O Papa volta à plena atividade. E olha para o Jubileu de 2025

Foto: Vatican News

Mais Lidos

  • Eles se esqueceram de Jesus: o clericalismo como veneno moral

    LER MAIS
  • O economista Branko Milanovic é um dos críticos mais incisivos da desigualdade global. Ele conversou com Jacobin sobre como o declínio da globalização neoliberal está exacerbando suas tendências mais destrutivas

    “Quando o neoliberalismo entra em colapso, destrói mais ainda”. Entrevista com Branko Milanovic

    LER MAIS
  • Estereótipos como conservador ou progressista “ocultam a heterogeneidade das trajetórias, marcadas por classe, raça, gênero, religião e território” das juventudes, afirma a psicóloga

    Jovens ativistas das direitas radicais apostam no antagonismo e se compreendem como contracultura. Entrevista especial com Beatriz Besen

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

21 Junho 2023

Domingo passado a oração mariana do Palácio Apostólico. Ontem muitas audiências privadas. Em uma mensagem para o 145º aniversário de “Il Messaggero” a referência ao Ano Santo e aos reflexos sobre a cidade de Roma.

A reportagem é de Gianni Cardinale, publicada por Avvenire, 20-06-2023. A tradução é de Luisa Rabolini

O Papa Francisco retoma a sua atividade apostólica após cirurgia que o obrigou a uma internação no hospital Gemelli. No domingo, ele conduziu a oração do Angelus diante de cerca de quinze mil fiéis presentes na Praça de São Pedro. Ontem pela manhã teve uma série intensa de audiências: John Kerry, enviado especial da presidência dos Estados Unidos para o clima; o Frei John T. Dunlap, Grão-Mestre da Ordem de Malta; o embaixador da Malásia, em visita de despedida; o filantropo californiano Rick J. Caruso; o professor Jean-Chrysostome Gody, Diretor Geral do Hospital Infantil da Universidade de Bangui, na República Centro-Africana; os membros do Comitê Organizador do Congresso Eucarístico Nacional dos EUA; os canônicos regulares lateranenses.

Esta manhã receberá o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel Bermúdez e amanhã no início da tarde está previsto o encontro com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. O Gabinete das Celebrações Litúrgicas Pontifícias também confirmou que na quinta-feira, 29 de junho de 2023, solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, às 9h30, na Basílica de São Pedro, Francisco abençoará os pálios, destinados aos novos arcebispos metropolitas, e presidirá a celebração eucarística.

Só faltará à audiência geral de amanhã de manhã e isso "para salvaguardar a recuperação pós-operatória" do Papa. Domingo, no primeiro encontro público após a internação, o Papa da janela do estúdio privado do Palácio Apostólico agradeceu a todos que nos dias da sua internação "demonstraram carinho, preocupação e amizade". Francisco depois “com muita tristeza e muita dor”, dirigiu o pensamento “às vítimas do gravíssimo naufrágio ocorrido nos últimos dias ao largo da Grécia”, e relembrando a celebração do Dia Mundial do Refugiado de amanhã implorou "que se faça sempre todo o possível para evitar tais tragédias". O Papa também garantiu a sua oração “pelos jovens estudantes, vítimas do brutal atentado contra uma escola no oeste de Uganda” e exortou a perseverar na oração “pela população de martirizada Ucrânia, que tanto sofre".

Ontem também foi divulgada a carta que Francisco enviou a Francesco Gaetano Caltagirone, presidente do Il Messaggero, por ocasião do 145º aniversário da fundação do jornal romano. Nela o Pontífice ressalta a importância de um evento, o Jubileu 2025, que "será significativo para cidade de Roma, mas que afetará a Europa e o mundo inteiro", visto que "a Cidade Eterna volta a ser o polo de atração para relançar a mensagem cristã e reacender a esperança para aqueles que, nas labutas da vida e nas expectativas interiores, chegarão ali como peregrinos”. Para o Papa, o Jubileu “tem um valor que não é exclusivamente religioso, mas implica também um renascimento ético, moral, social e cultural capaz de curar as feridas causadas pela injustiça e pelas diversas formas de violência, superar as desigualdades econômicas e as discriminações, restabelecer um clima coletivo de confiança e esperança e iniciar processos de crescimento humano integral". Trata-se de um Ano "para dar corpo e forma ao tema bíblico da 'libertação', em todas as suas implicações antropológicas e comunitárias: empreender ações e caminhos capazes de libertar pessoas, cidades, nações e povos de todas as formas de escravidão e degradação". Para o Papa, Il Messaggero “ainda representa um ponto de força do jornalismo e da informação”. “Gostaria de encorajar e promover a sua função – acrescenta –sobretudo pela sua dimensão ética, visto que nos encontramos numa época social e cultural em que se torna cada vez mais difícil discernir a verdade distinguindo-a das fake news”.

Leia mais