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O levante do gueto de Varsóvia. Artigo de Marcello Pezzetti

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19 Abril 2023

"Ao invadir a Polônia, Hitler pensara em realizar uma limpeza étnica em larga escala para criar um 'espaço vital' germânico na Europa Oriental; os judeus, consequentemente, deveriam ter que desaparecer definitivamente das zonas de influência alemã. Em Varsóvia, os mais de 450.000 judeus prisioneiros dependiam do mundo exterior, principalmente para o abastecimento de alimentos, cuja redução progressiva se transformara em armadilha mortal", escreve Marcello Pezzetti, historiador, diretor científico do Museu do Holocausto, professor da Universidade de Estudos sobre o Holocausto, situada junto ao Museu Yad Vashem de Jerusalém e porta-voz para a Itália da força tarefa internacional para a didática do Holocausto na Europa, em artigo publicado por La Reppublica, 18-04-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Em 19 de abril de 1943, véspera do Pessach, as forças nazistas lançam o ataque final contra os últimos judeus que permanecem no Gueto de Varsóvia com seus grupos familiares. O gueto está vazio, as ruas desertas; acima de um telhado agitam-se duas bandeiras: uma "judaica", branca e azul, e outra da Polônia, branca e vermelha.

São 2.054 soldados e 36 oficiais (uma divisão da SS, divisões da polícia e da Wehrmacht, acompanhados por mais de 300 "auxiliares"), equipados com 1.174 fuzis, 217 metralhadoras de vários tipos, lança-chamas, três tanques, um canhão, contra 750 "combatentes" desesperados, sem nenhuma preparação militar. A batalha dura pouco mais de meia hora, depois, contra todas as previsões, os nazistas devem recuar, deixando mortos e feridos no solo (18 mortos, segundo o relatório do General Stroop). Para os nazistas a situação é inconcebível: contra sua fúria persecutória, que até agora não encontrara obstáculos, os judeus opõem uma corajosa, desesperada, quase inconsciente resistência coletiva. É uma realidade que corrói a imagem estereotipada que os perseguidores têm das vítimas, que deveriam "deixar-se conduzir como ovelhas para o matadouro".

Ao invadir a Polônia, Hitler pensara em realizar uma limpeza étnica em larga escala para criar um 'espaço vital' germânico na Europa Oriental; os judeus, consequentemente, deveriam ter que desaparecer definitivamente das zonas de influência alemã. Em Varsóvia, os mais de 450.000 judeus prisioneiros dependiam do mundo exterior, principalmente para o abastecimento de alimentos, cuja redução progressiva se transformara em armadilha mortal. A fome havia se tornado o fator predominante. Essas condições alimentares catastróficas, juntamente com a superlotação, tinham provocado o surgimento e a disseminação muito rápida de doenças epidêmicas letais, como a tuberculose aguda, o tifo intestinal, a disenteria, que haviam atingido a parte mais frágil da população: doentes, idosos e crianças.

Na Europa ocupada, em três anos os nazistas haviam instituído mais de 1.100 guetos, onde mais de 600.000 pessoas morreriam. Dois terços das vítimas de todo o Holocausto teriam vivido por um período mais ou menos longo em um gueto. Mas na primavera de 1942 tinha começado a aniquilação dos guetos com a matança de seus prisioneiros.

Em 22 de julho de 1942, justamente em Varsóvia havia sido desencadeada a maior ação de eliminação nazista: a deportação de mais de 250.000 seres humanos para o centro de extermínio de Treblinka em 52 dias. Foi então que parte dos judeus que haviam ficado, principalmente os mais jovens, formaram uma organização judaica de luta, tentando principalmente obter armas com a resistência da parte "ariana" da cidade. Apesar da ajuda recebida ter sido extremamente modesta, em janeiro do ano seguinte, quando as forças nazistas decidiram realizar as últimas batidas, toda a população judaica ainda presente no gueto juntou-se aos jovens combatentes, conseguindo repelir a tentativa de eliminação. Agora esses judeus, isolados e abandonados, estavam preparando a insurreição do gueto.

E no dia 19 de abril isso acontece: os judeus combatem heroicamente sem receber ajuda nem orientações de ninguém, desprovidos de um papel na resistência "clássica", mas sobretudo sem o apoio da população local, que mostra uma indiferença generalizada para com eles. Mas o resultado dessa luta não tem surpresa: trata-se de um punhado de heróis que se opõe ao exército mais poderoso do mundo com armas totalmente inadequadas. Os combatentes, no entanto, resistem incrivelmente por várias semanas; os perseguidores são forçados a usar fogo e gás venenoso para expulsar as pessoas que se escondem nos abrigos e, nos últimos dias, bombas para fazer com que saíssem dos esgotos.

Cerca de 13.000 pessoas são mortas, enquanto mais de 56.000 são capturadas e deportadas para Treblinka e nos campos do distrito de Lublin. Em 8 de maio, o general Stroop conquista o refúgio onde estão barricados os comandantes da organização judaica combatente, a maioria deles, porém, em vez de se entregar, comete suicídio. Em 16 de maio de 1943, durante a noite, a Groß-Aktion termina na destruição da Grande Sinagoga na Rua Tomackie.

O resultado da grande revolta judaica do Gueto de Varsóvia, portanto, militarmente não tem nenhum valor, mas provoca uma mudança de época na percepção que a sociedade europeia tem dos judeus e, ao mesmo tempo, que os próprios judeus têm de si mesmos: põe fim à lenda da "passividade judaica".

Sobre as ruínas do gueto, completamente arrasado ao solo, para remover os escombros e recuperar o material ainda utilizável, no verão sucessivos os nazistas constroem um campo de concentração (KL), inicialmente independente, depois transformado em um subcampo de Majdanek. No campo, cercado por um alto muro e contendo 21 barracões, são deportados principalmente judeus já detidos em outros campos.

Muitos vêm de Auschwitz-Birkenau. Dali, no final de novembro de 1943, chega também um grupo de 42 italianos presos em Roma no dia 16 de outubro anterior. Entre eles, Armínio Wachsberger, empregado como "intérprete" do grupo, função que lhe fora atribuída desde a prisão em Roma, e Lello Di Segni. Tornam-se testemunhas de primeira linha da história desse terrível acampamento, mas também da grande revolta do gueto: “O chamado campo de concentração de Varsóvia era o gueto bombardeado” afirma Lello, e Arminio: “O campo era dentro da cerca do muro de Varsóvia. Construíram uns barracões de madeira e a gente ficava dentro desses barracões. Éramos cerca de seis mil prisioneiros”. Os prisioneiros do campo devem demolir as ruínas do gueto, remover os escombros e recuperar o material de construção ainda aproveitável, trabalho muito duro.

Desde o início, eles descobrem a trágica realidade da vida e da desesperada rebelião daquelas vítimas: “Fazíamos a limpeza dos prédios, por isso tivemos oportunidade de encontrou talheres, colheres de chá, facas, de pessoas que haviam morado lá. Foram aqueles que se trancaram e resistiram". (Lello). “Ainda havia nas ruas cadáveres mumificados de mulheres com os filhos nos braços, que se jogaram dos telhados das casas incendiadas pelos SS durante a revolta. No chão, chamuscados, encontrei pergaminhos da Torá, livros de oração e taletoth. Meu coração doía ao ver com que barbárie os alemães haviam exterminado os nossos irmãos de fé". (Armínio). Muitos prisioneiros italianos são depois passados para um comando especial com a tarefa de buscar, principalmente no subsolo, moedas estrangeiras e objetos de valor que pertenciam aos prisioneiros do gueto.

Alguns deles que sobreviveram milagrosamente ainda estão escondidos nos esgotos, e um dia os judeus italianos encontram um deles: “Ele tinha uma barba muito longa, estava agachado ao lado dos cadáveres de sua esposa e filha, que ele nos mostrou”. Eles decidem ajudá-lo, mas no dia seguinte ao pobre homem é encontrado por um guarda: “Eles o enforcaram na nossa frente” (Armínio).

Dia após dia, porém, manter-se vivo nesse local torna-se cada vez mais difícil. Os prisioneiros são obrigados a sofrer violências cada vez piores do pessoal do campo — SS, Volksdeutsche (alemães "étnicos") e ex-prisioneiros de guerra ucranianos colaboracionistas, especialmente corruptos.

As execuções são mais frequentes; as condições sanitárias tornam-se insustentáveis: muitos não sobrevivem, como Lillo Pontecorvo; Carlo Curiel (1895) e seu filho Giorgio (1926); Leonello Della Seta (1891), homem de grande cultura, e seu filho Giancarlo (1927); os engenheiros Bruno Forti (1895) e Carlo Pontecorvo (1902), o primeiro na Itália a usar o microscópio eletrônico; o professor Raffaello Menasci (1896) e doutor Ascarelli. Na primavera de 1944, já morreram mais de 70% dos prisioneiros. Sobreviveram apenas três judeus italianos: Arminio Wachsberger, Lello Di Segni e Isacco Sermoneta.

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