30 Março 2022
Ucrânia estará presente nos cinco discursos da primeira viagem fora da Itália em 2022.
A reportagem é de Hernán Reyes Alcaide, publicada por Religión Digital, 29-03-2022.
A primeira viagem do pontífice à Itália este ano, durante a qual, além dos problemas migratórios da rota do Mediterrâneo, também falará à Europa sobre as consequências do conflito na Ucrânia.
Considerada um dos "berços" do cristianismo na Europa, Malta é conhecida como o país em que existe "uma Igreja para cada dia" pelos seus 365 locais de culto católico distribuídos por todo o arquipélago.
Em sua primeira viagem fora da Itália este ano, o Papa Francisco visitará Malta neste fim de semana com um olho na situação dos migrantes e refugiados e outro na guerra na Ucrânia, que estará presente em trechos dos cinco discursos que ele fará durante o dia e meio que ele estará no país.
Mapa sinalizando a Ilha de Malta. (Imagem: Reprodução)
Em uma viagem marcada pelo contexto do conflito na Ucrânia, o pontífice visitará Valeta, Rabat, Floriana e a ilha de Gozo, onde fará um total de cinco discursos, incluindo o discurso de encerramento diante de 200 migrantes de todo o mundo que residem no país.
O Papa decolará no sábado, 2 de abril, às 8h30, de Roma, a bordo de um Airbus A320 da Ita Airways para, após uma hora e meia de voo, iniciar uma visita que estava originalmente planejada para maio de 2020, mas foi remarcada pelo coronavírus, o porta-voz papal Matteo Bruni informou o DR e outros meios de comunicação hoje em uma conferência de imprensa.
Neste contexto, Bruni acrescentou ainda que é muito provável que o Papa fale do arquipélago mediterrânico sobre a guerra na Ucrânia e, de Malta, “fale à Europa” sobre esta questão e os refugiados.
Malta, país com menos de meio milhão de habitantes e uma população católica de cerca de 85%, é uma das nações que mais recebe migrantes e refugiados das rotas do Norte de África e do Oriente Médio.
A viagem, sublinharam fontes vaticanas, será também uma "continuação conceptual" da visita que Jorge Bergoglio, de 85 anos, fez em dezembro à Grécia e Chipre, dois outros países europeus afetados pela emergência migratória continental.
"A questão da hospitalidade será central", disse Bruni hoje, especialmente "em um contexto como o atual com a guerra na Ucrânia e os refugiados".
Considerada um dos “berços” do cristianismo na Europa, Malta é conhecida como o país onde há “uma Igreja para cada dia” pelos seus 365 locais de culto católico distribuídos por todo o arquipélago. O papa desembarcará em Roma no domingo às 19h40, horário local.
Este fim de semana será a 36ª viagem de Francisco fora da Itália, e Malta será o 56º país ao qual o pontífice argentino chegará. Para 2022, está também confirmada uma visita ao Congo e ao Sudão do Sul de 2 a 7 de julho, conforme anunciado com exclusividade pela RD.
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Papa Francisco viaja a Malta com um olho na situação dos migrantes e outro na guerra - Instituto Humanitas Unisinos - IHU