• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Eugênio Scalfari. Encontros no Vaticano, um não crente que queria entender. Artigo de Alberto Melloni

Mais Lidos

  • “O Brasil é uma sociedade onde sentimos muito amor ao Cristo. Mas como continuar juntos, em uma sociedade com muitos contrastes? Como fazer com que seja possível viver algo de modo mais igual?”, questiona o prior de Taizé em primeira visita ao Brasil

    “O profetismo não é denunciar as coisas, mas viver e abrir caminhos de esperança”. Entrevista especial com irmão Matthew, prior de Taizé

    LER MAIS
  • Eichmann em Gaza. Artigo de Castor Mari Martín Bartolomé Ruiz

    LER MAIS
  • Psicanalista revela florescimento da psicanálise brasileira no regime ditatorial. Para ele, “Ainda Estou Aqui” é exemplar no reparo psíquico e na construção de um regime de sensibilidades mais complexo da ditadura. No divã, mostra que existe uma luta de classe histórica nesta área e critica a atual medicalização do sofrimento

    “Vivemos um novo 'boom' da psicanálise, o anterior foi na ditadura militar”. Entrevista especial com Rafael Alves Lima

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 6º Domingo da Páscoa – Ano C – O Espírito Santo vos recordará tudo o que eu vos tenho dito

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

15 Julho 2022

 

"O cristianismo de Bergoglio fez com que Scalfari mudasse de ideia não sobre sua rejeição à fé religiosa, mas sobre o cristianismo daqueles que têm uma fé e a mantêm como um dom e não a usam como um bastão. Em várias ocasiões, Scalfari contou a história de um relacionamento nascido por iniciativa de Bergoglio: suprema astúcia do padre jesuíta? Não: discernimento do bispo de Roma", escreve Alberto Melloni, historiador italiano, professor da Universidade de Modena-Reggio Emilia e diretor da Fundação de Ciências Religiosas João XXIII, de Bolonha, em artigo publicado em La Repubblica, 14-07-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo. 

 

Conversas com Ruini e Martini. Depois o encontro fulminante com Bergoglio: "Meus amigos me dizem que tenho que ter cuidado", confidenciou-lhe. "Porque conversando com o senhor vou acabar me convertendo."

 

A história da cultura italiana está cheia de "padralhada" em busca de almas famosas enviadas por seus registros de nascimentos à soleira do eterno: caçadores de sermões, mais que pescadores de homens, que aplicavam um princípio de apologética intransigente. O que dava justamente a uma capitulação in articulo mortis um valor apologético, quase uma demonstração de poder. Comparado a eles, Eugenio Scalfari era uma "presa" inatingível.

 

Scalfari o "leigo" (em italiano, laico) como diz nossa linguagem corriqueira, conscientizado por uma alta meditação filosófica. Scalfari o "não-crente", como ele mesmo dizia, que usava aquele não com uma consciência e uma seriedade que muitas vezes faltam em quem se diz "crente" sem ter aquele pudor que é próprio de quem sabe do que está falando. Scalfari, porém, que "questionava" a fé e se deixava questionar, buscando por toda a sua vida um interlocutor, afinal, com pouco sucesso.

 

De fato, dois grandes cardeais tiveram com ele um diálogo de diferente intensidade: Carlo Maria Martini e Camillo Ruini. O diálogo com eles não abalou uma convicção, que às vezes se tornava estereótipo: ou seja, pelo menos, que tudo o que fosse cristão e católico, devia, só poderia ser obtuso, porque se baseava numa convicção "absoluta" e na adesão a uma verdade revelada, imóvel, surda ao chamado da modernidade.

 

Martini não conseguia demovê-la. O cardeal de Milão, erroneamente considerado semelhante a Bergoglio, colocava os não crentes na cátedra. Mas para um propósito nobremente "instrumental": fazer ressoar seu acorde para fazer vibrar aquela que na experiência da fé transforma a monodia agnóstica na polifonia do espiritual. Sua intensidade principesca na escuta os tocava e seduzia: rompia uma parte do clichê que via nos cristãos apologistas da cristandade. Mas no final o valorizava por que apresentava aquela sua forma de se posicionar como uma raridade não replicável, uma exceção que confirmava a regra.

 

Nem mesmo Ruini conseguia abalá-la. O cardeal, que durante vinte anos expressou e dominou a Igreja italiana, procurava também em Scalfari um interlocutor "teológico": deixava-se interrogar de bom grado sobre os dogmas da fé e podia, pelo menos com ele, exibir seus estudos tomistas. Mas no final ficava claro que a distância intransponível entre aquelas abstrações doutrinárias e a politique d'abord que marcava sua vida cotidiana em uma Itália que estava escorregando na anomia de Berlusconi, não questionava praticamente nada.

 

E no final chegou Bergoglio: as nove páginas de resposta a um de seus artigos, o diálogo face a face em Santa Marta e a descoberta de algo que um grande nonagenário italiano, que havia perscrutado a Itália do convés do navio almirante da informação, numa relação próxima com tantas figuras e tantas notícias, podia dizer ter visto pela primeira vez: o cristianismo.

 

O cristianismo de Bergoglio fez com que Scalfari mudasse de ideia não sobre sua rejeição à fé religiosa, mas sobre o cristianismo daqueles que têm uma fé e a mantêm como um dom e não a usam como um bastão.

 

Em várias ocasiões, Scalfari contou a história de um relacionamento nascido por iniciativa de Bergoglio: suprema astúcia do padre jesuíta? Não: discernimento do bispo de Roma. Que escolheu um interlocutor não crente que lhe desse garantias suficientes de não capitular e com quem falar àqueles a quem não fala a caritas in veritate, mas apenas a veritas in caritate. Um encontro em que Scalfari agiu como de costume: publicando uma entrevista na qual não havia tudo o que Francisco lhe dissera e havia coisas que Francisco não lhe havia dito, mas que lhe pareciam refletir seu pensamento.

 

Pela primeira vez em sua vida, por escrúpulo, enviara o texto ao Papa para que o lesse: algo que o Papa teve o cuidado de não fazer. Convicto de que, justamente, houvesse algo forçado sobre seu pensamento, algum equívoco sobre a questão do juízo subjetivo da consciência, pouco importava. De fato, o que importava não era fazer magistério a partir das colunas do Repubblica - o Papa faz seu magistério como, onde e o quanto quer. O ponto era que essa antena sensível da cultura italiana deixasse claro para quem não escuta, com todo o direito, a pregação do Evangelho de Francisco, que a verdade cristã não é um monólito kubrickiano, mas uma relação viva e vital com Jesus.

 

A descoberta que a única maneira de elevar os olhos ao todo poderoso é deixar que o crucifixo te leve a elevar o olhar arrogante ao zênite do demônio que tira a sombra em volta do poder sagrado; não na linha do horizonte trêmulo do crepúsculo da razão à espera de algo, mas naquela altura da cruz, em cuja humilhação passa a revelação do mistério de Deus também para as pessoas.

 

Scalfari aceitou esse diálogo e descobriu uma relação em que não havia a exigência de surpreendê-lo ou usá-lo, mas o desejo efetivo e real de ouvir gratuitamente um homem que pensa. Essa descoberta mudou a linguagem de Scalfari, que nunca havia dito de algum papa “Sua santidade” com uma intensidade não protocolar. Mudou os ritmos de escrita de Scalfari que dedicou a Francisco muitas reflexões, fazendo de seu leigo sermão dominical um instrumento para continuar à distância uma amizade digna desse nome. E modificou a convicção que eu citava no início: porque o Papa lhe disse - recordou-o algumas noites atrás numa conversa no Eliseu com o secretário-geral da CEI, D. Nunzio Galantino - que a sua convicção não absolutista, mas consciente e convicta do relativismo na verdade, era a mesma convicção com que um cristão sente de forma consciente e convicta a verdade como relação.

 

"Disseram-me para ter cuidado, porque falando com o senhor acabará me convertendo": assim Eugenio Scalfari contava ter confidenciado a Francisco. O Papa lhe respondeu para ficar tranquilo que não era possível convertê-lo, também porque ele precisava de um ateu para conversar. E se ele tivesse se convertido, onde encontraria outro assim? O juízo papal foi verdadeiro em ambos os lados.

 

 

Leia mais

 

  • Scalfari, o Papa: recordo com afeto as nossas conversações
  • Um enigma de amor chamado Jesus. Artigo de Eugenio Scalfari
  • Irmãos em terras desconhecidas. Artigo de Eugenio Scalfari
  • O Papa Francisco e a sociedade moderna. Artigo de Eugenio Scalfari
  • Cardeal Müller acusa Eugenio Scalfari: “É um demônio contra o papado”
  • Celibato dos padres, Papa Francisco: com Ratzinger o caso está encerrado. Eugenio Scalfari relata seu encontro com o Papa Francisco
  • Scalfari e os diálogos sobre a fé
  • O mal, o papa Francisco e Scalfari
  • Comunicado da Sala de Imprensa do Vaticano sobre o encontro do Papa Francisco com Eugenio Scalfari
  • Scalfari e Francisco, a comoção de um iluminista insatisfeito
  • Três anos atrás, Bergoglio decidiu se chamar Francisco. Artigo de Eugenio Scalfari
  • Papa Francisco, profeta que encontra a modernidade. Artigo de Eugenio Scalfari
  • O que Francisco pode dizer aos não crentes. Artigo de Eugenio Scalfari
  • O meu encontro com o Papa Francisco. Artigo de Eugenio Scalfari
  • O objetivo das conversas do Papa com Scalfari: provocar o debate

Notícias relacionadas

  • Os rostos que devemos ver. Artigo de Alberto Melloni

    A história da representação de Cristo, divindade encarnada. A relação com a imagem nas Igrejas do Oriente e do Ocidente. A re[...]

    LER MAIS
  • O combate à Aids na África e o papel das religiosas

    Depois de uma longa carreira na academia, a maioria dos estudiosos esperam por uma aposentadoria livre das demandas do ensino, da [...]

    LER MAIS
  • “A experiência do espírito vai muito além das distinções espaço-temporais e de gênero”. Entrevista especial com Marco Vannini

    Para se entender a mística, é preciso partir da antropologia clássica e cristã: “Não bipartida em corpo e alma, mas tripart[...]

    LER MAIS
  • Igreja e internet: uma relação de amor e ódio. Entrevista especial com Moisés Sbardelotto

    Embora a Igreja tenha mantido uma relação de amor e ódio com os meios de comunicação e, em especial, com as mídias digitais,[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados