Bispos alemães vão continuar a abençoar casais homossexuais e rejeitam cisma com o Vaticano

Foto: Freepik

Mais Lidos

  • "A ideologia da vergonha e o clero do Brasil": uma conversa com William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • O “non expedit” de Francisco: a prisão do “mito” e a vingança da história. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • A luta por território, principal bandeira dos povos indígenas na COP30, é a estratégia mais eficaz para a mitigação da crise ambiental, afirma o entrevistado

    COP30. Dois projetos em disputa: o da floresta que sustenta ou do capital que devora. Entrevista especial com Milton Felipe Pinheiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

21 Novembro 2022

O presidente da Conferência Episcopal Alemã afirmou hoje que vai continuar a abençoar os casais homossexuais que peçam, apesar de o Vaticano proibir, e descartou qualquer possibilidade de um cisma na igreja alemã.

A reportagem é publicada por Madre Media/Lusa, 19-11-2022.

“Não elimino a possibilidade de abençoar os casais homossexuais que creem e pedem a bênção de Deus”, afirmou Georg Baetzing numa conferência de imprensa em Roma, após a visita dos bispos alemães ao Papa e de uma reunião com a Cúria.

Durante estas reuniões tem sido abordado o chamado Caminho Sinodal, um fórum de diálogo da igreja alemã na busca de fórmulas para superar a crise que vive a Igreja Católica, sacudida por escândalos de abusos sexuais de menores.

Nestes meses têm sido avançadas propostas como o fim do celibato obrigatório, o acesso das mulheres ao sacerdócio e questões sobre a homossexualidade, o que tem gerado mal-estar no Vaticano e o receio de um cisma da Igreja alemã.

No contexto religioso, cisma é uma divisão entre pessoas, geralmente pertencentes a uma organização, movimento ou denominação religiosa.

Durante a conferência de imprensa de hoje, o presidente dos bispos alemães defendeu que “a igreja deve mudar”.

“Não podemos seguir como antes, trata-se de transmitir a mensagem do Evangelho aqui e agora, e nem sempre olhando para o passado, mesmo correndo o risco de uma Igreja ferida”, disse.

Durante o encontro, na sexta-feira, segundo um comunicado do Vaticano, o secretário de Estado, Pietro Parolin, “referiu-se às preocupações que o Caminho Sinodal suscita, apontando o risco de ‘reformas da Igreja e não na Igreja'”.

A este propósito, Georg Baetzing assegurou que embora existam opiniões diferentes o caminho é feito em conjunto.

“Não estamos a fazer um caminho particular e não estamos a tomar decisões que não queremos para toda a Igreja universal”, disse.

Os encontros surgiram da necessidade de continuar o diálogo entre o Vaticano e a Igreja alemã.

Leia mais