04 Setembro 2020
De acordo com Thomas Sternberg, presidente do Comitê Católico Alemão para Leigos (ZdK), o Vaticano está observando com muito cuidado os debates sobre as reformas da Igreja na Alemanha. Atualmente, Roma está olhando para a Igreja alemã local com certo nervosismo. Desde o sínodo de Würzburg (1971-1975), sabe-se que a Alemanha "costuma escolher caminhos não convencionais e iniciar reformas sem esperar por Roma", disse Sternberg. “E o Vaticano não gosta disso”.
A informação é da KNA – Katholische Nachrichten Agentur, publicada por Dom Radio, 02-09-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.
O presidente do ZdK falou antes da próxima etapa do Percurso sinodal. Essa iniciativa lançada pelos bispos alemães e pelo Comitê de Leigos Católicos durará, segundo o planejado, até fevereiro de 2022, com o objetivo de recuperar a confiança perdida por causa do escândalo dos abusos e sondar as possibilidades de reformas na vida eclesial.
As Conferências Regionais acontecerão na sexta-feira em cinco locais diferentes. Sternberg acredita que, infelizmente, ainda possam vir de Roma mais interferências no Percurso Sinodal.
Como exemplo, citou a Instrução sobre as Reformas das Paróquias apresentada no final de julho, que coloca claras limitações nas mudanças nesse âmbito. O documento da Congregação para o Clero se dirigiu formalmente a toda a Igreja universal, mas não levou em consideração as condições da Igreja local, no caso a da Alemanha, é a crítica de Sternberg.
“A leitura da Instrução foi amarga de engolir. Então disse a mim mesmo: em algumas partes está tão longe da realidade e tão absurda, que nem quero ficar com raiva por isso. Creio que muitos leigos empenhados no Percurso Sinodal pensam da mesma forma”.
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Católicos alemães observam o nervosismo em Roma sobre o debate das reformas na Alemanha - Instituto Humanitas Unisinos - IHU