05 Março 2021
Francisco chegou em Bagdá. Na viagem mais significativa (e perigosa) deste pontificado, próximo de completar oito anos como Papa e em meio da maior pandemia do último século, Bergoglio – acompanhado de 75 jornalistas – pegou um voo “livre de Covid” da Alitalia, em Fiumicino, recorrendo quase três mil quilômetros em quatro horas e meia, para aterrissar em um dos países mais atingidos pela violência no mundo.
A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 05-03-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.
Decolliamo. Seguiteci! #PapaFrancesco #PapainIraq #PopeInIraq pic.twitter.com/SNvYTgrmHR
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O Papa chegou a Fiumicino quinze minutos antes de partir. Ao caminho do aeroporto, Bergoglio encontrou-se com 12 iraquianos que emigraram para a Itália nos últimos anos, sendo acolhidos pelo Vaticano, graças à colaboração da Comunidade de Sant’Egidio e a cooperativa Auxiliun para refugiados. O grupo estava acompanhado pelo cardeal polonês Konrad Krajewski.
La strada dall’aeroporto ha una fila di gente che fa festa #PapaInIraq #PopeInIraq pic.twitter.com/VRtsSwsebj
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Como sempre, Francisco entrou no avião levando sua mala preta, a mesma que o acompanha em todas suas viagens. Lentamente, mas com segurança, subiu as escadas e saudou várias pessoas antes de embarcar.
Mapa do Iraque, em destaque as localidades que serão visitadas pelo Papa Francisco. Fonte: Universidade do Texas
Ao longo da viagem, Francisco sobrevoou o espaço aéreo da Itália, Grécia, Chipre, Israel e Jordânia, antes de aterrissar no aeroporto de Bagdá. Por fim, a segurança aérea provocou uma pequena mudança no plano de voo, e o itinerário não prevê cruzar o território da Síria, outro dos países que estão no coração do Papa Bergoglio.
La Madonna di Lourdes davanti al posto di #PapaFrancesco #PapainIraq #PopeInIraq pic.twitter.com/SYMCkUV5vb
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Apesar de que todos que acompanham o Papa tenham sido vacinados, as medidas de segurança estão sendo extremas, ao ponto de que não se sabe se Francisco cumprimentará os jornalistas – que terão que estar sentados, mantendo a distância de segurança – e, inclusive, se ocorrerá a tradicional entrevista coletiva a bordo do avião. Se ocorrer, o correspondente Hernán Reyes Alcaide, correspondente do Religión Digital que viaja junto a Francisco, nos contará de imediato.
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Bergoglio visita, de 05 a 08 de março, a pátria de Abraão, mas também o berço da perseguição das minorias, as quais Francisco prestará grande atenção, viajando a Erbil para se reunir com as comunidades cristãs e os curdos; Qaragosh e Mosul, na planície de Nínive, a zona zero dos assassinatos e fuga dos cristãos. Em Nayaf, reunir-se-á com o aiatolá Al Sistani, o líder espiritual da corrente xiita do Islã e um dos grandes defensores da paz e do diálogo inter-religioso no país.
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Francisco já está no Iraque, a viagem mais significativa (e perigosa) de seu pontificado - Instituto Humanitas Unisinos - IHU