• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Putin e os europeus unidos no paradoxo. Artigo de Alberto Negri

Mais Lidos

  • Segundo a ministra-presidente do Supremo Tribunal Militar, o país necessita de vigilância constante

    “O Brasil tem uma tradição autoritária, com surtos de liberalidade”. Entrevista especial com Maria Elizabeth Rocha

    LER MAIS
  • Carta aberta ao Papa Leão XIV: “Chegou a hora de derrubar muros”

    LER MAIS
  • Gaza. “Não há precedentes. Falta leite para os recém-nascidos. O mundo deve intervir”. Entrevista com Amjad Shawa

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • IMPRIMIR PDF

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

24 Fevereiro 2022

 

"O motor da economia europeia está nas mãos de Putin e o dinheiro europeu está financiando o esforço bélico russo. Sairemos disso?", escreve Alberto Negri, filósofo italiano, em artigo publicado por Il Manifesto, 23-02-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis o artigo.

 

Mesmo quando se tornou independente em 1991, a Ucrânia continuou ausente do imaginário europeu até 2014. Uma Europa não totalmente Europa. Ao reconhecer as repúblicas do Donbass, Putin conseguiu uma operação magistral: torná-la uma nação "mártir", apesar dos componentes fascistas e neonazistas.

Um país de duvidoso conteúdo democrático, com governos manobrados por oligarcas e uma administração corrupta, hoje é o símbolo da nova fronteira europeia.

Uma nação que se destaca por ter na consciência um milhão e meio de judeus exterminados com os nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e que nunca sequer processou um criminoso de guerra. No entanto, esta é a nova Europa, onde o Dia da Memória foi arrancado do calendário e a secular língua russa foi excluída dos idiomas oficiais.

Não é uma Europa bonita, aliás, é bastante minguada em princípios e valores, que Putin, no entanto, com suas decisões tornou aceitável e digna de ser defendida, negando em seu discurso sua existência como nação soberana. Ele criticou, como Tommaso Di Francesco apontou ontem, até mesmo Lenin, sem perceber que o despertar da Ucrânia não havia sido inventado por ele, mas já existia há tempo na história e no mito.

A Putin hoje é atribuída a maior culpa, mas a guerra ou a "quase guerra" é um crime com cúmplices. Em primeiro lugar, os Estados Unidos, que permitiram que as relações com a Rússia se degradassem ao máximo: já se passaram quase três anos desde que se retiraram do tratado sobre mísseis intermediários na Europa e se recusaram a negociar outro acordo que levasse em conta uma Rússia bem diferente daquela em esfacelamento de trinta anos atrás. As próprias exigências de Moscou para conter a expansão da OTAN foram tratadas com desprezo, como se os EUA e a Aliança Atlântica tivessem empilhado gloriosas vitórias militares em vez de uma série de derrotas, do Afeganistão ao Iraque, da Síria à Líbia, para terminar recentemente com o Mali, onde Bamako preferiu se aliar à Companhia de mercenários russos Wagner em vez dos ex-colonialistas franceses e da Europa.

No entanto, os EUA haviam sido advertidos por George Kennan, o artífice da política de contenção da URSS, em 1997: "A ampliação da OTAN é o erro mais grave da política estadunidense desde o fim da Guerra Fria ... essa decisão despertará tendências nacionalistas e militaristas antiocidentais ... forçando a política externa russa na direção oposta à que queremos”. E este péssimo resultado foi alcançado com a crise ucraniana, a implantação de mísseis nas fronteiras da Rússia, mas também com o caso da OTAN no Kosovo em 1999 e os ataques a Kadafi na Líbia em 2011: em ambos os casos, a OTAN e os EUA não se limitaram a "proteger" a população como prometido, mas implementaram mudanças de regimes e status político de regiões inteiras, afundando outras no caos.

Mas talvez o pior tenha ficado para a Europa. Sendo impalpável uma política externa da União - Borrell é uma espécie de ectoplasma - a OTAN sobrepôs-se completamente a Bruxelas. Os países europeus seguiram como um rebanho o cão pastor estadunidense cujas iniciativas aceitaram, terminando, como no Afeganistão, por compartilhar com os EUA um desastre orquestrado essencialmente por Washington. Afinal, o objetivo dos estadunidenses nesta crise é enviar aos europeus duas mensagens: 1) eles devem pagar cada vez mais a conta da OTAN 2) eles devem parar de comprar gás russo.

E aqui chegamos ao paradoxo: hoje somos nós, europeus, que financiamos os esforços bélicos da Rússia para impor sua esfera de influência. De fato, estamos nas mãos de Putin, que por sua vez conta conosco como clientes de primeiro escalão. Desde que Moscou anexou a Crimeia em 2014, a dependência da Europa do gás russo foi aumentando. Em 2014, a União Europeia importou 30% de suas necessidades de gás de Moscou, mas a incidência subiu para 44% em 2020 e para 46,8% em 2021. Os dados para a Itália estão substancialmente alinhados com as médias europeias.

Putin sabe isso perfeitamente, tanto que Moscou apressou-se a tranquilizar os europeus, principalmente a Alemanha e a Itália, sobre o fornecimento de metano essencial para o funcionamento de suas economias. É por isso que, apesar das sanções decididas em Londres e Bruxelas, respira-se um ar constrangedor nas capitais do continente. A própria decisão alemã de bloquear o gasoduto Nord Stream 2 com a Rússia tem um significado mais político do que concreto: este gasoduto nunca entrou em operação.

Mas o melhor está por vir. O aumento do consumo e dos investimentos em 2021 e outros fatores contribuíram para a multiplicação do preço do gás na Europa de quatro a cinco vezes. Assim, a Rússia também multiplicou o faturamento da Gazprom, mesmo reduzindo significativamente a oferta. A isto acrescentamos que Moscou continua a ser o principal fornecedor individual de petróleo na Europa, com uma quota de 25%. Em suma, o motor da economia europeia está nas mãos de Putin e o dinheiro europeu está financiando o esforço bélico russo. Sairemos disso?

 

Leia mais

 

  • Não é breve, este é o século mais longo da história. Artigo de Alberto Negri
  • Terça-feira, a guerra. Artigo de Raniero La Valle
  • Ucrânia, Francisco: o possível homem da mediação. “Preservar o mundo da loucura da guerra”: 2 de março oração e jejum
  • Lições ucranianas sobre paz e guerra
  • A dor dos povos. Artigo de Raniero La Valle
  • O Papa: uma triste guerra entre cristãos
  • Direito internacional e falsos mitos. Artigo de Domenico Gallo
  • Será que algum dia venceremos a guerra?
  • O que é e por que é perigoso a expansão para o leste da OTAN
  • Ucrânia. Vaticano sabe que deve ficar longe dos tons exaltados da mídia ocidental
  • A crise da Ucrânia e o acordo entre Rússia e China
  • A crise da Ucrânia é o início de uma nova ordem mundial?
  • A Europa e a guerra da Ucrânia. Artigo de Boaventura de Sousa Santos
  • Crise Rússia-Ucrânia, o Papa Francisco conversará com Putin por telefone
  • A questão ucraniana, dois espinhos para o papa
  • Os povos e a guerra entre potências. Artigo de Raúl Zibechi
  • Igreja Ortodoxa Russa entra no conflito ucraniano
  • A crise energética, a escolha europeia, e a “reviravolta russa”. Artigo de José Luís Fiori
  • Veto americano ao gasoduto do Báltico: imperativo geopolítico e concorrência capitalista

Notícias relacionadas

  • 17 de maio de 1915 – Primeira Guerra Mundial faz superior-geral dos jesuítas se mudar para a Suíça

    Quando a Itália entrou na guerra contra a Áustria, ficou insustentável para Ledochowski (foto) permanecer em Roma. Então, e[...]

    LER MAIS
  • Em ruínas, Vila Olímpica dos Jogos de Atenas vira abrigo para refugiados

    A Grécia está abrigando cerca de 2.000 afegãos e outros imigrantes nos estádios degradados dos Jogos de 2004. A maior queixa: [...]

    LER MAIS
  • E Kissinger disse a Videla: "Façam tudo depressa"

    O secretário de Estado estadunidense Henry Kissinger e o ministro argentino das Relações Exteriores César Augusto Guzzetti enc[...]

    LER MAIS
  • Um monge grego na cadeia, em pleno Natal

    Preso na Grécia o abade do mosteiro mais importante da sagrada montanha. O patriarca de Moscou exige a libertação. O patriarca [...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados