, destacando que os gangues de rua “mantêm todo o país como refém”.

Já há duas semanas, a chefe da missão da ONU no Haiti, Helen la Lime, havia dito ao Conselho de Segurança que gangues criminosos estavam a praticar violência em todo o país “como uma estratégia para oprimir a população”.

Só no ano passado, houve mais de 1.300 sequestros no Haiti e 2.100 pessoas foram assassinadas. Trata-se do “maior nível de criminalidade já visto na ilha caribenha”.

Helen la Lime apelou ao envio de uma força especializada internacional para auxiliar a Polícia Nacional do Haiti. Essa força foi solicitada pela primeira vez pelo Governo, em outubro, mas ainda não se concretizou.

No passado dia 13 de janeiro, os bispos católicos do Haiti divulgaram também uma mensagem dirigida aos gangues no país, pedindo que “cessem a loucura assassina do ódio e do desprezo pela vida”. Com o país em colapso, paralisado e impotente face à violência, os bispos lembraram que, “ao invés da guerra fratricida” é necessário investir na reorganização das infraestruturas, nos sistemas de saúde e de educação, bem como na mudança de mentalidade.

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