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Alemanha. “O drama dos abusos está nos transformando numa Igreja mais pobre e mais humilde”, constata bispo de Essen

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16 Novembro 2021

 

“Perdemos credibilidade. As pessoas não acreditam mais na Igreja, nos padres, nos bispos. Não só se tornou muito difícil para as pessoas acreditar na Igreja, mas também é difícil entender o que e se a Igreja ainda tem algo a dizer hoje na sociedade pós-moderna”. É Mons. Franz-Josef Overbeck, bispo de Essen (Alemanha), que explica como a Igreja Católica na Alemanha está se engajando no caminho sinodal em um contexto profundamente marcado pelos escândalos dos abusos. E ao falar das vítimas, diz: “Por muitos anos, por anos demais, não vimos as vítimas, mesmo que estivessem entre nós e conosco o tempo todo. Parece-me que valeria a pena, pelo menos para a Europa, falar de crise de consciência”.

“O caminho sinodal que percorremos até agora foi gerado substancialmente pela crise dos abusos, pelo drama dos padres que abusaram de menores e crianças. Um escândalo que eclodiu em 2010 que nos obrigou a buscar, não só como bispos e sacerdotes, mas junto com todo o povo de Deus e todos os homens de boa vontade, os caminhos para abrir uma nova etapa da nossa história como Igreja na Alemanha”.

Não divaga, mas vai direto ao ponto, Mons. Franz-Josef Overbeck, bispo de Essen (Alemanha), para explicar quando, por que e como a Igreja Católica na Alemanha está se engajando no caminho sinodal. "Sinodal Weg", é chamado em alemão e a decisão de iniciá-lo foi tomada pela Assembleia dos Bispos celebrada em Lingen em março de 2019. "Preferimos dar ao nosso empenho esse nome e não de Sínodo", explica de saída Mons. Overbeck. “Significa que é um processo e um progresso ao mesmo tempo. Progresso para a frente e um processo cujo resultado não conhecemos. Esperemos apenas que seja um processo inspirado pelo Espírito”. Participam dele todos os bispos da Conferência Episcopal (Dbk) e os membros do Comitê Central dos Católicos (Zdk), além de representantes de religiosas e consagradas, jovens, diáconos e outras realidades eclesiais. Uma Assembleia que tem cerca de 230 membros, quase setenta mulheres.

 

A reportagem é de Maria Chiara Biagioni, publicada por Agência SIR, 15-11-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis a entrevista.

 

Não só na Alemanha, também em outros países europeus e no mundo, a Igreja se confronta com as feridas dos abusos. Que efeitos essa tragédia teve na Alemanha?

Perdemos credibilidade. As pessoas não acreditam mais na Igreja, nos padres, nos bispos. O Papa Francisco tem razão quando diz que estamos vivendo não tanto uma época de mudança, mas sim uma mudança de época. Estamos nos perguntando como podemos reagir. Não só se tornou muito difícil para as pessoas acreditarem na Igreja, mas também é difícil entender o que e se a Igreja ainda tem algo a dizer hoje na sociedade pós-moderna, colocando em discussão a própria plausibilidade da fé como fonte de existência do Cristianismo como tal.

 

O senhor dizia que o caminho sinodal é um processo cujo resultado ninguém ainda conhece. Mas onde se quer chegar?

Quando a meta do caminho é desconhecida, é preciso dar um passo após o outro. Essa é a sabedoria da Igreja amadurecida em 2.000 anos de história e é isso que estamos fazendo na Alemanha. Não sabemos bem o resultado do percurso, mas conhecemos a próxima etapa. Estamos tentando juntos, neste momento, dar novas respostas às perguntas que as pessoas nos fazem.

 

Na Alemanha, quatro temas estão colocados no centro do confronto sinodal: "poder e divisão dos poderes na Igreja"; “vida sacerdotal hoje”; “mulheres nos serviços e nos ministérios da Igreja”; “amor e sexualidade”. Por que essa escolha?

Somos ao mesmo tempo parte da Igreja universal com o Papa e convivemos com todos os outros. Na Alemanha, nesse momento, apenas metade da população cristã é batizada e, desses batizados, metade pertence à Igreja Protestante, a outra à tradição católica. A Igreja Protestante tem pastoras há quase 70 anos. Portanto, é comum que a questão sobre o sacerdócio feminino também seja colocada à Igreja Católica aqui na Alemanha. Depois, há as ciências humanas que desenvolvem suas pesquisas sobre a sexualidade feminina e masculina, bem como os progressos da política em relação a leis sobre a igualdade dos direitos para todos. Em suma, surgem novas perguntas. Portanto, não existe apenas a crise dos abusos. Uma determinada história que vivemos e que está mudando radical e rapidamente é posta em discussão.

 

Não há medo, especialmente de parte dos bispos, de alçar saltos para frente. Como pode se gerir o novo e o pedido para trilhar novas estradas em relação ao traçado histórico?

Devemos ir em frente com toda a Igreja e na Alemanha talvez tenhamos mais paciência do que se possa imaginar. Por outro lado, também estamos convencidos de que essas perguntas existem não só na Alemanha, mas também nos países mais industrializados e pós-modernos. São questionamentos que afetam toda a Igreja universal: como enfrentá-los? Estamos vivendo uma época da Igreja de mudança radical, não de distanciamento da tradição, mas com a tradição. Repito, é uma mudança da qual apenas se conhece a próxima etapa, mas não o resultado final.

 

O senhor tem uma ideia de como seria possível dar um desfecho à mudança?

Existem duas considerações. A primeira é que muitos problemas não podem mais encontrar respostas convincentes em estratégias puramente nacionais. Essa abertura para o mundo vale para quase todos os problemas e os desafios que estamos enfrentando. Refiro-me, por exemplo, a questões da migração, construção da paz, mudança climática, crises sanitária pós-Covid.

A segunda consideração diz respeito à opção prioritária pelos pobres e mais frágeis. Parece-me que essa prioridade é também o resultado da crise dos abusos que estamos vivendo na Alemanha e que nos obrigou a ter um olhar privilegiado para aquelas pessoas frágeis presentes entre nós. Por muitos anos, anos demais, não as vimos, mesmo que estivessem entre nós e conosco o tempo todo. Parece-me que vale a pena, pelo menos para a Europa, falar de crise de consciência e perguntarmo-nos hoje como avançar a partir dessa pobreza, em todas as suas expressões.

 

Esse caminho sinodal pode se tornar uma oportunidade para a Igreja na Europa tomar um "banho de verdade"?

Sim, de tradição, mas não só. É um banho de verdade também no que diz respeito à capacidade que temos, como povo de Deus, de nos confrontarmos com a realidade de hoje, com as famílias, com a educação, com todas as estruturas culturais, com o mundo.

 

Quanto a dor pela ferida dos abusos influenciou a capacidade da Igreja alemã de se questionar?

Não pode imaginar quanto. É terrível, mais do que terrível. Como bispo, conversei com muitas vítimas e suas famílias. Pude, portanto, ver de perto as consequências que os abusos tiveram em suas vidas. É um grande sofrimento, em primeiro lugar para as vítimas, mas também para a Igreja. Para a Igreja em segundo lugar, é óbvio. Primeiro, as vítimas.

 

Diante desse oceano de verdade e sofrimento, apesar de não saber qual poderia ser a meta do caminho sinodal, o senhor alimentou algum sonho? Que Igreja imagina que poderá entregar às gerações futuras?

Uma Igreja mais atenta à pobreza das pessoas, em todas as suas dimensões e também uma Igreja mais humilde. Uma Igreja fundada na humildade, quase como sacramento da presença de Deus na história. Esse é meu sonho.

 

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