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29 Agosto 2023

“As noções ocidentais de natureza como recurso econômico e de história como desenvolvimento escondem uma trajetória de colonização, racismo e machismo que deve ser questionada”. A reflexão é de Azahara Palomeque, em artigo publicado por La Marea-Climática, 28-08-2023. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Em que momento começamos a pensar no ser humano como uma espécie desvinculada da natureza, um ente estranho sobre o qual exercemos controle, mas ao qual não pertencemos? Em outras palavras, desde quando e por que as sociedades ocidentais adotaram uma concepção da natureza como um fornecedor ilimitado de recursos, matérias-primas, mesmo que fossem seres vivos: plantas, animais e até pessoas categorizadas como “mercadoria”, por exemplo, os escravos?

Recentemente, a revista Nature publicou um estudo, resenhado neste meio, que apontava a atual “crise de valores” ao avaliar a natureza a partir de critérios econômicos. O seu principal pesquisador, Unai Pascual, convidava-nos a “redefinir conceitos banais como progresso, desenvolvimento e bem-estar”, justamente para evitar o viés instrumentalista que tem caracterizado a Modernidade. A comunidade científica, parecia alertar-nos, chegou à conclusão de que esta distância entre nós e a Terra deve ser encurtada, e outros tipos de noções e valores devem ser abraçados para mitigar a crise climática.

No entanto, estes argumentos que agora estão presentes em algumas revistas acadêmicas têm sido extensivamente analisados a partir de disciplinas como a história das ideias, a filosofia e os estudos pós-coloniais. Combinar reflexões humanísticas com pesquisas quantitativas contribui para alcançar aquela reconfiguração de imaginários que hoje é tão premente.

As tesouras do dualismo

Uma das vozes mais autorizadas para esclarecer dúvidas sobre este fenômeno é Marta Tafalla. A pesquisadora e professora da Universidade Autônoma de Barcelona analisa, em seu último livro Filosofía ante la crisis ecológica (Plaza y Valdés, 2022), o efeito que “as tesouras do dualismo” tiveram na hora de cortar nossos vínculos com os outros seres vivos. O cristianismo, herdeiro da filosofia grega, encarregou-se de estipular que, por um lado, existia o espírito ou a alma e, por outro, a natureza, associada ao corpo e à animalidade.

O que se conhece como dualismo cartesiano decorre de seu famoso axioma “penso, logo existo” – Azahara Palomeque

Se na Idade Média ainda existia uma certa harmonia entre os humanos, os espíritos e o mundo natural, a partir da colonização esses laços foram rompidos, impulsionados por um capitalismo que requeria mão de obra barata – ou gratuita – e uma infinidade de recursos. Mas, atenção! Na natureza, como alertou há décadas o ativista Ramón Fernández Durán, “não existem ‘recursos’ ou ‘resíduos; tudo funciona como um sistema inter-relacionado”, apesar de a tesoura nos ter impedido de perceber essas nuances, que foram definitivamente apagadas a partir da obra do filósofo francês René Descartes. O que se conhece como dualismo cartesiano decorre de seu famoso axioma “penso, logo existo”, contido no Discurso do método (1637), a partir do qual se originou a concepção de homem como ser racional e a relegação do corpo e da natureza a um segundo plano, que lançaram as bases do Iluminismo.

Embora tenha havido pensadores que se opuseram a esta dicotomia, como o filósofo norte-americano Henry David Thoreau no século XIX, pode-se afirmar, com Tafalla, que “as tesouras do dualismo foram cortando um após o outro todos os laços que ligavam o material com o espiritual, o corpóreo com o mental, a natureza com o sagrado, os demais animais com o ser humano”.

Esse argumento foi colocado a serviço de um sistema econômico que, às vezes junto com a religião, considerava imperioso reprimir as paixões da carne, do ócio e do jogo com o objetivo de integrar os indivíduos aos mandatos da ordem produtiva, explica o pesquisador Jason Hickel em seu último livro.

Enquanto isso, milhões de seres humanos que foram julgados como “mais próximos” da natureza, como as mulheres ou as múltiplas raças nas quais o sujeito colonial branco passou a categorizar a diversidade humana – incluindo a sua própria, uma vez que a branquitude como a entendemos hoje é apenas teorizada a partir da colonização –, foram vítimas da exploração e dos abusos exigidos pela sua aparente condição de seres “menos” racionais. A história da Modernidade, que poderia ser afirmada pela mão de inúmeros teóricos e filósofos contemporâneos, deita raízes no machismo estrutural e no racismo, na pilhagem de populações inteiras e dos seus habitats naturais.

Descolonizar a história

O pensador peruano Aníbal Quijano, em seu já clássico Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina (2000), remonta à conquista e colonização do ‘Novo Mundo’ para datar uma globalização capitalista que se utilizou da ideia de raça para a classificação do trabalho – entre escravos, servos ou assalariados –, ao mesmo tempo que apagou toda a heterogeneidade cultural, refugiando-se no dualismo já descrito.

O conhecimento indígena foi assim subsumido numa ordem mundial que também impôs quadros cognitivos eurocêntricos e inaugurou a noção atual de história – Azahara Palomeque

O conhecimento indígena foi assim subsumido numa ordem mundial que também impôs quadros cognitivos eurocêntricos e inaugurou a noção atual de história. A Europa, diz-nos Quijano, foi concebida como o culminar de uma evolução de uma espécie de estado de natureza selvagem em direção ao ápice da civilização, e todos os grupos que não se enquadravam na equação por serem considerados “primitivos” foram condenados a ocupar um lugar simbólico equiparado ao passado.

Esta visão teleológica da história, com a qual concorda o professor bengali Dipesh Chakrabarty, faz com que certos povos sejam considerados “atrasados” ou “subdesenvolvidos” no imaginário coletivo ocidental, à espera de uma oportunidade para avançar nesse caminho que tem sido chamado de progresso e que Marx sintetizou na seguinte frase: “O país mais desenvolvido industrialmente mostra ao menos desenvolvido a imagem do seu próprio futuro”.

Contudo, segundo Chakrabarty, “nenhum país… é modelo para outro país”; pelo menos, não deveria ser. No imperativo do crescimento econômico que foi desencadeado nos primórdios da Modernidade e acelerado após a Segunda Guerra Mundial, resultado dessa visão de mundo eurocêntrica e antropocêntrica, radicam muitos dos males que nos ameaçam agora. Incluindo a impossibilidade de nos pensarmos como seres interdependentes e ecodependentes, como muitas vezes afirma a intelectual ecofeminista Yayo Herrero, fruto e parte dessa rede finita que é a natureza, necessitada urgentemente de outros paradigmas e valores.

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