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O memorial do Holocausto no coração da Europa

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29 Janeiro 2018

Em Frankfurt, a sede do Banco Central Europeu é em cima do antigo mercado a partir do qual os judeus embarcaram rumo aos campos de extermínio.

A reportagem é de Isabella Bufacchi, publicada por Il Sole 24 Ore, 27-01-2018. A tradução é de Luisa Rabolini.

Do 27° piso do imponente arranha-céus do BCE, o olhar se perde e curiosamente vaga examinando a ambiciosa e laboriosa Frankfurt. Em seguida, o olho pousa sobre alguns delgados sulcos retos e negros que estão em uma pequena praça de concreto branco como a neve, rodeada por um gramado verde pálido, perto do majestoso edifício do Banco Central Europeu, o guardião não só da moeda única e da união monetária, mas também dos valores e dos objetivos nobres que unificam os 19 estados membros da zona do euro e os 28 da UE: primeiro entre estes, a paz. Esses sulcos ferroviários, embora tão delgados em relação à imponência do moderno arranha-céu do BCE, são tão grandes quanto, monumentais. São um memorial, construído para lembrar que daquele trecho dos binários partiram vagões e mais vagões atulhados de seres humanos, cidadãos judeus de Frankfurt, deportados para guetos e campos de concentração, partindo exatamente do Grande mercado das frutas e verduras de Frankfurt, o famoso GrossMarkthalle, com 250 metros de comprimento e sobre o qual foi construída a sede do BCE. Foram quase 10 mil judeus, homens e mulheres de todas as idades, que viviam em Frankfurt entre 1941 e 1945 e que foram abarrotados debaixo do grande mercado varejista de frutas e verduras - que nunca parou de funcionar - e embarcados nos vagões do extermínio. Poucos sobreviveram.

Foi justamente o BCE, com a construção de sua ultramoderna sede em Sonnemannstrasse, no quadrante Leste de Frankfurt (Ostend) que trouxe à luz a história da deportação dos judeus que aconteceu no edifício do mercado, reconstruindo-a e criando um monumento. Antes que fossem erguidas as duas torres de 185 e 165 metros de altura ligadas por um átrio, projetadas pelo arquiteto vienense Wolf Prix existia ali apenas uma placa na ala oriental do GrossMarkthalle, como testemunha de um passado que Frankfurt esquece.

Mesmo antes do BCE adquirir o terreno, o então presidente Wim Duisenberg e o Dr. Salomon Korn que dirige a Comunidade Judaica de Frankfurt, reuniram-se em dezembro de 2001 para começar a planejar a construção do memorial "para permitir a quem passe reconstruir e reviver em sua mente o que aconteceu". Negociações e reuniões continuaram e terminaram em março de 2011, quando o comitê encarregado dessa obra, sob a direção do então presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, definiu o projeto depois acompanhado de perto pelo próprio Lorenzo Bini Smaghi.

Na ala leste do antigo mercado, agora centro de conferências do BCE, aconteceu o inimaginável. Um longo passeio para pedestres branco conduz aos trilhos do trem, e lembra o passado com placas comemorativas gravadas. Agora as jovens mães com seus carrinhos de bebês passam sobre elas, em seus passeios: o passado que se funde com o presente e o futuro. Outras mães, como testemunham as suas frases gravadas na pedra daquele passeio, perderam ali filhos e esperança. "Desejo-lhe os melhores votos de que uma mãe pode dar a seus filhos", pode ser lido em uma dessas placas, que é de uma mãe que acabou de saber que seria deportada.

No final da rua encontra-se a entrada de um longo corredor, cercado por altos muros, que leva a um subterrâneo-recinto do mercado onde foram reunidos os cidadãos judeus de Frankfurt. A sala maior, onde foram colocados apenas colchões, foi mantida assim como era. Para reconstruir exatamente o que aconteceu lá embaixo foi preciso esperar até 1966, quando um ex-oficial da Gestapo, na prisão desde 1950 cumprindo uma sentença de prisão perpétua pelo assassinato de 55 judeus, desenhou numa folha de papel uma planta-baixa e explicou como funcionava. Esse desenho é reproduzido no livro The new premises of the European central bank (Der Neubau Der Europaischen zentralbank), recém publicado. A planta mostra como quatro escritórios, um ao lado do outro, tratavam das informações gerais, inspecionavam os pertences pessoais e o estado de saúde, recolhiam o pagamento de 50 marcos por pessoa para cobrir o custo do transporte e da deportação.

"A Gestapo - relata um funcionário da cidade de Frankfurt, que prefere permanecer anônimo – alugou de 1941-1945 os armazéns sob o grande mercado porque era o lugar perfeito para deportar os cidadãos judeus. A Gestapo tinha considerado o lugar suficientemente grande e isolado, um subterrâneo onde poderiam transitar centenas de judeus. Era próximo da estação ferroviária e, portanto, reduzia ao mínimo a necessidade de deslocamentos para lotar e enviar os vagões para os campos de concentração ou guetos. Essa movimentação acontecia atrás do enorme mercado, perto dos trilhos e do rio, e não era visível e chamativa como teria sido se os vagões e os trens tivessem partido das grandes estações centrais".

Imediatamente após a entrada no longo corredor, abre-se a praça com as marcas dos trilhos. Há também uma ponte, a partir da qual parentes e amigos despediam-se na saída de seus entes queridos.

Andrea Jürges é a arquiteta que acompanhou de perto todo o trabalho para a construção do Main Building, considerada a maior especialista nessa obra, agora número dois do Museu de Arquitetura de Frankfurt Dam (Deutsches Architekturmuseum). Ela tem brilhantes olhos azuis e um cabelo ruivo discreto. "O grande mercado de frutas e verduras foi construído no início dos anos 1920 para atender toda a região, quando Frankfurt estava se tornando uma grande metrópole - explica ela. Quiseram construir um grande edifício que testemunhasse o crescimento da cidade. Mantivemos os edifícios laterais e as paredes do mercado, e limpamos e reutilizamos todos os tijolos vermelhos da construção original". Jürges conta que o memorial preserva "exatamente" como era o salão-prisão onde os cidadãos judeus ficavam encerrados "e conseguimos fazer isso respeitando as normas de segurança necessárias para um banco central".

Ao lado dos sulcos dos trilhos da deportação, o arranha-céu do BCE assoma para o céu. O passado e o presente se unem ali. Mesmo o Main Building, com sua imponência e seu ar de invulnerabilidade, ergue-se como guardião da paz, onde uma vez caminhavam os guardiões da morte. Ao entrar no edifício do BCE, depois de alguns passos no que outrora foi o Grande mercado de frutas e verduras, na primeira parede podem ser lidas as famosas palavras de Jean Monnet, um dos pais fundadores da UE.

"It is better to fight around a table than on a battlefield” (é melhor lutar em torno de uma mesa do que em um campo de batalha). No BCE o confronto é continuo ao redor da mesa do conselho de administração (25 membros) ou do comitê executivo (6 membros). Mas, como escreveu Mario Draghi, comentando no livro a construção da moderna sede do Banco Central Europeu,"mais de 10 mil cidadãos judeus de Frankfurt e entorno foram deportados partindo do GrossMarkthalle para os campos de concentração: o memorial na Ala Leste do edifício foi construído justamente para lembrar, para nós e para aqueles que virão depois de nós, de ações que não podem e nunca devem ser esquecidas. Uma Europa em paz, democrática e integrada é uma das maiores lições que podemos extrair desse capítulo sombrio de nossa história".

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