A renúncia do Papa? Uma hipótese fantasiosa fora da realidade atual

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07 Junho 2022

 

A promulgação da Praedicate Evangelium no dia 05 de junho passado, a espera pelas nomeações dos altos responsáveis no novo organograma da Cúria Romana e as condições de saúde do Santo Padre nestes dias tornaram-se ingredientes ideais para servir, midiaticamente falando, o prato principal da iminente renúncia do Papa. Para tornar plausível a suposta notícia, se tira do baú até o dia em 2009 em que Bento XVI deixou seu pálio no santuário que abriga o corpo do Papa da 'grande recusa', Celestino V.

 

O comentário é de Luis Badilla, jornalista, publicado por Il sismógrafo, 06-06-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Tudo muito interessante, mas poucos conteúdos reais. Pouca substância. Não parece, no momento, que exista uma única razão para pensar na renúncia do Papa Francisco; renúncia que obviamente não pode ser descartada em teoria, em particular por motivos de saúde, mas no momento é algo completamente inexistente. "Não basta ser obrigado a usar uma cadeira de rodas para antecipar uma renúncia do Papa", responderam algumas fontes respeitadas.

 

Além disso, o próprio Papa Bergoglio nunca teve a ideia de renunciar e certamente o faria apenas no caso de uma doença grave e incapacitante. Ele mesmo declarou ao jornalista argentino Nelson Castro que vê sua morte no Vaticano como Papa.

 

É "demasiado fantasioso, quase engraçado", pensar que o Papa chama todos os seus cardeais ao Vaticano (e os presentes poderiam ser cerca de 200), para um consistório de grande relevância, mas que então - enquanto os cardeais trocam pontos de vista no Vaticano - vai anunciar sua renúncia em L'Aquila.

 

A renúncia de todos os Papas, sempre, e particularmente nos últimos séculos, foi uma questão subterrânea, itinerante, ondulante. No entanto, essas hipóteses nunca se concretizaram.

 

A única história sobre a renúncia do Papa nos últimos séculos, a de Joseph Ratzinger, nunca havia sido imaginada ou antecipada por ninguém, jamais.

 

O único indício ou tímido alarme no caso de Bento XVI foi dado pela demora com que a Câmara Apostólica tratou da questão da impressão das primeiras páginas e da capa do novo Anuário Pontifício (2013), com o brasão pontifício, mas foram todas dúvidas extremamente frágeis.

 

 

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