El Salvador é o país de menor extensão dentre os que se independentizaram da República Federal da América Central no século XIX. Contudo, neste pequeno pedaço de solo latino-americano já foi e segue sendo derramado muito sangue. O país passou por ditaduras, décadas de guerra civil, foi considerado o mais violento do mundo, sofre com a violência das maras e hoje é governado por um millennial de ímpeto populista-autoritário. Diante de tanta morte, uma sequência de padres e bispos da Teologia da Libertação assumiram uma postura profética de combate às opressões.
El Salvador, Guatemala, Nicarágua, Honduras, Costa Rica e parte do estado de Chiapas, no sul do México, formaram a República Federal da América Central entre 1823 e 1839. Mapa: Wikicommons
Um já é santo: Óscar Arnulfo Romero. O bispo de San Salvador, assassinado em 24 de março de 1980, afirmava que tinha como inspiração o padre jesuíta Rutílio Grande, outro mártir, assassinado junto a dois companheiros, em 12 de março de 1977, e que será beatificado em 2022. Quase no fim da guerra civil que durou 13 anos (1979 a 1992), em 16 de novembro de 1989, outro massacre, este na Universidade Centro-Americana — UCA: os jesuítas Ignacio Ellacuría, Segundo Montes, Ignacio Martín-Baró, Amando López, Juan Ramón Moreno, Joaquín López y López, a funcionária da residência, Elba Julia Ramos, juntamente com sua filha, Celina, de 15 anos, foram brutalmente executados por soldados do Exército Nacional.
Homenagem aos mártires no pátio da UCA, San Salvador. Foto: Wikimedia Commons. Edição: IHU
O massacre dos jesuítas da UCA representou o estopim para que a comunidade internacional desse a atenção necessária para a guerra em El Salvador. O Exército Nacional, no entanto, recebeu apoio das elites do país, e encobriu por décadas quem foram os mandatários e os executores da ação. Apenas o coronel Guillermo Alfredo Benavides foi preso em 1992, condenado a 30 anos de prisão. Há dois anos outro ex-coronel, Inocente Montano, foi sentenciado a 133 anos de prisão, na Espanha, pois entre os jesuítas mortos havia também espanhóis. Como Ignacio Ellacuría, o então reitor da UCA.
Ellacuría, embora espanhol de nascimento, vivera 40 anos em El Salvador. Tornou-se um dos mais importantes teólogos e filósofos do continente, e no ano de sua morte completava dez anos à frente da reitoria da UCA de San Salvador. A sua produção intelectual era vasta, e sua inserção não era apenas acadêmica. Testemunhas relataram que ele assassinado como um inimigo do governo de Alfredo Cristiani por denunciar as violações de direitos humanos e por buscar diálogo entre os dois lados da guerra para selar a paz. "Contam que Ellacuría negociou e se reuniu com o governo e os 'guerrilheiros', com gangues, com bispos, filósofos e com quem precisava para tratar de mediar em favor da paz. Contam que isso lhe custou a vida. Contam que Ellacuría subiu à cruz. E não é de estranhar. Não está desarmonia com a vida doada de um homem de Deus que sonhou e defendeu a Civilização da Pobreza", escreve o jesuíta José María Segura, em artigo publicado pelo IHU.
Manifestação durante celebração do aniversário do assassinato (Foto: Blog Miraheta)
O filósofo espanhol António González explica que "Ellacuría mostrou com sua vida (e - por que não considerar? - também com a sua morte) que a função social da filosofia não é primeiramente uma função acadêmica, muito menos uma função legitimadora de um ou de outro poder". Citado em artigo de Agustín Ortega Cabrera, publicado pelo IHU, González explica que seria a Filosofia da Libertação no pensamento ellacuriano: "essa função libertadora [da Filosofia] não consiste, em primeira linha, na transmissão de uma determinada filosofia, de uma determinada tradição e de alguns determinados conhecimentos filosóficos, mas, ao contrário, como também foi o caso de Sócrates, em uma tarefa maiêutica e crítica ..., em certo sentido mais próximo da expressão grega original maieúomai (ajudar no parto, desatar). Trata-se, pois, de acompanhar filosoficamente o difícil momento histórico dos povos do Terceiro Mundo, situando-se parcialmente ao lado daqueles que tentam impedir que a morte triunfe e ao lado da nova vida que, apesar de todas as dificuldades, luta para nascer".
O problema da ideologia era muito presente na filosofia ellacuriana. Carlos Ayala Ramírez, diretor da Rádio Ysuca, da UCA, ex-aluno de Ellacuría, relata que nas aulas do professor a maiêutica era sempre presente, com dois objetivos: "chegar a um produto filosófico sobre o problema da ideologia e seu vínculo com a inteligência, e iniciarmos ou avançar no processo do filosofar pessoal" e que ao final do curso "o padre Ellacuría ensinara aos alunos e alunas a aprender a pensar e a aprender como saber. Dois aspectos que são condição de possibilidade para uma inteligência que pretende ser crítica, criativa e livremente parcial com a causa dos pobres".
Ignacio Ellacuría. Animação: Jonathan Camargo | IHU
Cabrera também explica o sentido teológico que Ellacuría dava à práxis libertadora: "Ellacuría compreende o propósito da filosofia em sua função libertadora, na busca do verdadeiro ser e sentido na realidade, promovendo a vida, a liberdade e a justiça libertadora com os pobres, com uma tarefa 'desideologizadora' do real. Trata-se de buscar a verdade aprisionada pela injustiça (Rm 1, 18), desmascarando os ídolos da morte que negam a vida dos povos e dos pobres. Libertar-nos das idolatrias da riqueza-ser rico, do capital, poder e violência estrutural, de modo que as maiorias populares (empobrecidas) tenham ser, vida e vida em abundância (Jo 10, 10), frente ao nada, o não ser, que sofrem os povos crucificados".
Ellacuría foi contemporâneo dos outros mártires salvadorenhos, Romero e Rutílio, assim como de uma Igreja renovada pelo Concílio Vaticano II, das Conferências de Medellín e Puebla, e um novo pensamento latino-americano ligado às experiências revolucionárias e anti-imperialistas. O teólogo Juan José Tamayo aponta que em suas obras fica evidente duas coisas. Primeiro: O que descobrimos com a publicação de seus escritos e os estudos sobre sua figura é que Ellacuría teve excelentes professores: Rahner em teologia, Zubiri em filosofia, dom Oscar Romero em espiritualidade e compromisso libertador e colegas como Jon Sobrino, colega da UCA e professor de Cristologia. Com eles aprendeu a pensar e agir alternadamente". E segundo: "Mas o seu discipulado não foi acadêmico, mas sim criativo, visto que, inspirado pelos seus professores, desenvolveu o seu próprio pensamento e tornou-se professor. Ellacuría faz parte do pensamento de seus professores, mas não fica com eles; avança, vai além, os interpreta no novo contexto e, em grande medida, os transforma. Sua relação com eles é, portanto, dialógica, de colaboração e influência mútua. Suas obras assim o provam e os estudos sobre ele o confirmam", escreve Tamayo em artigo publicado pelo IHU.
Xavier Zubiri foi sempre muito presente nos escritos de Ellacuría. Juan Manuel Hurtado López exemplifica isso a partir da concepção de realidade. Para Zubiri, há uma relação dialética muito forte do homem com a realidade na qual está inserido. Em Ellacuría isso se materializa da seguinte forma: "assumir a realidade em El Salvador nos anos 80 é enfrentar uma realidade crucificada, com pobreza e violência, com desigualdade e corrupção do poder, com mortes injustas diariamente. De acordo com essa concepção de realidade assumida por Ellacuría, em El Salvador não se podia simplesmente estar, viver como um ente separado do que ali acontecia. Mas a realidade ia muito mais longe; realidade é a história do que ali acontecia, é a história do sofrimento dos pobres, da violência e da morte que diariamente campeavam em todos os lugares. A pessoa – e especificamente o cristão – não podia ser definida ou entendida como tal, mas apenas como essencialmente vinculada ao acontecer, à realidade. Ser uma pessoa, ser cristão em El Salvador é ser pessoa, mas como parte do acontecer, como parte do real. E o mais real é o que acontece na realidade, a história", explica em artigo publicado pelo IHU.
Outro dos seus mentores, Jon Sobrino, teólogo salvadorenho, grande amigo de Ellacuría, escreveu uma carta/oração aberta na ocasião do 22º aniversário do massacre. Sobrino apontava como o legado de tantos mártires ainda ressoava em meio a tanto sofrimento que se perdia na escassez de profecia dos tempos atuais. Na carta publicada pelo IHU, Sobrino afirmava: "Já não se fala muito de 'povos crucificados' como o fizeste tu e Monsenhor Romero, chegando a essa genial formulação, creio que independentemente um do outro e guiados pelo mesmo espírito salvadorenho e cristão. A razão para esse silêncio não é que volte a estar em voga o pensamento utópico de Ernst Bloch, filósofo, ou de Teilhard de Chardin, teólogo. Tampouco é que o mundo esteja melhorando, pois continua gravemente enfermo, como disseste em teu último discurso. Creio que a razão é que hoje há menos profetas e que piorou a honradez com o real".
A ética de Ellacuría e seus companheiros também é definido por Luis Armando González como: "fortemente ligada, por um lado, a um compromisso com o conhecimento científico, filosófico, teológico e humanista; e por outros, a suas experiências com o povo, devido à sua prática docente ou seu exercício pastoral". Os valores que dela derivam são "a verdade, a honestidade, a atitude crítica, o bem comum, a justiça e a responsabilidade", e suas "fontes e tradições estão nos primeiros cristãos, com referência em Romero e Rutilio Grande", analisa em artigo publicado pelo IHU.
Ignacio Martín-Baró. Foto: Reprodução Facebook
Com formação em psicologia e filosofia, Ignacio Martín-Baró foi outra vítima do esquadrão da morte. Também nascido na Espanha, foi enviado na década de 1960 para El Salvador, e chegou a ser vice-reitor da UCA. Assim como seu colega Ellacuría, era adepto do pensamento latino-americano pós-colonial que surgia à época, e criou uma corrente ramificada da Psicologia Social: a Psicologia da Libertação.
O seu irmão, Carlos Martín-Baró, em entrevista publicada pelo IHU, relata como Ignacio viveu o processo de conversão ao chegar na América Latina com 18 anos e o quanto se comprometeu com a causa dos pobres e da libertação no continente: "[Nacho] viu que o mundo era completamente diferente. Ele acreditava que iria para salvar almas, dentro de um espírito religioso tradicional. Mas, se deu conta de que tinha que fazer um trabalho muito mais humano e começou um processo de mestiçagem. Acabou por ser um salvadorenho dedicado aos problemas de seu povo".
O pensamento de Martín-Baró teve ligação direta com autores como Paulo Freire, Enrique Dussel e Augusto Boal, como aponta o psicólogo italiano Mauro Croce. E assim como esses autores, a relevância da sua obra atravessou fronteiras. Grupos de estudos, linhas de pesquisa e livros foram produzidos por todo o mundo para aprofundar e dar continuidade à Psicologia da Libertação. Em livro homônimo, com textos de sua autoria organizados, comentados e traduzidos para a língua italiana por Mauro Cruz e Felice di Lernia, compreende-se com nitidez a intenção do seu projeto: "Se a psicologia, destaca Martín Baró, quer se colocar ao serviço da causa da libertação dos povos latino-americanos, no entanto, não deverá apenas reconsiderar a sua bagagem teórica e prática, mas terá de fazê-lo a partir de baixo, da vida, dos sofrimentos, das aspirações e lutas dos povos oprimidos, do ponto de vista dos dominados em vez daquele dos dominadores. Onde falar de ponto de vista significa que 'não se trata de pensar nós por eles, de transmitir-lhes os nossos esquemas ou de resolvermos os seus problemas; se trata de pensar e teorizar nós junto com eles e a partir deles'. E isso significa tentar 'pensar na psicologia educacional a partir da perspectiva do analfabeto', 'a psicologia clínica a partir da perspectiva do marginalizado' e, em especial, 'a psicologia do trabalho a partir da perspectiva do desempregado'", resenha a jornalista Claudia Fanti, em artigo publicado pelo IHU.
Agustín Ortega Cabrera traça as relações entre o pensamento de Ellacuría e Martín-Baró. O problema com a ideologia e a relação do homem com a realidade é presente em ambos, assim como a necessidade de uma filosofia e psicologia proposta a transformação da realidade desde os pobres. Em artigo publicado pelo IHU, Cabrera explica: "Martín-Baró destaca toda uma psicologia e espiritualidade da esperança onde os pobres se convertem em sujeitos transformadores da realidade social e histórica. O estabelecido ou presente do mal e injustiça não é a única realidade certa, mas sim é possível outra realidade e um futuro no qual se promovam todas as capacidades e potencialidades das pessoas. E para tudo isso, temos que resgatar a memória dos povos, suas histórias, tradições e acontecimentos emancipadores, seus valores e virtudes que os possibilitaram levar adiante uma vida solidária, lutadora e libertadora. Há de se promover a organização das comunidades e dos povos, encarnarmo-nos e comprometermo-nos naqueles movimentos ou organizações que promovam a justiça e os direitos humanos".
Diante do cenário de guerra, Ignacio Martín-Baró poucos dias antes de ser assassinado estava preocupado, assustado e ciente de que o Exército Nacional os perseguia - como relata o seu irmão Carlos.
O Instituto Humanitas Unisinos - IHU mantém viva a memória dos mártires da UCA tanto na produção e tradução de artigos e entrevistas como na sua sala de eventos batizada como Ignacio Ellacuría e companheiros, em 2009, localizada na Unisinos - Campus São Leopoldo.
O filósofo Hector Samour, então coordenador do doutorado em Filosofia da UCA, foi entrevistado pelo IHU no 18º aniversário do martírio de Ellacuría e companheiros. Para ele, a Companhia de Jesus os recorda como "comprometidos com a libertação e com uma universidade orientada toda ela para a mudança social. A docência, a pesquisa e a projeção social da universidade deveriam estar orientadas para conhecer rigorosamente e com profundidade a realidade nacional e internacional, com a finalidade de construir um saber crítico e criativo que incidisse na marcha histórica dos nossos países num sentido libertador, iluminar caminhos de transformação e libertação para que fossem transitados pelos 'pobres com espírito' e por todas aquelas forças sociais que lutavam pela libertação".
Em 2009, o IHU entrevistou o padre Francisco das Chagas, que à época ministrava a disciplina A teologia de Ignacio Ellacuría: relevância cristológica e eclesiológica, na Faculdade Jesuíta de Teologia e Filosofia - FAJE. Chagas afirmou que "a história de Ellacuría, assim como seu testemunho, sua reflexão que liga a teologia à realidade, é algo muito atual que deve ser continuada porque o cristianismo precisa ser um estilo de vida no qual o testemunho de Cristo se dá através da prática do amor nessa realidade concreta em que se vive. Esses temas são fundamentais que hoje devem ser retomados para a humanidade. São temas universais, seja do ponto de vista antropológico, seja do ponto de vista da fé".
Em 2014, a sala foi o espaço que recebeu a celebração eucarística de 25 anos do martírio, presidida pelo reitor da Unisinos, Marcelo Fernandes de Aquino.
Ainda, em 2019, nos 30 anos, o Instituto Humanitas Unisinos - IHU publicou uma reportagem detalhando e ilustrando como ocorreram os fatos no dia da chacina em San Salvador. A reportagem pode ser conferida abaixo:
E, ainda, na próxima quarta-feira, 17-11-2021, o Centro de Promoção de Agentes de Transformação - CEPAT, parceiro estratégico do IHU, promove o evento "Mártires Jesuítas de El Salvador: sementes para a América Latina", com José María Tojeira, s.j, diretor do Instituto de Direitos Humanos da Universidade Centro-Americana – IDHUCA, de El Salvador, que era o provincial dos Jesuítas da América Central no ano do atentado. O evento poderá ser acompanhado pelo canal do CEPAT no Youtube e pela página inicial do IHU.
Abaixo, confira um memorial dos mártires preparado pelo IHU e outros artigos e reportagens publicadas pelo portal.
Pe. Ignacio Ellacuría (1930-1989) nasceu no dia 9 de novembro de 1930, na Espanha. Ingressou na Companhia de Jesus em 1947 e atuou em El Salvador de 1949 até sua morte. Foi incorporado à Universidade Centro Americana - UCA "José Simeón Cañas" em 1967, da qual foi reitor de 1979 em diante. Doutor em filosofia, desenvolveu uma importante contribuição para a Filosofia da Libertação latino-americana. Ellacuría sustentava que o conflito armado em El Salvador era o resultado de uma injustiça estrutural vivida pelo povo salvadorenho, e o único modo de terminar com a guerra era eliminar as situações de injustiça.
Pe. Ignacio Martín-Baró (1942-1989) nasceu no dia 7 de novembro de 1942, na Espanha. Ingressou na Companhia de Jesus em 1959 e logo depois foi enviado para América Central. Formado em psicologia e filosofia, aplicou à psicologia social o conceito de "conscientização" de Paulo Freire, promovendo uma psicologia da libertação. Atuou na UCA a partir 1967, inicialmente como professor e mais tarde como vice-reitor. Fundou, em 1986, o Instituto de Opinião Pública, que tinha por objetivo avaliar opiniões e atitudes do povo salvadorenho.
Pe. Segundo Montes (1933-1989) nasceu no dia 15 de maio de 1933, na Espanha. Ingressou na Companhia de Jesus em 1950. Fundou o Instituto de Direitos Humanos da UCA, que foi por ele dirigido até sua morte. Tornou-se muito conhecido em El Salvador e nos Estados Unidos por seu trabalho com refugiados salvadorenhos em toda a América Central e América do Norte.
Pe. Amando López (1936-1989) nasceu no dia 6 de fevereiro de 1936 e ingressou na Companhia de Jesus em 1952. Foi transferido para El Salvador em 1954. Formado em teologia e filosofia, lecionou filosofia na UCA entre 1973 e 1974. Atuou na Universidade da América Central em Manágua entre 1975 e 1983, da qual foi reitor após o êxito da Revolução Sandinista. Retornou a El Salvador em 1984, passando a lecionar teologia e filosofia na UCA e a atuar na pastoral em comunidades da periferia de San Salvador.
Pe. Juan Ramón Moreno (1933-1989) nasceu no dia 29 de agosto de 1933, na Espanha. Ingressou na Companhia de Jesus em 1950 e, logo após, foi enviado para El Salvador. Entre 1970 e 1976, dirigiu o seminário jesuíta de El Salvador e foi professor na UCA. Entre 1976 e 1980, atuou no Panamá, onde criou o Centro Inaciano da América Central e fundou a revista de espiritualidade e libertação Diakonia. Retornou a El Salvador, em 1985, para organizar o Centro de Reflexão Teológica da UCA. Também lecionou filosofia e supervisionou a construção do Centro Pastoral Monsenhor Romero.
Pe. Joaquín López y López (1919-1989) nasceu no dia 16 de agosto de 1918, em Chalchuapa, El Salvador. Ingressou na Companhia de Jesus em 1983. Colaborou na criação da UCA e foi o fundador da organização Fé e Alegria, destinada à formação e educação em comunidades empobrecidas, a qual dirigiu até sua morte.
Julia Elba Ramos (1947-1989) nasceu em Santiago de María, El Salvador, no dia 5 de março de 1947. Após um período de trabalho no meio rural, passou a trabalhar na residência dos jesuítas a partir de 1985. Foi casada com Obdulio, vigilante e jardineiro da residência universitária.
Celina Meredith Ramos (1976-1989) filha de Elba e Obdulio, nasceu em Jayaque, El Salvador, no dia 23 de fevereiro de 1976. Morreu antes de completar 15 anos de idade.