Ucrânia: Igreja Ortodoxa ligada a Moscou contra iniciativas de lei que "visam descaradamente privar milhões de ucranianos do direito à liberdade de religião"

Foto: Pixabay

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

04 Abril 2022

 

"Apesar do apelo do presidente Zelensky para não incitar ao ódio religioso durante a guerra, os parlamentares ucranianos decidiram, por meio de iniciativas legislativas, proibir descaradamente e cinicamente as atividades da Igreja Ortodoxa Ucraniana e privar milhões de ucranianos do direito à liberdade de religião”.

 

Palavras duríssimas são usadas hoje pela Igreja Ortodoxa Ucraniana (ligada ao Patriarcado de Moscou) para criticar dois projetos de lei apresentados ao parlamento ucraniano: o primeiro é datado de 22 de março passado e está relacionado à "proibição do Patriarcado de Moscou no território da Ucrânia" enquanto o segundo data de 26 de março e propõe modificar a lei "Sobre a liberdade de consciência e as organizações religiosas" de forma a proibir as atividades daquelas organizações religiosas cujo centro de governo esteja localizado fora da Ucrânia e "em um estado reconhecido pela lei como agressor militar contra a Ucrânia”.

 

A reportagem é publicada por SIR, 31-03-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Assim dizia o comunicado divulgado esta manhã: "Embora as forças da ordem não tenham apresentado denúncias à Igreja Ortodoxa Ucraniana sobre a violação da segurança nacional, soberania e integridade territorial da Ucrânia, os deputados em sua nota explicativa ao projeto de lei fazem deliberadamente acusações falsas contra a Igreja Ortodoxa Ucraniana na tentativa de enganar os parlamentares ucranianos”. "Além disso, proibir as pessoas de pertencerem à Igreja Ortodoxa Ucraniana viola seu direito à liberdade de religião, o que é contrário à Convenção Europeia dos Direitos Humanos e à Constituição da Ucrânia".

 

No comunicado, ressalta-se também como o Primaz da Igreja Ortodoxa Ucraniana, Sua Beatitude Onufriy, Metropolita de Kiev e de toda a Ucrânia, convidou todos os fiéis a “defender nosso Estado e sua integridade territorial e soberania”. Iniciativas legislativas deste tipo correm o risco de "quebrar essa unidade ao provocar polêmicas por motivos políticos, linguísticos e religiosos".

 

Leia mais