07 Dezembro 2021
Stephen Chow Sau-yan, 62, foi nomeado pelo Papa Francisco em maio passado. Na Catedral de Monza, o Seminário Teológico Missionário Internacional do PIME organiza um momento de oração.
A reportagem é de Gerolamo Fazzini, publicada por Avvenire, 08-09-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.
O que o Padre Stephen Chow Sau-yan está prestes a desempenhar é um encargo de grande responsabilidade. Tornar-se bispo de Hong Kong hoje, num dos momentos históricos mais delicados para a ex-colônia britânica, significa assumir uma responsabilidade, para dizer o mínimo, exigente. Mas o jesuíta de 62 anos que o Papa Francisco quis designar em maio passado para essa função tem tudo para desempenhar o ministério que lhe foi confiado da melhor maneira possível, como evidenciado pelo seu excelente perfil cultural e experiência pastoral adquirida.
Hoje, quando for consagrado bispo, o padre Stephen não estará só: a milhares de quilômetros de distância, muitas pessoas se juntarão às 11 horas, na Catedral de Monza, na "grande oração por Hong Kong".
A iniciativa - que os promotores descrevem como um gesto de solidariedade primorosamente eclesial - são dois formadores de destaque do Seminário Teológico Missionário Internacional do PIME, com sede em Monza: o reitor, Pe. Luigi Bonalumi, de Bergamo, atuou em Hong Kong de 1989 a 2001; o reitor, padre Gianni Criveller, de Treviso, por sua vez exerceu seu apostolado na China por mais de vinte anos.
O PIME atua em Hong Kong desde 1858: muitos dos seus membros deixaram uma marca indelével. Bastaria citar, entre tantos, o padre Enea Tapella, então diretor da Caritas local: quando, em 1977, sofreu o acidente automobilístico que o levaria à morte, dezenas de pessoas fizeram fila para doar sangue.
Aquela do “Porto perfumado” continua a ser uma das mais prestigiadas missões do Instituto. Sim, porque Hong Kong não é apenas a diocese chinesa com o maior número de fiéis do mundo: representa uma das realidades eclesiais asiáticas mais vivas e dinâmicas e, há muitos anos, desempenha o papel de Igreja-ponte para a "irmã" além fronteira. Também por isso não foi fácil encontrar o sucessor de D. John Tong, hoje emérito.
A diocese, de fato, ficou vacante por mais de dois anos, período em que a metrópole asiática foi abalada por fortes protestos populares a favor da democracia, culminando infelizmente em uma severa intervenção de Pequim que colocou a “Pérola do Oriente” sob um controle ainda mais severo, principalmente graças a uma contestada lei de segurança nacional.
Padre Criveller explica: “O bispo Stephen tem uma tarefa muito difícil pela frente: humanamente parece impossível. Mas acreditamos na força da oração e na comunhão de quem confia a sua vida não a cálculos humanos, mas ao Senhor Jesus”. E acrescenta: “Chow não é uma figura particularmente conhecida, mas quem o conhece o descreve como uma pessoa preparada, amável, um homem de fé sincera e atento à educação dos jovens”.
O religioso (que possui estudos de alto nível nos Estados Unidos, na Europa e em Hong Kong) efetivamente fez parte do grupo que trabalhou para a instalação de uma universidade católica, dirigida por jesuítas, no território de Hong Kong. Infelizmente, apesar do empenho da Companhia de Jesus, o governo local negou a concessão inicialmente prometida, destinando o terreno para a construção de edifícios residenciais: um grave revés para os projetos educacionais da Companhia de Jesus e para a comunidade diocesana, que o Padre Chow vivenciou pessoalmente.
A "Grande Oração por Hong Kong" (iniciativa que faz parte do processo preparatório para o próximo Festival da Missão) pode ser acompanhada presencialmente e à distância, no canal YouTube do Seminário PIME de Monza.
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China. Um bispo jesuíta de Hong Kong, Igreja de Fronteira - Instituto Humanitas Unisinos - IHU